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Morte no Paraíso - A Tragédia de Stefan Zweig

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Tipo: novo

Editora:

Ano: n/d

Estante: Biografias

Peso: 1000g

ISBN: 9788532527660

Idioma: Português

Cadastrado em: 07 de junho de 2023

Descrição:       Trinta anos após a primeira publicação, é possível afirmar: com Morte no Paraíso, Alberto Dines conseguiu escrever uma obra única, inigualável e indispensável, um daqueles livros que ilumina uma vida – a do biografado – e justifica outra, a do seu autor. Verdadeiro guardião do legado de Stephen Zweig, o jornalista Alberto Dines traça, nesta que é a quarta edição revista e ampliada do livro, a trajetória daquele que foi um dos autores internacionais de maior sucesso na primeira metade do século XXI, a partir de farto material bibliográfico, dados inéditos, detalhes revistos e nova iconografia. Ao mesmo tempo, faz um panorama da Viena do período, da ascensão de Hitler e o horror da Segunda Guerra Mundial, do drama dos refugiados e do Brasil na Era Vargas.   Trabalho de uma vida inteira, Morte no Paraíso começou a germinar na cabeça de Alberto Dines aos oito anos de idade ? quando Stefan Zweig visitou a Escola Popular Israelita Brasileira Scholen Aleichem em que ele estudava, em Vila Isabel ?, e só se encerrou [será mesmo?] em 2012, quando Dines já festejou seu octogésimo aniversário. Um fértil relacionamento de mais de setenta anos que apresenta uma curiosidade invulgar: ninguém conviveu com Stefan Zweig por mais tempo que Alberto Dines, nem mesmo o próprio Zweig, falecido logo após completar 60 anos de idade.     Seria fácil classificar essa devoção extraordinária de “obsessiva”, mas isso seria tão simplista quanto equivocado tendo em vista o fato de que a dedicação de Dines ao seu biografado não se afasta em momento algum da objetividade. Dines não escamoteia nem atenua nenhum dos defeitos e nenhuma das limitações de Stefan Zweig, de uma forma tal que em determinado momento o leitor se sente tentado a discordar dele em relação ao talento literário de Zweig, que ele parece considerar com rigor excessivo ao lhe negar a condição de “gigante da literatura”. Mas somos levados a perdoar-lhe quando ele afirma que “escritores considerados ‘maiores’ não resistem às releituras; Zweig tido por alguns como ‘menor’, cresce com elas. Tem sempre algo de novo a dizer às novas gerações”.     Dines biografou um biógrafo que até hoje figura nas listas europeias dos melhores da literatura, que marcou um estilo de escrita e de vida – usava ternos brancos, sapato de bico fino, chapéu gelô ou Panamá. Que foi amigo de Freud, Romain Rolland, James Joyce e Thomas Mann. Dines captou um pedaço da história capaz de explicar o mundo de hoje, que Zweig não esperou para ver.     Morte no Paraíso não é apenas a biografia de um escritor expatriado e infeliz, e sim um retrato de um mundo em transformação, e uma biografia do próprio Brasil na Era Vargas, quando o pêndulo das preferências políticas pendia mais para o lado do fascismo que da democracia. Situação que o próprio Zweig ajudou a corrigir sem o saber, levando-o a pender para a direção oposta com seu próprio suicídio, gesto paradoxal e incompreensível de quem renega o futuro naquele que ele mesmo contribuiu para popularizar como “país do futuro”.     Todo suicídio desconcerta e intriga, mas em termos do suicídio de um intelectual judeu, o de Stefan Zweig só é menos paradoxal do que o de Walter Benjamin na fronteira da França com a Espanha, que ele acreditava intransponível, mas foi cruzada sem problemas por todos os companheiros de fuga no dia seguinte ao de seu gesto extremo. Ambos morreram às vésperas da redenção e a aparente inutilidade de seus sacrifícios contribuiu para a criação da aura mística que os envolve até hoje. E pensar que foi Stefan Zweig quem declarou: “A política passa, as artes permanecem... a história prova que, em tempos intranquilos, artistas trabalham com maior concentração” [Dines, p. 240]. Contudo, ele próprio admitiu ser “demasiadamente impaciente” em seu bilhete de suicídio.     Neste tocante documento, por ele burocraticamente intitulado “Declaração”, Zweig escreveu também: “A cada dia aprendi a amar este país, mais e mais. Em parte alguma eu poderia reconstruir minha vida agora que o mundo da minha língua está perdido e o meu lar espiritual, a Europa, autodestruído.” Com efeito, conforme comprova Dines, Zweig amou genuinamente nosso país, ao contrário do que afirmam aqueles que consideram Brasil: país do futuro uma obra propagandística destinada a lhe garantir o conforto de um asilo político prestigioso em tempos de guerra.     O que verdadeiramente desiludiu Stefan Zweig não foi a perda de sua bela propriedade (repleta de preciosas coleções de arte, partituras e manuscritos), das inúmeras amizades que tão bem soube cultivar, ou até mesmo do prestígio que desfrutava na qualidade de um dos mais lidos e respeitados escritores em língua alemã. O que mais o desesperou foi a usurpação do idioma que dera origem a tantas obras literárias, poéticas, filosóficas e dramatúrgicas pela mais completa e (acreditava ele) irreversível barbárie. Zweig não se suicidou por estar condenado ao exílio, e sim por se acreditar condenado ao silêncio.      

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