Friday Black
Adjei-Brenyah, Nana Kwame
Tipo: novo
Editora: Fósforo Editora
Ano: 2023
Estante: Literatura Brasileira
Peso: 220g
ISBN: 9786584568327
Idioma: Português
Cadastrado em: 24 de maio de 2024
Descrição: Seria possível encontrar, em um futuro próximo, um mundo mais justo e menos selvagem? Reescrever a história, repensar a humanidade sem vícios mortais como o racismo, o consumismo exacerbado, as armas e a crueldade latente? Friday Black, livro de estreia de Nana Kwame Adjei-Brenyah, nos mostra que não. Nesta elogiada coletânea de doze contos definida pelo The Wall Street Journal como Impressionante, tudo parece absurdo à primeira vista para, em seguida, assumir paralelos com a realidade e transportar os leitores de volta a acontecimentos recentes veiculados à exaustão nos noticiários: no conto Os cinco de Finkelstein, o assassinato de cinco crianças negras na porta de uma biblioteca, seguido do julgamento do perpetrador racista, relembra a história de Trayvon Martin e de outros tantos garotos negros; o atentado em uma escola que coloca dois adolescentes vítima e algoz numa discussão post mortem no purgatório é o mote de Cuspindo luz; a corrida mortífera de humanos-zumbis pelo consumo na Black Friday, numa elegia ao capitalismo sanguinário e às suas injustas relações de trabalho, se repete nos aterrorizantes Friday Black, No varejo e Como vender uma jaqueta, segundo o Rei do Gelo. Neste livro, a violência e o grotesco atingem seu nível máximo, sem cortes, como numa caricatura da sociedade moderna. O futuro uma alegoria do tempo presente é apresentado em visão panóptica, na qual os leitores se reconhecem como voyeurs que à distância observam algo de que gostariam de participar, pois, em Friday Black, é por meio da barbárie que o ser humano sacia os seus desejos mais irascíveis. Adjei-Brenyah, grande promessa da literatura norte-americana contemporânea, é um radical do absurdo. Com humor mordaz, coloca os leitores em uma situação constrangedora, numa mixórdia de sentimentos que só os grandes escritores conseguem produzir. Não existe alívio. Segundo o próprio autor, Nada é mais chato do que um final feliz, frase que talvez resuma esta obra que é o
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