O Império e a Senhora - memória, sociedade e escravidão em José de Alencar
Renato Drummond Tapioca Neto
Tipo: novo
Editora: Dialética
Ano: 2023
Estante: História Geral
Peso: 269g
ISBN: 9786525270654
Idioma: Português
Cadastrado em: 15 de março de 2024
Descrição: Partindo de um diálogo entre os campos da memória, história e literatura, o seguinte livro se propõe a analisar o romance Senhora (1875), escrito por José de Alencar, quanto à representação que este faz da sociedade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1850 e 1870, incluindo suas práticas e costumes, entre eles o chamado casamento de conveniência. Concebido como uma forma de obtenção de status econômico e social entre as famílias aristocráticas do período, percebeu-se que, na referida obra, essa prática, que tinha na concessão do dote das noivas a sua característica comercial mais nítida, foi discriminada por Alencar como algo contrário ao ideal de amor conjugal, difundido pelo autor em outros de seus romances urbanos. Ao criticar o matrimônio como uma espécie de mercado de peças, na qual a noiva oferece o valor mais alto para adquirir o noivo desejado, José de Alencar possivelmente faz uma analogia com o regime escravocrata, vigente no Brasil da segunda metade do século XIX. Criando um enredo em que a jovem compra o marido que a rejeitara quando moça pobre, Alencar subverte a suposta ordem dentro do matrimônio, colocando a mulher como provedora do lar e senhora, e o marido como vassalo da mesma.
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