JANELAS ABERTAS: CONVERSAS SOBRE ARTE, POLÍTICA E VIDA
LEPECKI, ANDRE, SCHNEIDER, ADRIANA, PACKER, AMILCAR, LUZ, CARMEN, ALMEIDA, DANIELLE
Tipo: novo
Editora: COBOGO*
Ano: 2023
Estante: Artes
Peso: 375g
ISBN: 9786556910963
Idioma: Português
Cadastrado em: 14 de maio de 2024
Descrição: Janelas Abertas reúne grandes nomes das artes e da cultura contemporâneas em conversas que têm a arte, a política e a vida como ponto de partida. Organizado por Eleonora Fabião e Adriana Schneider, professoras da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o livro é um desdobramento de uma série de encontros semanais que reunia, virtualmente, uma audiência em torno de duplas de intelectuais e artistas, abrindo as janelas encerradas pelo isolamento provocado pela pandemia que teve início em 2020. O resultado é um mosaico polifônico e atemporal de ideias sobre cultura, sociedade, o papel de cada um no mundo e o impacto das mudanças no planeta nos modos de existência, na arte, no escrever e no performar. São diálogos entre 42 convidados e convidadas, professoras e professores, artistas, pesquisadores e pesquisadoras, curadoras e curadores, mestras e mestres de saberes tradicionais e estudantes, muitos deles com interlocuções intelectuais e artísticas de muitos anos: Leda Maria Martins e Marcio Abreu; Cabelo e Gabriela Gusmão; André Lepecki e José Fernando Azevedo; Carla Guagliardi e Keyna Eleison; Tania Rivera e Vladimir Safatle; Danielle Almeida e Max Jorge Hinderer Cruz; Francisco Mallmann e Miro Spinelli; Luiz Rufino e Thiago Florencio; Grace Passô e Ricardo Aleixo; Carmen Luz e Silvia Soter; Arto Lindsay e Barbara Browning; Amilcar Packer e Negro Leo; Jaciara Augusto Martim e Valéria Macedo; Enrique Diaz e Mariana Lima; Luiz Camillo Osorio e Patrick Pessoa, além de uma roda de conversa entre os 12 integrantes do Núcleo Experimental de Performance (NEP), da UFRJ, encerrando a série com o diálogo entre as duas organizadoras sobre o projeto e seus efeitos. Seguindo um programa perfomativo, as conversas aconteciam às quartas-feiras, sempre às 17 horas – “no meio do meio da semana, na hora do lusco-fusco, enquanto o sol se põe e as luzes das telas acendem as casas”. Embora transmitidos pelo YouTube, os encontros não ficavam disponíveis na plataforma: como se fossem, eles mesmos, performances, tinham um caráter de efêmero, como um acontecimento que só pode ser pensado a partir da relação e no encontro – com suas especificidades e materialidades. Agora transcritos, esses diálogos transcendem o período em que se realizaram e apontam para o futuro. Assim como aconteceu durante quase quatro meses de transmissões ao vivo, Janelas Abertas, o livro, instiga, encanta, acolhe e provoca. Trechos: “Eu fico pensando como que teatro e poesia são um encontro maravilhoso. Se nós pensarmos, particularmente, nas várias matrizes performáticas pelo mundo, desde as mais longínquas, representacionais, a palavra vinha como canto sempre. Até muito recentemente, até o século XIX, a poesia integrava literalmente a dramaturgia. A poesia sempre existiu, antes dela se manifestar na escrita, como oralitura, como performance. Ela nasce também como uma dádiva, como uma oferenda para o outro. Para ela se realizar, ela precisa do outro, então a poesia nasce performaticamente, ela é performance.” (Leda Maria Martins) “[...] há um núcleo necropolítico do Estado brasileiro que passou absolutamente incólume; ele foi herdado da ditadura e prossegue até hoje. As estruturas de violência quanto às classes desfavorecidas do Brasil não mudaram uma linha. A própria noção de democracia, no Brasil, é geograficamente situada porque, fora das áreas nas quais a classe média vive, não há nada parecido ao que se possa chamar de estado de direito, com suas garantias institucionais e individuais. A polícia entra na casa das pessoas chutando a porta, sem mandado e isso é um procedimento normal. Sabemos muito bem disso. É fantástico, do ponto de vista psicanalítico, que sempre o tenhamos sabido e, no entanto, agimos como se não soubéssemos. Eu diria que esse talvez seja o primeiro passo nos colocarmos em outra posição, o de nos colocarmos a pergunta: por que nós nunca quisemos saber? Ou seja, em que sistema de solidariedade nos posicionamos em relação a esta situação?” (Vladimir Safatle) “Para nós, indígenas Guarani, a saúde vem primeiro na dimensão espiritual. O bem-estar, a convivência na comunidade, isso traz muita paz de espírito, muita alegria e isso também é um dos ensinamentos mais lindos que a cultura guarani tem. [...] Saúde é mais do que a ausência de doença. Saúde é estar bem, ser feliz. Acho que esse é um dos ensinamentos muito importantes que os xeramõi, mais velhos, têm para passar para a gente.” (Jaciara Augusto Martins) Sobre as organizadoras Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Realiza ações, exposições, palestras, leciona e publica nacional e internacionalmente. Performa em contextos diversos — galerias, teatros, bienais, festivais e, sobretudo, nas ruas. Coisas que precisam ser feitas (Performa Biennial, Nova York 2015) é o título de um trabalho e, também, um modo de referir-se à prática. Professora do Curso de Direção Teatral e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da
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