Fazendeiro do Ar
Editora:record
Tipo:novo
Ano:2023
R$ 25,00
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Publicado em 1954, Fazendeiro do ar é um dos livros decisivos de Carlos Drummond de Andrade. É um conjunto de versos que, tendo saído depois da voga classicizante de Claro enigma (publicado três anos antes), continua na tarefa de observar a vida e a inquirir o sentido das coisas. Há no volume diversas amostras do melhor de Drummond sobre a “indesejada das gentes”: poemas como “Viagem de Américo Facó”, “O enterrado vivo”, ou então o inesquecível ciclo de poemas sobre cemitérios — na melhor tradição de Paul Valéry —, entre outros. Como em Claro enigma, há a presença de formas fixas (o soneto, por exemplo) a serviço de uma lírica preocupada em i ... Ler mais Fechar
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Emblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953. O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim. O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”. Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem-sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo. As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará: o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro. Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
Saiba maisEmblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953. O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim. O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”. Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem-sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo. As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará: o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro. Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
Saiba maisEmblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953. O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim. O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”. Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem-sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo. As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará: o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro. Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
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Saiba maisLivro em bom estado de conservação. Capa, contracapa e lombada íntegras. Miolo firme. Folhas brancas e limpas. Não possui grifos ou rasuras.
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Saiba maisEmblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira e tornou se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete fórmulas e alterna com maestria recursos poéticos vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre.A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em A distribuição do tempo (Um minuto, um minuto de esperança, e depois tudo acaba.) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953.O fim do ciclo da vida também está presente em Cemitérios, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas Do lado esquerdo carrego meus mortos. Por isso caminho um pouco de banda. Morte de Neco Andrade é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim.O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante O quarto em desordem, em que o poeta diz Na curva perigosa dos cinquenta derrapei neste amor. E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em Eterno eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo.As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada Na época do lançamento, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro.Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste.
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Saiba maisA ilustração da capa varia de acordo com o ano da edição e o estado de conservação do livro. Observe cuidadosamente a descrição da obra nos resultados abaixo. Em caso de dúvidas, entre em contato com o vendedor.
R$ 47,21 novo
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Saiba maisEmblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953. O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim. O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”. Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem-sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo. As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará: o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro. Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
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Saiba maisEmblemática obra da fase adulta de Drummond, Fazendeiro do ar retorna em novo projeto, com posfácio de Mariana Ianelli. Fazendeiro do ar, publicado em 1954, sucedeu Claro enigma — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953. O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim. O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”. Repleto de imagens crepusculares, Fazendeiro do ar é uma fábrica de estilhaços poéticos poderosos, onde Drummond continua sua bem-sucedida missão de dar sentido à máquina do mundo. As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Fazendeiro do ar, o leitor encontrará: o posfácio, escrito por Mariana Ianelli, poeta, ensaísta, cronista e crítica literária; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro. Bibliografias completas, uma cronologia da vida e da obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
Saiba mais<p><em>Fazendeiro do ar</em>, publicado em 1954, sucedeu <em>Claro enigma</em> — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre.</p><p>A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953.</p><p>O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim.</p><p>O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”.</p><p></p>
Saiba mais<p><em>Fazendeiro do ar</em>, publicado em 1954, sucedeu <em>Claro enigma</em> — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre.</p><p>A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953.</p><p>O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim.</p><p>O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”.</p><p></p>
Saiba mais<p><em>Fazendeiro do ar</em>, publicado em 1954, sucedeu <em>Claro enigma</em> — uma das obras mais importantes de Drummond e da poesia brasileira — e tornou-se igualmente emblemático da fase madura do poeta. Ao longo de pouco mais de vinte poemas, Drummond nunca repete “fórmulas” e alterna com maestria recursos poéticos: vai do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre.</p><p>A morte e a efemeridade da vida são temas que permeiam toda a obra, compondo uma sequência arrebatadora de poemas inspiradíssimos, que se inicia em “A distribuição do tempo” (“Um minuto, um minuto de esperança, / e depois tudo acaba.”) e segue com dois textos em homenagem aos poetas Américo Facó e Jorge de Lima, ambos mortos em 1953.</p><p>O fim do ciclo da vida também está presente em “Cemitérios”, uma série de poemas breves muito desconcertantes, com tiradas antológicas: “Do lado esquerdo carrego meus mortos. / Por isso caminho um pouco de banda.” “Morte de Neco Andrade” é outro achado, talvez o texto mais excêntrico do conjunto, um poema em prosa com toques de faroeste, com direito a uma surpreendente reviravolta no fim.</p><p>O livro ainda traz outros temas recorrentes na produção de Drummond, como o amor, revelado no instigante “O quarto em desordem”, em que o poeta diz: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.” E o tratado sobre a passagem do tempo que ele constrói em “Eterno”: “eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo / mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”.</p><p></p>
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