Maddaddão
Editora:rocco
Tipo:novo
Ano:0
R$ 30,00
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Editora:rocco
Tipo:novo
Ano:0
R$ 30,00
Brochura, livro novo lacrado em embalagem original. A extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift
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Brochura, livro novo lacrado em embalagem original. A extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift
Saiba maisA ilustração da capa varia de acordo com o ano da edição e o estado de conservação do livro. Observe cuidadosamente a descrição da obra nos resultados abaixo. Em caso de dúvidas, entre em contato com o vendedor.
R$ 38,14 novo
A extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift Fox - que por sua vez está flertando com Zeb. Em meio a todas as vicissitudes dessa nova vida em comunidade, caberá a Toby narrar a teologia dos Crakers, que agora criam suas próprias histórias e costumes, enquanto lida com mal-entendidos culturais, o café terrível que restou sobre a Terra e o ciúme obsessivo que sente por Zeb. Enquanto isso, Zeb procura por Adão Um, fundador dos Jardineiros de Deus, a religião ecopacifista da qual ele se separou anos atrás para liderar os maddadamitas na resistência ativa contra os destruidores CorpSeCorps. (...) Aliando inteligência, imaginação e humor a uma narrativa imprevisível e arrebatadora, MaddAddão nos leva ainda mais longe em um mundo distópico e desafiador, enquanto mantém um espelho enviesado em direção ao nosso próprio futuro possível.
Saiba maisA extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift Fox - que por sua vez está flertando com Zeb. Em meio a todas as vicissitudes dessa nova vida em comunidade, caberá a Toby narrar a teologia dos Crakers, que agora criam suas próprias histórias e costumes, enquanto lida com mal-entendidos culturais, o café terrível que restou sobre a Terra e o ciúme obsessivo que sente por Zeb. Enquanto isso, Zeb procura por Adão Um, fundador dos Jardineiros de Deus, a religião ecopacifista da qual ele se separou anos atrás para liderar os maddadamitas na resistência ativa contra os destruidores CorpSeCorps. (...) Aliando inteligência, imaginação e humor a uma narrativa imprevisível e arrebatadora, MaddAddão nos leva ainda mais longe em um mundo distópico e desafiador, enquanto mantém um espelho enviesado em direção ao nosso próprio futuro possível.
Saiba maisA extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift Fox - que por sua vez está flertando com Zeb. Em meio a todas as vicissitudes dessa nova vida em comunidade, caberá a Toby narrar a teologia dos Crakers, que agora criam suas próprias histórias e costumes, enquanto lida com mal-entendidos culturais, o café terrível que restou sobre a Terra e o ciúme obsessivo que sente por Zeb. Enquanto isso, Zeb procura por Adão Um, fundador dos Jardineiros de Deus, a religião ecopacifista da qual ele se separou anos atrás para liderar os maddadamitas na resistência ativa contra os destruidores CorpSeCorps. (...) Aliando inteligência, imaginação e humor a uma narrativa imprevisível e arrebatadora, MaddAddão nos leva ainda mais longe em um mundo distópico e desafiador, enquanto mantém um espelho enviesado em direção ao nosso próprio futuro possível.
Saiba maisA extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift Fox - que por sua vez está flertando com Zeb. Em meio a todas as vicissitudes dessa nova vida em comunidade, caberá a Toby narrar a teologia dos Crakers, que agora criam suas próprias histórias e costumes, enquanto lida com mal-entendidos culturais, o café terrível que restou sobre a Terra e o ciúme obsessivo que sente por Zeb. Enquanto isso, Zeb procura por Adão Um, fundador dos Jardineiros de Deus, a religião ecopacifista da qual ele se separou anos atrás para liderar os maddadamitas na resistência ativa contra os destruidores CorpSeCorps. (...) Aliando inteligência, imaginação e humor a uma narrativa imprevisível e arrebatadora, MaddAddão nos leva ainda mais longe em um mundo distópico e desafiador, enquanto mantém um espelho enviesado em direção ao nosso próprio futuro possível.
Saiba maisA extraordinária conclusão da trilogia iniciada em Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Meses depois do Dilúvio Seco, a pandemia que eliminou a maior parte da espécie humana, um pequeno e heterogêneo grupo de pessoas ainda sobrevive junto aos Crakers, a dócil espécie de olhos verdes e pele azulada criada para substituir humanos. Toby, ex-integrante dos Jardineiros de Deus e especialista em cogumelos e abelhas, ainda é apaixonada pelo astuto Zeb, cujo passado esconde um irmão perdido e um bizarro ato de vingança. Jimmy, conhecido também como o Homem das Neves, o relutante profeta dos Crakers, agora convalesce em um estado febril e delirante. Amanda está em choque após sobreviver ao ataque dos painballers. E Ivory Bill deseja a provocante Swift Fox - que por sua vez está flertando com Zeb. Em meio a todas as vicissitudes dessa nova vida em comunidade, caberá a Toby narrar a teologia dos Crakers, que agora criam suas próprias histórias e costumes, enquanto lida com mal-entendidos culturais, o café terrível que restou sobre a Terra e o ciúme obsessivo que sente por Zeb. Enquanto isso, Zeb procura por Adão Um, fundador dos Jardineiros de Deus, a religião ecopacifista da qual ele se separou anos atrás para liderar os maddadamitas na resistência ativa contra os destruidores CorpSeCorps. (...) Aliando inteligência, imaginação e humor a uma narrativa imprevisível e arrebatadora, MaddAddão nos leva ainda mais longe em um mundo distópico e desafiador, enquanto mantém um espelho enviesado em direção ao nosso próprio futuro possível.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
Saiba maisMaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele. Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social. MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós. Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo. No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível. Em resumo, se Orix e Crake e O Ano do Dilúvio se desenrolam sob o signo da fuga, MaddAddão aponta não para um retorno, mas para a construção de um novo lar. Coerente com o lúcido projeto da autora, o romance jamais se apresenta como o desfecho “ideal” para a trilogia. Em vez disso, MaddAddão é o desfecho possível: os sinais ameaçadores ainda estão lá, mas os personagens parecem mais preparados e, o que é mais importante, unidos para enfrentá-los.
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