Livro Diga Toda a Verdade - Em Modo Oblíquo

ID 1008545 Encadernação: Brochura Estado de Conservação: Bom livro já lido. encadernação comum. editoração normal. papel comum. livro adquirido de particular. capa com poucos danos. corte um pouco escurecido. poucas marcas de tempo nas páginas. livro em bom estado de conservação

Brochura. Livro em bom estado de conservação.

Livro Novo - Etiqueta na folha de rosto - Resenha - Autora do elogiado Flores raras e banalíssimas, sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que está sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletânea de contos inéditos, uma temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga toda a verdade, em modo oblíquo, a autora leva para a ficção a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, além de uma fresca dose de originalidade, e constrói universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave.

D. LIVRO BROCHURA, AMARELADO DEVIDO A AÇÃO DO TEMPO, ESTADO GERAL BOM, SEM GRIFOS OU ANOTAÇÕES

2 - P - Livro em excelente estado de conservação: miolo, corte, borda, lombada e capa excelentes. Sem grifos, anotações, rasuras, assinaturas, dobras, páginas rasgadas, faltantes ou com furos de traça. Uma menina curiosa passa as férias na casa da avó camponesa, deliciando-se com ritos de colheita, curas com ventosas e rezas desconhecidas. Uma adolescente fascina-se pelos cabelos ruivos e pela cedilha no meio do nome Elça da colega de escola. No interior do país, um rapaz faz fortuna enquanto cultiva o jeito acabrunhado e o amor pela ópera. Em meados do século 19, a viúva do Conde Monte de Cristo acaba aportando, por acidente, no litoral brasileiro, onde é acolhida por uma audaciosa nativa. Esses são alguns dos personagens que habitam ... - 20162558

Livro capa brochura em estado de novo, sem leitura, impecável. 172p. (Literatura Brasileira). Sinopse: Autora do elogiado Flores raras e banalíssimas, sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que está sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletânea de contos inéditos, uma temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga toda a verdade, em modo oblíquo, a autora leva para a ficção a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, além de uma fresca dose de originalidade, e constrói universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave.

Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletânea de contos inéditos, uma temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em “Diga toda a verdade, em modo oblíquo”, a autora leva para a ficção a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, além de uma fresca dose de originalidade, e constrói universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave. Livro semi-novo, ñ parece usado, carimbo da editora, sem marcas de manuseio. Sem detalhes, acreditem, ótimo estado, perfeito.

Brochura , bom estado de conservação, não possui furo , rabisco e linhas sublinhadas - Com carimbo - Livro bom para manuseio e leitura, 171 pp. cod 07

Autora do elogiado Flores raras e banalíssimas, sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que está sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletânea de contos inéditos, uma temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em “Diga toda a verdade, em modo oblíquo”, a autora leva para a ficção a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, além de uma fresca dose de originalidade, e constrói universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave. - 20165158

Livro brochura 23x16 cm 171 pag, em excelente estado, estado de novo. Carmen L. Oliveira procura abordar, nesta coletânea de contos, uma temática considerada rara à literatura brasileira - o amor entre mulheres. Em Diga toda a verdade, em modo oblíquo, a autora tem por objetivo levar para a ficção uma narrativa conhecido com uma dose de originalidade, e busca construir universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave.

Livro em bom estado de conservação. Sem rabiscos, grifos, sublinhados, amassados ou avarias de qualquer tipo. Folhas e bordas amarelas em função do tempo e com sinais de manuseio. - 20168841

171 páginas - livro seminovo - brochura original - em muito bom estado - sem marcações de qualquer tipo - sem assinaturas ou carimbos. #LBR14633

Brochura original, em ótimo estado . Capa: Rodrigo Rodrigues . Formato 21X14cm. . 171 pp. .

171 páginas, brochura, novo, carimbo de editora na folha de rosto. TIPO: USADO CÓDIGO DE BARRAS: 1000209068718 SKU: 20906871

Autora do elogiado Flores raras e banalissimas, sobre a relacao entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que esta sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletanea de contos ineditos, uma tematica rara a literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga Toda a Verdade, em Modo Obliquo , a autora leva para a ficcao a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, alem de uma fresca dose de originalidade, e constroi universos intimos exuberantes nos quais os detalhes sao pecas-chave.

Autora do elogiado Flores raras e banalissimas, sobre a relacao entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que esta sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletanea de contos ineditos, uma tematica rara a literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga Toda a Verdade, em Modo Obliquo , a autora leva para a ficcao a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, alem de uma fresca dose de originalidade, e constroi universos intimos exuberantes nos quais os detalhes sao pecas-chave.

Autora do elogiado Flores raras e banalissimas, sobre a relacao entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que esta sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletanea de contos ineditos, uma tematica rara a literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga Toda a Verdade, em Modo Obliquo , a autora leva para a ficcao a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, alem de uma fresca dose de originalidade, e constroi universos intimos exuberantes nos quais os detalhes sao pecas-chave.

Autora do elogiado Flores raras e banalissimas, sobre a relacao entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que esta sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletanea de contos ineditos, uma tematica rara a literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga Toda a Verdade, em Modo Obliquo , a autora leva para a ficcao a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, alem de uma fresca dose de originalidade, e constroi universos intimos exuberantes nos quais os detalhes sao pecas-chave.

Autora do elogiado Flores raras e banalissimas, sobre a relacao entre a urbanista brasileira Lota Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, que esta sendo adaptado para o cinema por Bruno Barreto, Carmen L. Oliveira aborda, nesta coletanea de contos ineditos, uma tematica rara a literatura brasileira: o amor entre mulheres. Em Diga Toda a Verdade, em Modo Obliquo , a autora leva para a ficcao a mesma habilidade narrativa que marca sua obra anterior, alem de uma fresca dose de originalidade, e constroi universos intimos exuberantes nos quais os detalhes sao pecas-chave.

Carmen L. Oliveira procura abordar, nesta coletânea de contos, uma temática considerada rara à literatura brasileira - o amor entre mulheres. Em ´Diga toda a verdade, em modo oblíquo´, a autora tem por objetivo levar para a ficção uma narrativa conhecido com uma dose de originalidade, e busca construir universos íntimos exuberantes nos quais os detalhes são peças-chave.

Livro novo!

O fascínio por uma cedilha no meio de um nome próprio, o amor platônico por uma freira, uma senhora que passa a dividir apartamento com uma desconhecida e até uma ousada continuação da história de O Conde de Monte Cristo compõem Diga toda a verdade – em modo oblíquo, de Carmen Oliveira. Através de relacionamentos entre avó e neta ou aluna e professora, a autora toca em temas como a primeira paixão, a perda da ingenuidade e as artimanhas do amor. Nos doze contos aqui reunidos, outra temática rara à literatura brasileira é tratada: o amor entre mulheres e a sensualidade homoerótica, em histórias habitadas por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração à distância por outras mulheres. Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em Flores raras e banalíssimas – elogiada obra sobre a poeta americana Elizabeth Bishop –, Carmen L. Oliveira cria universos íntimos exuberantes, nos quais o detalhe e a delicadeza são peças-chave.

O fascínio por uma cedilha no meio de um nome próprio, o amor platônico por uma freira, uma senhora que passa a dividir apartamento com uma desconhecida e até uma ousada continuação da história de O Conde de Monte Cristo compõem Diga toda a verdade – em modo oblíquo, de Carmen Oliveira. Através de relacionamentos entre avó e neta ou aluna e professora, a autora toca em temas como a primeira paixão, a perda da ingenuidade e as artimanhas do amor. Nos doze contos aqui reunidos, outra temática rara à literatura brasileira é tratada: o amor entre mulheres e a sensualidade homoerótica, em histórias habitadas por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração à distância por outras mulheres. Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em Flores raras e banalíssimas – elogiada obra sobre a poeta americana Elizabeth Bishop –, Carmen L. Oliveira cria universos íntimos exuberantes, nos quais o detalhe e a delicadeza são peças-chave.

Uma menina curiosa passa as férias na casa da avó camponesa, deliciando-se com ritos de colheita, curas com ventosas e rezas desconhecidas. Uma adolescente fascina-se pelos cabelos ruivos e pela cedilha no meio do nome – Elça – da colega de escola. No interior do país, um rapaz faz fortuna enquanto cultiva o jeito acabrunhado e o amor pela ópera. Em meados do século 19, a viúva do Conde Monte Cristo acaba aportando, por acidente, no litoral brasileiro, onde é acolhida por uma audaciosa nativa.Esses são alguns dos personagens que habitam os doze contos de Diga toda a verdade – em modo oblíquio. Figuras muito diferentes entre si, elas compõem cenários também tão diversos quanto uma vila de subúrbio, onde uma criança inquieta-se com os segredos dos vizinhos, e uma fria terra estrangeira, na qual uma estudante enreda-se na descoberta de novos poetas e no fluxo surpreendente de uma nova amizade.O que os unifica, desenhando a linha condutora deste novo livro, é uma espécie de estranheza. Seja no buliçoso olhar infantil, nas vias de tormento de amantes enciumados ou nas querelas de profissionais não-realizados, os personagens deste Diga toda a verdade constroem, cada um a seu modo, um estrangeirismo. E, diferentemente da apatia e da saturação que ronda grande parte dos textos contemporâneos, retomam um elemento cada vez mais raro: o assombro, travestido ora em encantamento, ora em tumultuada melancolia. Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em Flores raras e banalíssimas – elogiada obra sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo de Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop -, Carmen L. Oliveira fabrica universos íntimos exuberantes, nos quais os detalhes são peças-chave. Ao mesmo tempo, retoma de forma original outra temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres, a sensualidade homoerótica. Grande parte dos contos de Diga toda a verdade são habitados por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração a distância por outras mulheres – mesmo que nem sempre seja este o fio condutor da trama. Atiçados por pequenos incômodos, medos e angústias múltiplas, os personagens deste novo livro circulam por diferentes zonas de sombra, abrindo, a cada novo parágrafo, uma chance para outras amplitudes e novos reveses. Como em “A maestrina e suas meninas”, na qual a história de uma rígida professora de piano vai sendo montada em fragmentos, de diferentes pontos de vista – sem, no entanto, esclarecer-se por completo. Ou em “Ciranda das sambalelês”, que desnuda a conflituosa relação entre um grupo de mulheres de meia-idade, por meio das conversas que têm num almoço de sábado. Em meio a histórias de fracassos e lutas tão corriqueiras, há espaço também para a alegria. Iluminados por epifanias e descobertas renovadoras, os personagens de Carmen experimentam transformações que são o próprio vigor da narrativa. Têm a sensualidade sempre à espreita. Permitem-se a graça do acaso. Desenham existências furiosas, mesmo quando imersos em rotinas de tédio e fracasso. E, como em geral acontece com a boa literatura, atravessam suas próprias histórias de soslaio, enovelados ao escuro – e, por isso mesmo, tornam-se inesquecíveis.

<p><p align="justify">Uma menina curiosa passa as férias na casa da avó camponesa, deliciando-se com ritos de colheita, curas com ventosas e rezas desconhecidas. Uma adolescente fascina-se pelos cabelos ruivos e pela cedilha no meio do nome – Elça – da colega de escola. No interior do país, um rapaz faz fortuna enquanto cultiva o jeito acabrunhado e o amor pela ópera. Em meados do século 19, a viúva do Conde Monte Cristo acaba aportando, por acidente, no litoral brasileiro, onde é acolhida por uma audaciosa nativa.</p><p align="justify"></p><p align="justify">Esses são alguns dos personagens que habitam os doze contos de <em>Diga toda a verdade – em modo oblíquio</em>. Figuras muito diferentes entre si, elas compõem cenários também tão diversos quanto uma vila de subúrbio, onde uma criança inquieta-se com os segredos dos vizinhos, e uma fria terra estrangeira, na qual uma estudante enreda-se na descoberta de novos poetas e no fluxo surpreendente de uma nova amizade.</p><p align="justify"></p><p align="justify">O que os unifica, desenhando a linha condutora deste novo livro, é uma espécie de estranheza. Seja no buliçoso olhar infantil, nas vias de tormento de amantes enciumados ou nas querelas de profissionais não-realizados, os personagens deste Diga toda a verdade constroem, cada um a seu modo, um estrangeirismo. E, diferentemente da apatia e da saturação que ronda grande parte dos textos contemporâneos, retomam um elemento cada vez mais raro: o assombro, travestido ora em encantamento, ora em tumultuada melancolia.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em <em> Flores raras e banalíssimas</em> – elogiada obra sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo de Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop -, Carmen L. Oliveira fabrica universos íntimos exuberantes, nos quais os detalhes são peças-chave. Ao mesmo tempo, retoma de forma original outra temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres, a sensualidade homoerótica. Grande parte dos contos de <em>Diga toda a verdade</em> são habitados por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração a distância por outras mulheres – mesmo que nem sempre seja este o fio condutor da trama.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Atiçados por pequenos incômodos, medos e angústias múltiplas, os personagens deste novo livro circulam por diferentes zonas de sombra, abrindo, a cada novo parágrafo, uma chance para outras amplitudes e novos reveses. Como em “A maestrina e suas meninas”, na qual a história de uma rígida professora de piano vai sendo montada em fragmentos, de diferentes pontos de vista – sem, no entanto, esclarecer-se por completo. Ou em “Ciranda das sambalelês”, que desnuda a conflituosa relação entre um grupo de mulheres de meia-idade, por meio das conversas que têm num almoço de sábado.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Em meio a histórias de fracassos e lutas tão corriqueiras, há espaço também para a alegria. Iluminados por epifanias e descobertas renovadoras, os personagens de Carmen experimentam transformações que são o próprio vigor da narrativa. Têm a sensualidade sempre à espreita. Permitem-se a graça do acaso. Desenham existências furiosas, mesmo quando imersos em rotinas de tédio e fracasso. E, como em geral acontece com a boa literatura, atravessam suas próprias histórias de soslaio, enovelados ao escuro – e, por isso mesmo, tornam-se inesquecíveis.</p><p align="justify"></p></p> <!--<p></p>-->

<p><p align="justify">Uma menina curiosa passa as férias na casa da avó camponesa, deliciando-se com ritos de colheita, curas com ventosas e rezas desconhecidas. Uma adolescente fascina-se pelos cabelos ruivos e pela cedilha no meio do nome – Elça – da colega de escola. No interior do país, um rapaz faz fortuna enquanto cultiva o jeito acabrunhado e o amor pela ópera. Em meados do século 19, a viúva do Conde Monte Cristo acaba aportando, por acidente, no litoral brasileiro, onde é acolhida por uma audaciosa nativa.</p><p align="justify"></p><p align="justify">Esses são alguns dos personagens que habitam os doze contos de <em>Diga toda a verdade – em modo oblíquio</em>. Figuras muito diferentes entre si, elas compõem cenários também tão diversos quanto uma vila de subúrbio, onde uma criança inquieta-se com os segredos dos vizinhos, e uma fria terra estrangeira, na qual uma estudante enreda-se na descoberta de novos poetas e no fluxo surpreendente de uma nova amizade.</p><p align="justify"></p><p align="justify">O que os unifica, desenhando a linha condutora deste novo livro, é uma espécie de estranheza. Seja no buliçoso olhar infantil, nas vias de tormento de amantes enciumados ou nas querelas de profissionais não-realizados, os personagens deste Diga toda a verdade constroem, cada um a seu modo, um estrangeirismo. E, diferentemente da apatia e da saturação que ronda grande parte dos textos contemporâneos, retomam um elemento cada vez mais raro: o assombro, travestido ora em encantamento, ora em tumultuada melancolia.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em <em> Flores raras e banalíssimas</em> – elogiada obra sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo de Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop -, Carmen L. Oliveira fabrica universos íntimos exuberantes, nos quais os detalhes são peças-chave. Ao mesmo tempo, retoma de forma original outra temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres, a sensualidade homoerótica. Grande parte dos contos de <em>Diga toda a verdade</em> são habitados por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração a distância por outras mulheres – mesmo que nem sempre seja este o fio condutor da trama.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Atiçados por pequenos incômodos, medos e angústias múltiplas, os personagens deste novo livro circulam por diferentes zonas de sombra, abrindo, a cada novo parágrafo, uma chance para outras amplitudes e novos reveses. Como em “A maestrina e suas meninas”, na qual a história de uma rígida professora de piano vai sendo montada em fragmentos, de diferentes pontos de vista – sem, no entanto, esclarecer-se por completo. Ou em “Ciranda das sambalelês”, que desnuda a conflituosa relação entre um grupo de mulheres de meia-idade, por meio das conversas que têm num almoço de sábado.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Em meio a histórias de fracassos e lutas tão corriqueiras, há espaço também para a alegria. Iluminados por epifanias e descobertas renovadoras, os personagens de Carmen experimentam transformações que são o próprio vigor da narrativa. Têm a sensualidade sempre à espreita. Permitem-se a graça do acaso. Desenham existências furiosas, mesmo quando imersos em rotinas de tédio e fracasso. E, como em geral acontece com a boa literatura, atravessam suas próprias histórias de soslaio, enovelados ao escuro – e, por isso mesmo, tornam-se inesquecíveis.</p><p align="justify"></p></p> <!--<p></p>-->

<p><p align="justify">Uma menina curiosa passa as férias na casa da avó camponesa, deliciando-se com ritos de colheita, curas com ventosas e rezas desconhecidas. Uma adolescente fascina-se pelos cabelos ruivos e pela cedilha no meio do nome – Elça – da colega de escola. No interior do país, um rapaz faz fortuna enquanto cultiva o jeito acabrunhado e o amor pela ópera. Em meados do século 19, a viúva do Conde Monte Cristo acaba aportando, por acidente, no litoral brasileiro, onde é acolhida por uma audaciosa nativa.</p><p align="justify"></p><p align="justify">Esses são alguns dos personagens que habitam os doze contos de <em>Diga toda a verdade – em modo oblíquio</em>. Figuras muito diferentes entre si, elas compõem cenários também tão diversos quanto uma vila de subúrbio, onde uma criança inquieta-se com os segredos dos vizinhos, e uma fria terra estrangeira, na qual uma estudante enreda-se na descoberta de novos poetas e no fluxo surpreendente de uma nova amizade.</p><p align="justify"></p><p align="justify">O que os unifica, desenhando a linha condutora deste novo livro, é uma espécie de estranheza. Seja no buliçoso olhar infantil, nas vias de tormento de amantes enciumados ou nas querelas de profissionais não-realizados, os personagens deste Diga toda a verdade constroem, cada um a seu modo, um estrangeirismo. E, diferentemente da apatia e da saturação que ronda grande parte dos textos contemporâneos, retomam um elemento cada vez mais raro: o assombro, travestido ora em encantamento, ora em tumultuada melancolia.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Com a habilidade narrativa que já havia demonstrado em <em> Flores raras e banalíssimas</em> – elogiada obra sobre a relação entre a urbanista brasileira Lota Macedo de Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop -, Carmen L. Oliveira fabrica universos íntimos exuberantes, nos quais os detalhes são peças-chave. Ao mesmo tempo, retoma de forma original outra temática rara à literatura brasileira: o amor entre mulheres, a sensualidade homoerótica. Grande parte dos contos de <em>Diga toda a verdade</em> são habitados por personagens femininas que experimentam o amor, o desejo ou a atração a distância por outras mulheres – mesmo que nem sempre seja este o fio condutor da trama.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Atiçados por pequenos incômodos, medos e angústias múltiplas, os personagens deste novo livro circulam por diferentes zonas de sombra, abrindo, a cada novo parágrafo, uma chance para outras amplitudes e novos reveses. Como em “A maestrina e suas meninas”, na qual a história de uma rígida professora de piano vai sendo montada em fragmentos, de diferentes pontos de vista – sem, no entanto, esclarecer-se por completo. Ou em “Ciranda das sambalelês”, que desnuda a conflituosa relação entre um grupo de mulheres de meia-idade, por meio das conversas que têm num almoço de sábado.</p><p align="justify"></p> <p align="justify">Em meio a histórias de fracassos e lutas tão corriqueiras, há espaço também para a alegria. Iluminados por epifanias e descobertas renovadoras, os personagens de Carmen experimentam transformações que são o próprio vigor da narrativa. Têm a sensualidade sempre à espreita. Permitem-se a graça do acaso. Desenham existências furiosas, mesmo quando imersos em rotinas de tédio e fracasso. E, como em geral acontece com a boa literatura, atravessam suas próprias histórias de soslaio, enovelados ao escuro – e, por isso mesmo, tornam-se inesquecíveis.</p><p align="justify"></p></p> <!--<p></p>-->

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