Descrição Uma história engenhosa como um pesadelo, sobre a frágil mente de dois jovens amantes. Meu tipo de livro!
Charlie Kaufman, diretor de Brilho eterno de uma mente sem lembranças.
Com referências diretas aos jogos mentais de Hitchcock e Margaret Atwood. Uma tensa exploração da identidade, das frustrações e dos medos. Deliciosamente assustador. – The Globe and Mail
Uma longa viagem de carro ao interior entrecortada por pensamentos sobre encerrar um relacionamento e a angústia com uma mórbida perseguição telefônica. Alguma coisa ruim vai acontecer? O romance de estreia de Iain Reid é um murro. Baseado em uma narrativa profundamente psicológica, Eu estou pensando em acabar com tudo é uma espécie de thriller minimalista, que esconde muito bem o medo de uma tragédia iminente com alegorias sobre a própria vida ser uma tragédia anunciada.
Antes de se embrenhar pela ficção, o autor canadense Iain Reid vem de dois trabalhos de não-ficção elogiados pela crítica americana: One bird’s choice e The Truth About Luck, relatos autobiográficos divertidos e com um profundo viés geracional, além de contribuir regularmente para veículos como o jornal National Post e a revista New Yorker. Com Eu estou pensando em acabar com tudo, Red constrói uma trama onde a tensão pode ser sentida no ar, nos movimentos e convicções, na entrelinha do texto.
No livro, o casal protagonista viaja à fazenda da família de Jake, único personagem que tem o nome citado no livro, para que a moça, que narra a trama, conheça os pais do rapaz. Tanto a viagem aparentemente banal quanto a própria fazenda carregam histórias sombrias no subtexto. A cabeça da garota está atormentada pela perseguição de um homem misterioso que deixa sempre a mesma mensagem de voz, mas não consegue contar a Jake. A casa da fazenda também tem seus traços sinistros no porão e a história toda corre com a sensação de que estamos todos só aguardando o inevitável.
Em uma espécie de jornada cerebral que une elucubrações filosóficas e medo, o livro apresenta tanto referências de terror clássico como Stephen King, quanto suspenses menos tradicionais, sustentando sua narrativa curta e densa, para além das limitações inerentes ao gênero. São diversas camadas de acontecimentos, com o temor surgindo aos poucos nos pensamentos da narradora e nos flashes inesperados de vizinhos que conversam sobre um acontecimento macabro. A obra de Reid se sustenta como romance para além das barreiras do horror e foi recebida com entusiasmo por críticos de jornais como The New York Times e The Independent.
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