Compre aqui livros novos, usados e seminovos de milhares de sebos e livrarias.

Autor ou Título
Ver todos os exemplares de "Tempos de Reflexão: de 1990 a 2008"

TEMPOS DE REFLEXAO: DE 1990 A 2008

R$ 59,90 + R$ 15,84 envio*

Tipo: novo

Editora:

Ano: 2021

Estante: Literatura Estrangeira

Peso: 535g

ISBN: 9788525053039

Idioma: Português

Cadastrado em: 11 de abril de 2024

Descrição: A cacada a um escritor, precisamente a Salman Rushdie, e a soltura de Nelson Mandela, depois de 27 anos na prisao, sao o ponto de partida de Nadine Gordimer em Tempos de reflexao - de 1990 a 2008, segundo e ultimo volume da coletanea que abrange mais de 40 anos de carreira da escritora sul-africana e que a Biblioteca Azul lanca no Brasil. Nao por acaso o livro comeca com o tema liberdade, ou a falta dela - assunto no qual a escritora mantem constantemente seu foco de atencao. Diz Nadine; Salman Rushdie nao tem sido visto por... quanto tempo? Ele se tornou um dos Desaparecidos, como aqueles que sumiram durante um periodo recente na Argentina e aqueles que desaparecem sob o apartheid na Africa do Sul. Os governos repressivos tem o poder de destruir vidas nos seus paises; quando as religioes adotam esses metodos, elas tem o poder de aterrorizar, por meio de seus fieis, qualquer parte do mundo. O edito do falecido aiatola tem jurisdicao por toda parte, desdenhoso das leis de qualquer pais. Os refugiados politicos dos regimes repressivos podem procurar asilo politico noutro lugar; Salman Rushdie nao tem para onde ir . Nadine e uma voz poderosa e arguta contra o papel do Estado, que, segundo ela, trata com pouco caso a cultura, os livros e os escritores; [...] qual sera a atitude oficial dos varios Estados africanos em relacao a cultura e a literatura como expressao dessa cultura? Nos, escritores, nao sabemos, e temos razao de estarmos inquietos. Sem duvida, no seculo XX da luta politica, o dinheiro do Estado tem sido gasto com armas, e nao com livros; a literatura - na verdade, a cultura - tem sido relegada a categoria do dispensavel. Quanto a capacidade de ler e escrever, desde que as pessoas saibam ler os decretos do Estado e os grafites que os desafiam, isso tem sido considerado proficiencia suficiente , escreveu. De modo direto, e sem perder a esperanca de transformacoes em seu pais, Nadine, ganhadora do Nobel de Literatura em 1991, conta como viu os preparativos para a primeira eleicao democratica nao racial em 1994 e como o eleitorado foi sendo educado para exercer seus direitos. Para nos, a eleicao nao significa apenas um novo comeco. E uma ressurreicao; esta terra levantando-se da tumba de todo o passado colonial partilhado em diferentes paises [...]; este povo, levantando-se, pela primeira vez na historia, com o direito de eleger um governo; para governar a si mesmos. Um momento sagrado e representado no ato de colocar uma marca no papel do voto. Nadine termina o capitulo Renascendo para a eleicao com um argumento sagaz; A democracia nao e uma questao intermitente; tem de ser aprendida dia a dia . Para alem de seu posicionamento politico e social, Nadine tambem e uma fa das artes. Ela diz que pertence a primeira geracao para a qual o cinema foi mais uma forma de arte , junto com a literatura, a musica, a escultura. E conta em Tempos de reflexao a saborosa historia sobre o dia em que foi convidada a fazer parte do juri do Festival de Cannes, em 1995, e sobre os doze filmes que os integrantes tiveram de assistir, sob a presidencia da atriz francesa Jeanne Moreau. A escritora afirma que aprendeu com a troca de preocupacoes com os outros. Um diretor de fotografia le a linguagem das imagens, enquanto eu recebo a linguagem do roteiro; um ator intui quando o desempenho trai ou transcende um papel, os diretores veem a estrutura e os produtores percebem a proporcao entre a engenhosidade e a imaginacao logradas e a pequena ou a grande quantidade de dinheiro gasto . Ainda no campo das artes, Nadine conta que o processo da escrita e algo que provoca muita curiosidade nas pessoas. Faz graca quando diz nao ter a menor importancia se o escritor senta-se ao meio-dia ou a meia-noite para dar conta de seu oficio, ou se ele esta instalado em um quarto feito de cortica, como Proust, ou em uma cabana, como Amos Oz, nos anos em que passou em um kibutz. E faz analogia; A nossa e a mais solitaria das ocupacoes. A unica comparacao que me ocorre e a de um zelador de farol. Mas a analogia nao deve ir demasiado longe; nao lancamos o raio de luz que salvara o individuo ou o mundo de se destrocar sobre as pedras . E a autora termina seu capitulo fazendo uma critica aqueles que dizem que os escritores podem discorrer sobre muitos assuntos com entusiasmo. Nao, diz Nadine, eles so podem escrever sobre aquilo que sabem, sobre aquilo que viveram, sobre os fatos que envolvem seus paises. Lembra-se de que, na Africa do Sul, os escritores eram constantemente questionados sobre o que escrever depois do fim do apartheid. Diz ela; O apartheid era um plano de engenharia social com suas leis; romances, historias, poesia e pecas teatrais eram uma exploracao de como as pessoas pensavam e viviam, sua ultima humanidade fora do alcance da extincao. A vida nao terminou com o apartheid . E finaliza como quem sabe das coisas; Os novos temas, alguns maravilhosos, outros desanimadores, mal tiveram tempo de nos escolher .

A Compra Garantida Estante Virtual é uma garantia de que você receberá a encomenda ou o reembolso do valor da sua compra. Saiba mais

Respeitamos a lei do direito autoral. Informe a Estante.

Veja outros livros do vendedor Wtr Livros

Veja TEMPOS DE REFLEXAO: DE 1990 A 2008 em outros vendedores

Veja outros títulos de Nadine Gordimer

Avaliações do livro

Ainda não há avaliações para este título, seja o primeiro a avaliar.

Avalie o livro