Excelente opção de leitura
Por: Braulio Calvoso , em 13/02/2020
Eu recomendo este livro
Um livro recheado de intrigas palacianas, e uma mulher que, de concubina passa a reger a China e coloca-a na era da modernidade, enfrentando tradições. Quando ela manda construir linhas de trem e passa por cima de cemitérios, agride uma tradição de deixar os mortos em paz.... .O livro que trata da biografia de Jung Chang é um pedaço da história da modernização, em um país que tem um quinto da população mundial. Da destituição de seu filho ao trono, à morte de um eunuco com o qual ela parecia ter uma relação amorosa, e que foi morto pela corte, a sua vida foi marcada pelos excessos e luxos exorbitantes. Quando o eunuco foi assassinado, ela simplesmente ficou prostrada meses e nem sequer tomava decisões imperiais. Quando comia, a sua mesa tinha de ser ornamentada com mais de duas dezenas de pratos de várias etnias, mesmo que ela comesse apenas um pequeno bocado. Mesmo que o reino fosse ocupado pelo seu filho, a regência era sua e as decisões eram tomadas de forma a deixar o seu filho como fantoche. .Ela deixou a China alinhada com os rumos de um mundo industrializado e o enorme arquivo que constitui a biografia dessa mulher, demonstra que nem sempre nascer em berço de seda é garantia de ocupar o trono, pois no caso dela, a posição foi conquistada depois de ela subornar um eunuco para dormir mais noites com o imperador, de forma a lhe proporcionar um filho antes das outras concubinas e, assim, alcançar a suprema posição de imperatriz, revertendo séculos de tradição chinesa e deixando para trás a diplomacia do isolamento. Para os estudiosos do PAÍS DO CENTRO, como eles costumavam se chamar, é uma leitura obrigatória e um mergulho em um conto misto entre irmãos Green e Once Upon a Time.....
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