Garamond

“Meu nome é Tatiana, nasci com uma perna defeituosa – é: defeito. O correto é perna deficiente, não defeituosa. Insistiam: era simples, vida normal.” Por isso, Tati tem necessidades especiais no seu dia a dia. O que complica bastante a sua vida, porque ela, uma garota sensível, inteligente e muito determinada, é louca por natação e não abre mão de dar suas braçadas na piscina com regularidade. Mas o pior é que, além das dificuldades que encara, Tatiana ainda tem que enfrentar perseguições de uma turma que se sente no direito de espezinhar quem é diferente deles – só pelo fato de ser diferente. O nome disso é “bullying”, um problema muito mais frequente do que se imagina. Neste livro, acompanhamos as aventuras e desventuras de Tatiana quando mergulha de cabeça, enfrenta esse problema e, com

O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como “mudança” ou “mutação”. O livro pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Na própria China, é alvo do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.

“… Eu sou… Eu sou… Gorda. Assim. Com G maiúsculo. G de Giselle. Giselle, a Gorda. Não é que eu me ache gorda, tenha problemas de cabeça, aquilo da imagem ser uma coisa e a gente outra. O que ia ser bom, até. Mas não. Eu sou gorda, inteiramente gorda. Na real.” Giselle é uma garota simpática – e, como vemos, muito bem humorada– que enfrenta dificuldades por causa do seu peso. Na verdade, por causa das perseguições de uma turminha que se sente no direito de espezinhar quem é diferente deles – só pelo fato de ser diferente. O nome disso é bullying, um problema muito mais frequente do que se imagina. Neste livro acompanhamos as aventuras de Giselle entre os sabores e dissabores do seu dia a dia – e vemos como ela, com a ajuda dos amigos, dá a volta por cima. Cris Amorim

Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. O Pequeno Príncipe é o terceiro livro mais vendido do mundo. Seu herói é um dos personagens mais famosos e queridos de todos os tempos, que empolga crianças e adultos com ensinamentos inesquecíveis. A história deixa marcas pela forma simples de suas mensagens de otimismo, simplicidade e amor ao nosso planeta. Sobre o autor Antoine de Saint-Exupéry, escritor, jornalista e piloto, nasceu em Lyon (França) no dia 29 de junho de 1900. Em 1921 ingressou no serviço militar, no Regimento de Aviação de Estrasburgo. Depois tornou-se subtenente da reserva e pilot

Neste livro de estreia,  Thaís Fraga revela nova faceta da sua sensibilidade artística. O público, que já se acostumara a vê-la no palco interpretando e recriando, com sua voz privilegiada, muito swing e inteligência as grandes canções do jazz e da bossa nova, tem agora a oportunidade de conhecer a sua lírica refinada – e, por que não dizer, o fundo da sua alma – em composições poéticas que exalam sinceridade e beleza. Sinceridade no sentimento, beleza na criação dos versos, na escolha e combinação das palavras, na força das imagens: a música & a letra.

Um diálogo decisivo entre entre Edgar Morin, o inquieto pensador da complexidade, e o militante dos direitos indígenas, Marcos Terena: Como pensar a sustentabilidade do desenvolvimento da sociedade brasileira reproduzindo os ícones de um processo civilizatório cujas conquistas erigiram-se na força do afogamento das pequenas civilizações, das nações, terras, culturas e saberes indígenas? Necessitamos estudar um conhecimento complexo que admita o homem como ser natural que chegou de uma evolução biológica natural. Que reconheça o homem como um artrópode, um mamífero que tem cérebro, um vertebrado pluricelular que tem vida na Terra e que, como filhos e filhas da Terra, integram uma relação cósmica, como acreditaram e acreditam as culturas de muitas outras civilizações.

Este estudo de Carmen Dora Guimarães é uma análise pioneira sobre a construção biográfica da homossexualidade entre homens moradores na cidade do Rio de Janeiro na década de 1970. Os entrevistados integram uma rede social específica, e são oriundos de cidades do interior mineiro. Eles escolheram migrar, impelidos pela “busca de liberdade”, para um espaço social em que a identidade de “entendidos” não fosse objeto de controle social estrito. A mudança para o Rio lhes permite adotar um estilo de vida no qual lazer e prazer são priorizados. A análise enfoca a dinâmica das relações de amizade entre homens, que hoje chamaríamos de gays, e pessoas heterossexuais, marcada pela sistemática negação do estigma de “anormalidade”. A identidade sociossexual daquele que transa, é positivada em contrapon

Carol era a fim de Caio que era a fim de Bárbara que era a fim de Paulo que não era a fim de ninguém. Essa ciranda juvenil, de inspiração drummondiana, impulsiona as ações das personagens e termina por reavivar a memória de Caio sobre o pai, político que lutou pela reforma agrária e morreu sem esperança no futuro. Mas o jovem, estimulado pela amiga Carol, encontra um sentido para sua existência na elaboração de um projeto ecológico a ser implementado no colégio. O trabalho escolar altera a rotina de todos e faz com que sobretudo o padrasto e a mãe do rapaz revejam o modo como se comportam com e no mundo e percebam a situação emergencial do planeta, última chamada para uma mudança de perspectiva e atitude. A conexão entre os protagonistas põe em evidência, por fim, a conexão profunda entre

A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem uma importância decisiva no mundo contemporâneo, pois foi aprovado pela ONU logo após os horrorres da Segunda Guerra Mundial e certamente evitou outros (infelizmente, não todos) horrores similares. Chico Alencar organizou este livro para lembrar o cinqüentenário da Declaração e avaliar suas repercussões, seus limites e as possibilidades de aperfeiçoá-la em função das novas realidades do século que entra. Textos de: Frei Betto, Chico Alencar, Nilton Bonder, Luiz Eduardo Soares, D. Pedro Casaldáliga e outros.

neste livro, nelson levy propõe a utopia como a forma discursiva por excelência de um novo tempo que se apresenta em vista de um vir a ser outro. com isto pretende, em suma, reabilitar o conceito de utopia para a historiografia e para a vida prática, resgatando, ao mesmo tempo, o espírito moderno original, recalcado pela onda avassaladora de uma modernidade fatalista e antiutópica regida pelo fetiche do progresso. É fácil perceber o caráter rigorosamente moderno desta concepção, até porque ela implica uma ruptura com as visões naturalistas ou fatalistas dos mundos históricos e passa a entendê-los como construções aleatórias.serviço de determinações subjetivas nelson levy é mestre em filosofoia (ufrj) e doutor em história (uff). publicou desejo, o lugar da liberdade: um ensaio ético-polít

Este livro indaga acerca de certos dilemas contemporâneos e aposta duplamente na releitura de obras do que se costuma chamar de cultura letrada. Por um lado, explorando textos de autores como Kafka, Melville, Machado de Assis, Nietzsche, Heinrich von Kleist e Oswald de Andrade, busca reativar a potência de vida e de pensamento que os atravessam, projetando seu fulgor sobre áreas sombrias do presente. Por outro, a arte da leitura como ruminação proposta por Nietzsche pode funcionar como um anteparo eficaz contra o estado de dispersão e o regime de obsolescência programada que se estendem progressivamente das mercadorias à vida cultural e às relações humanas. Em suma, estas Ruminações desejam contribuir para retirar certas obras do esquecimento a que tende a relegá-las a impaciência ansiosa,

Janaína, uma jovem jornalista, decide investigar um crime de preconceito racial que acabou em violência e agressão. A principal vítima foi Edu, um garoto que devido ao caso foi parar no hospital: – Menino tímido e negro, num colégio de classe alta, na zona sul do Rio de Janeiro. Vivia isolado, e seu rendimento escolar era bom. Quando iniciou o Ensino Médio, com a entrada de alguns alunos novos, finalmente fez uma amiga, Nanda. Uma menina também negra, ou melhor, mulata, com quem provavelmente teve um envolvimento amoroso. Foi só os dois passarem a andar juntos, que se espalharam os cartazes pelos corredores… Para fazer sua matéria, Janaína entrevista as famílias das vítimas, colegas, professores, uma amiga que estuda psicologia e até um psicanalista ex–aluno do mesmo colégio. Assim, el

Mestre João Grande é um antigo mestre capoeirista da Bahia que hoje ensina a tradicional capoeira angola em Nova York, onde vive desde 1990 e foi um pioneiro na difusão da sua arte. Hoje é um patrimônio vivo, com mais de 60 anos de dedicação à capoeira. Sua trajetória, do Brasil até os Estados Unidos, conta também um pouco da história da globalização da capoeira, que hoje está espalhada em mais de 150 países nos cinco continentes. A história de vida de Mestre João Grande nos faz indagar os motivos da grande aceitação da capoeira angola no exterior e da resistência que ela sofre no Brasil. Neste sentido, sua trajetória também nos ajuda a entender como se dá a permanência das tradições, e dos seus respectivos atores, na modernidade globalizada.

Vencedor do Prêmio Rio de Literatura* 2016 (categoria Novos Autores), Tão fútil e de tão mínima importância marca o leitor pela força e a originalidade de seu texto. Baseado num estranho processo psicanalítico – o autor, Tiago Franco, exerce a psicanálise como ofício e instrumento –, o livro eleva a prática terapêutica à condição de alta literatura, desenhando um personagem paradoxal, intenso e ao mesmo tempo facilmente compreensível: humano até demais. Dele, obtemos uma biografia pulsional – e existencial – que, ao mesmo tempo em que nos revela a tessitura do processo analítico, abre campo para toda uma série de especulações sobre o narrador-personagem que se esconde sob a máscara do terapeuta. Enfim, um roman à clef que alia, à escrita firme e envolvente de um autor que surge já maduro,

Uma vez que a psicofarmacologia obtém certos efeitos com uma substância, inaugura uma novidade para a qual não existia nome - é preciso então inventar formas de designar o que o fármaco produz. É isto o que convida à produção de metáforas diversas, todas com a mesma finalidade – enunciar pela palavra o efeito comportamental que a substância química ocasiona. Nessa junção entre a substância e a metáfora, nascem os estabilizadores, moduladores, tranquilizantes, energizantes e antidepressivos. Tudo isso com o intuito de tornar o fármaco mais receptivo. Ou seja, além da produção de fármacos e derivados, faz-se necessária uma produção discursiva para falar dos efeitos encontrados. Orlando Coser enfatiza aqui este conjunto acumulado de produções discursivas, operando uma sequência e uma contin

Um amplo levantamento – em linguagem clara e comunicativa – das variadas concepções do desenvolvimento que se sucederam ao longo das últimas décadas: das teorias clássicas às marxistas, das teorias institucionalistas às do desenvolvimento sustentável. Percorrer essas ideias e conhecer seus formuladores proporciona ferramentas indispensáveis para debater os impasses do mundo de hoje. Este livro tem o mérito de lançar luz, de forma didática e atual, sobre o tema. A releitura de autores clássicos do desenvolvimento é agora apresentada com o foco também na sustentabilidade. Com isso, ganham os estudantes e pesquisadores, que passam a dispor de uma obra de referência clara, objetiva e de grande atualidade. Ganham também os tomadores de decisão, que encontrarão no texto bases relevantes para as

Este livro conta duas histórias, profundamente ligadas entre si mas separadas por mais de três mil anos. A primeira é a saga do grande faraó Tutankhamon, seu tempo e suas circunstâncias: as artimanhas políticas que cercaram sua chegada ao poder, os grandes embates religiosos que assaltavam o Egito na época, os dramas familiares na casa real. A segunda se passa já nos primeiros anos do século XX, no Egito moderno, e é o relato da busca da tumba secreta de Tutankhamon. O herói dessa descoberta é o arqueólogo inglês H. Carter, que ainda adolescente foi participar de pesquisas na região e lá se estabeleceu por toda a vida, fascinado pelo mistério da tumba, que acaba encontrando e revelando ao mundo numa aventura sem igual na ciência moderna.

Neste livro Cristovam Buarque reúne uma série dos seus já célebres artigos publicados na imprensa ao longo dos anos e a seguir tece comentários sobre seu conteúdo e as circunstâncias que lhes deram origem. Os assuntos? As “insensatas” utopias de sempre: inclusão social, justiça, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e, naturalmente, educação.

Conhecido e aplaudido por seus romances, Efraim Medina Reyes apresenta esta magnífica coletânea de poemas de clima inquietante – em que se entrelaçam céus e infernos – e refinado senso de humor. Esta obra, da mesma forma que ocorre os romances de Medina, está distante de qualquer tradição. É inovação, linguagem pura. O que impressiona no autor é a ousadia e com que aborda os temas mais profundos, conseguindo ao mesmo tempo provocar reflexão, emoção e riso. Efraim Medina desmitifica o próprio ofício da literatura. SOBRE O AUTOR Efraim Medina Reyes nasceu em Cartagena de Índias, Colômbia, em 1967. É autor, entre outros, de Era uma vez o amor mas tive que matá-lo e Técnicas de masturbação entre Batman e Robin. Escreve para as revistas Soho, da Colômbia, e Internazionalle, da Itália.

Uma refinada seleção de contos de Rinaldo de Ferandes. Este livro traz contos essencialmente urbanos, com exceção de Sariema, uma recriação do clássico A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa. Negro, um dos contos do volume, virou em 2004 um curta-metragem do cineasta Renato Alves. Encerrando a obra, há uma seção com apreciações críticas dos contos feitas por vários autores. SOBRE O AUTOR Rinaldo de Fernandes é escritor e professor de Teoria da Literatura da Universidade Federal da Paraíba. É Doutor em Letras pela Unicamp. Organizou, entre outras, as coletânea O Clarim e a oração: cem anos de Os Sertões (Geração) e Chico Buarque do Brasil (Garamond). Colaborou, entre outros, com o Jornal da Tarde, de São Paulo, O Povo, Diáro do Nordeste (de Fortaleza), O Norte, Correio d

Vivemos um tempo em que as possibilidades de intervenção humana sobre a realidade se ampliam de modo avassalador. As fronteiras entre o natural e o artificial são cada vez mais fluídas. A própria vida e suas condições de perenização no planeta se tornam objeto de engenharia. As novas fronteiras do conhecimento, abertas pela tecnociência contemporânea, dão mostras de ultrapassar todos os limites. Suas possibilidades de intervenção transformadora parecem uma fatalidade. E os regulativos éticos do passado parecem descartáveis e obsoletos. O autor reúne aqui seus belos e fecundos ensaios centrados na teologia, porto que o acolheu e de onde partiu para novas viagens intelectuais e percursos éticos. Sua passagem, passagens, por esse porto é marcada por encontros fortes, aparentemente contraditó

(...) “Um dia, descobri que o rock fala, e comecei a reunir frases, pensatas, máximas (e mínimas...!), explosivos verbais, farpas rombudas e afiadas, declarações, reflexões, filosofias caras ou baratas, elogios e (muitos, muitos) auto-elogios, pérolas de todo tipo e quilate. E que, juntos, formavam uma bela coleção que é, ao mesmo tempo, um painel multifacetado do rock, incluindo seus protagonistas e fãs, seus críticos e coadjuvantes, seus grandes mitos e suas figuras anônimas. "

Um exercício de história imediata, que interpreta algumas constantes da nossa cultura e de um processo político marcado pela crise. Análise rigorosa de um pensador sem par nas nossas ciências sociais.