Matéria de poesia
Barros, Manoel de
Tipo: novo
Editora: Suma
Ano: 2024
Estante: Literatura Estrangeira
Peso: 127g
ISBN: 9788556520920
Idioma: Português
Cadastrado em: 15 de abril de 2024
Descrição: A linguagem de Manoel de Barros se insurge contra o convencional, o grandioso e o mercantil. Matéria de poesia é, nesse sentido, um livro revolucionário, um contraponto a tudo aquilo que a civilização rejeita como menor. Com prefácio de Mia Couto e imagens do acervo pessoal do poeta. Todas as coisas cujos valores podem ser / disputados no cuspe à distância / servem para poesia. Assim começa Matéria de poesia, livro publicado originalmente em 1974 em que Manoel de Barros explicita do que é feita sua arte. Pois ela é composta de versos que são frases ritmadas ao rés do chão, nascidas da atenta observação do que não é importante. A matéria da poesia une palavras e coisas. Quase um manifesto que reflete o projeto de escrita de Manoel, os poemas reunidos neste volume unem seres e objetos aparentemente inconciliáveis. Nesta que é uma de suas obras mais importantes, se destacam também o apurado trabalho com a linguagem e o olhar para as coisas miúdas da natureza, nomeadas como se estivessem sendo vistas pela primeira vez. Afinal, nas palavras do próprio poeta: As coisas jogadas fora/ têm grande importância. Fala-se muito da capacidade de criação de neologismos do poeta do Pantanal. Creio que o seu mérito é bem mais do que a conquista do novo vocábulo. Manoel revela toda uma língua que não há para nomear criaturas que existem numa dimensão que, sendo onírica, é tão real como qualquer outra. Mia Couto, do prefácio do livro A partir de Matéria de poesia, o poeta passa a ser mais metalinguístico, parte de pequenos bichos aquáticos, insetos e inutensílios (trastes sem préstimo) para compor uma espécie de cosmologia oculta. Manuel da Costa Pinto, Folha de S.Paulo
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