Descrição
Amanda Ayd é uma escritora famosa e atormentada, cujo sucesso esconde um poço de insegurança. Ainda que o processo criativo seja extremamente doloroso, a personagem depende de seu trabalho para sobreviver – e não se trata de garantir o próprio sustento, mas sim de manter o organismo funcionando conforme passa as palavras para o papel. Em As pessoas dos livros, Fernanda Young mergulha no universo que conhece bem – o mundo literário – para revelar a faceta frágil e apaixonadamente humana de cada um de nós.
Prestes a lançar o terceiro livro e vivendo uma crise no casamento com Edmund, Amanda precisa lidar com a possibilidade de ver o novo trabalho recusado por seu editor. Enquanto sofre com a incerteza nos campos pessoal e profissional, a jovem escritora se lança em mais um projeto literário, que retrata o sentimento por ela mesma, pelo marido e por sua obra. A partir daí, a narrativa de Fernanda Young passeia por três histórias paralelas – a da protagonista e as dos personagens dos dois livros assinados por ela.
Com um temperamento ácido e irônico, a personagem não perde a pose nem a capacidade de se expressar em seu universo de ficção. De uma maneira ou de outra, Amanda está presa – carente de aceitação, ela deseja ser aprovada e admirada pelo editor, por Edmund e até pelos fãs de sua obra. Ao flertar com a loucura, a escritora vislumbra um futuro sombrio, no qual a sensação de abandono provocada pelo fim de um livro é constante.
Conforme o sofrimento se intensifica, Amanda produz cartas e poemas que rasgam seu interior e deixam a dor exposta para quem quiser ver. Enquanto decide o rumo que sua vida irá tomar, a protagonista faz os preparativos para realizar o desejo de ser livre, imortalizada nas páginas de suas obras.
As pessoas dos livros é um romance sobre escritores, leitores, editores, críticos e até gente que circula em eventos na expectativa de ouvir um comentário brilhante dos autores. Acima de tudo, a obra fala dos personagens que ganham vida ao longo das páginas, mostrando como é frágil o limite entre ficção e realidade. O livro ainda pode ser encarado como um longo poema de amor, uma dolorosa carta de adeus ou uma espécie de manual para compreender quem vive de transformar ideias em frases impressas. A escolha é do leitor.
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