Descrição O dia do julgamento final é temido por muita gente. Afinal, fazer um balanço da própria vida, levando em conta erros e acertos, serviria para medir o sucesso ou o fracasso de toda uma trajetória. Em Código Penal celeste – Prepare sua defesa diante do Tribunal Supremo, Nilton Bonder se propõe a montar uma espécie de código de ética do indivíduo, listando as obrigações que o viver apresenta a cada um de nós. Escrito de maneira semelhante a um código penal, incluindo jargões jurídicos, o livro pode ser definido como uma Constituição Pessoal, cujo objetivo é apontar para a fusão entre as expectativas divinas e as dos homens. Sem apelar para a moral e os bons costumes, o autor busca abrir os olhos dos leitores e despertar a consciência para a importância de se deixar guiar pela alma, evitando acumular remorsos. Para começar, Bonder mostra as diferenças entre a justiça divina e a terrena. Enquanto a primeira se ocupa exclusivamente das questões entre a criatura e o Criador, a segunda procura apontar o certo e o errado de acordo com as leis dos homens, enfatizando a ilusão de que existem indivíduos melhores do que outros. O julgamento celeste diz respeito à vida eterna e avalia as ações de cada um, sem classificar os gestos como bons ou maus. Ao longo das páginas, o Código Penal Celeste define os tipos de crimes e suas penas. Os Dez Mandamentos servem de base para a Constituição Universal, com interpretações desenvolvidas a partir do pensamento de Carl Jung. Entre elas, a de que nada em nós é absoluto e a necessidade de ser cuidadoso para que buscas menores não invalidem as maiores. Na lista de transgressões, destacam-se a crítica exagerada e o desperdício. Ninguém será cobrado no Tribunal Celeste pelos erros cometidos, mas sim pela culpa e a vergonha. Bonder nos explica que a justiça nada mais é do que um equilíbrio interno de integração e aceitação: a partir do momento em que nos aceitamos como um todo, conhecemos a paz. O verdadeiro inferno é desperdiçar a vida por medo. Por isso, é preciso viver a reencarnação aqui e agora, transformando-se em um novo ser que jamais esquece de sua identidade.
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