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O melhor dos quatro excelentes livros de Tana French, Porto inseguro deixa os leitores mergulhados em horror. The Guardian Uma das mais talentosas autoras de romance policial da atualidade. The Washington PostMick Kennedy tem um trágico e terrível crime para solucionar. Três membros da família Spain foram brutalmente assassinados em casa, num conjunto habitacional de luxo que desabou junto com o mercado imobiliário. A única que sobrevive ao ataque é Jennifer Spain, que fica gravemente ferida e luta pela vida. Essas são as pinceladas iniciais do thriller Porto inseguro, de Tana French, a mais bem-sucedida autora de romances policiais da atualidade. Com uma carreira meteórica, Tana French estreou na literatura com o aclamado No bosque da memória, ganhador do Edgar, e emplacou quatro sucessivos títulos na concorrida lista dos mais vendidos do The New York Times. Em Porto inseguro, livro do mês pela Amazon, ela mais uma vez deixa a sua marca, ao construir uma trama protagonizada por um herói fragilizado e uma família devastada por um crime hediondo, tendo como cenário uma Irlanda em crise. Na trama, o teimoso detetive da Divisão de Homicídios de Dublin descreve os matizes de um pesadelo vivido numa vila à beira-mar, então conhecida como Broken Harbor. Há uma pequena chance de que Jennifer, a mãe, possa sobreviver aos ferimentos, mas seu marido morreu de múltiplas facadas e seus dois filhos foram sufocados em suas camas. Enquanto utiliza o caso como um exercício de treinamento para o seu parceiro novato, o detetive precisa enfrentar os próprios demônios pessoais. No mesmo lugarejo, durante uma de suas férias de verão com a família, um acontecimento horrível traumatizou o jovem Mick. O crime pode ter sua origem num mal conhecido. É o que ele sente ao entrar na casa da família. A autora adotou uma tática incomum para sua série de romances policiais que giram em torno do universo de Dublin. Em vez de focar em um único detetive, ela escolheu a fictícia Divisão de Homicídios como cenário para criação de seus personagens. Cada um de seus thrillers é narrado por um diferente detetive da corporação, o que permite à autora apresentar múltiplas perspectivas de seus personagens. Porto inseguro é um conto sobre as diferentes feições da obsessão e da loucura, com um final angustiante que reúne todos os momentos de frio na espinha e imprime no leitor uma profunda sensação de terror. Uma história de suspense psicológico sobre os perigos de sufocar pensamentos impensáveis. Leia um trecho +
Saiba maisEm setembro de 2012, Suzana Montoro surpreendeu o meio literário ao conquistar uma das láureas mais cobiçadas do país: o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria estreante. Autora de livros infantojuvenis e psicóloga de ofício, a paulistana Suzana Montoro arrebatou o júri com Os hungareses, romance que retrata, de forma original e delicada, a saga de imigrantes húngaros que se estabeleceram no Brasil depois da Primeira Guerra Mundial. A obra, reeditada agora pela Rocco, conta a história de Rozália, “uma mulher magra, muito magra, de aparência frágil”, natural de um vilarejo incrustado nos Bálcãs, na bacia do Danúbio. Um dia, “com a mesma naturalidade com que se acorda todas as manhãs”, o povoado virou iugoslavo, dando início à imigração do povo húngaro para outras partes do mundo. Rozália e sua família, como outros tantos hungareses, veio para São Paulo, tempos depois. “No primeiro dia iugoslavo da aldeia, ao chegar à escola levei um tapa na mão quando disse o costumeiro bom-dia, jó napot. Em húngaro não, agora temos que falar em servo-croata, a professora sussurrou em meu ouvido. Olhei atônita, o que eu podia dizer se não sabia falar coisa alguma na língua sérvia?”, nos descreve Rozália. A violência latente da transformação geopolítica do pós-guerra, ao alijar costumes e culturas inteiras, paira sobre a trama de Os hungareses. Seus personagens compartilham o desejo de reencontrar o que lhes é familiar e a angústia de saber que, nunca – e nem mesmo na memória – poderão reconstituir integralmente o mundo como o conheciam. Nada aqui, porém, é desenhado sob as referências da história, da guerra ou da política. O grande mérito do romance de Suzana Montoro é reconstituir o microcosmo ao redor da vida de uma mulher, sempre sob o prisma de sua intimidade. Uma trajetória que, no caso de Rozália, revela-se atribulada: a morte precoce da mãe, o magnetismo pela tia excêntrica, amores proibidos, uma fuga, a culpa pelo abandono. Sentimentos e situações universais, que ganham força ao serem narrados com o misto de singeleza e vigor criativo que marcam a escrita de Suzana. A narradora de Os hungareses se identifica, logo nas primeiras linhas do romance, como a filha caçula de Rozália – aquela que esteve atenta ao “fio dos relatos”. Por isso, nas páginas seguintes, a narrativa é entremeada de duas vozes. Ora é a narradora-filha que conta, em terceira pessoa, a saga de sua mãe; ora é a própria Rozália quem assume, com intervenções curtas, a descrição de sua história. A diferença de dicções e de poéticas, neste entremear de narradores, cria uma delicada tensão, abrindo caminho para uma trama instigante em seus muitos prismas. Na época da premiação de Os hungareses, Suzana contou aos jornalistas que a ideia do livro surgiu a partir dos relatos de sua sócia no consultório de psicologia. Filha de húngaros, esta teria lhe revelado a trajetória surpreendente de sua mãe – que acabou servindo de inspiração para Rozália. Fascinada pela história da amiga, a escritora passou os 15 anos seguintes recolhendo depoimentos de uma comunidade húngara do interior de São Paulo.
Saiba maisEu sou a mosca que caiu na sua sopa, eu sou uma mosca e vim só me alimentar.” O trecho da música de Raul Seixas tem um papel oportuno na curiosa história de O velho e a mosca, primeiro livro de Bel Barcellos. Uma mosca gulosa e perdida, em busca de comida. Um velho solitário e estressado, em uma casa isolada no alto de um morro. Um encontro inesperado entre os dois acontece; a princípio, nada muito afetuoso: “O velho, solitário e quieto, detestou a presença daquele inseto. Girou o corpo de supetão e deu-lhe um tremendo bofetão!” Mesmo sem conseguir comer sequer a “gororoba” seca e dura que era a refeição do velho, logo ao entrar na casa, a mosca não desiste e resolve atormentá-lo. E o duelo começou: – “Sua safada, isso não fica assim. Te cuida que já vejo teu fim!” Seduzida por uma armadilha que o velho aprontou, a mosca acerta o alvo em cheio, e o desfecho é surpreendente. Amplificando uma situação cotidiana, que poderia ocorrer com qualquer pessoa, Bell Barcellos possibilita uma reflexão sobre alguns sentimentos da natureza humana, como solidão, egoísmo, perdão e compreensão. O conto, inspirado nas histórias que os filhos da autora pediam para ela contar todas as noites, é repleto de rimas e graciosas ilustrações, ambas aprovadas pelos filhos de Bel e também pelos do cantor Gabriel, O Pensador, que assina a quarta capa do livro.
Saiba maisPor Anna Claudia RamosUm menino, um cachorro, uma árvore e um livro dentro da árvore! Opa!! Como assim? Um livro dentro da árvore? É! Isso mesmo! E bastou o menino abrir as páginas do livro para surgir bem debaixo de seus pés um tapete. Um tapete voador! Que levou menino e cachorro mundo afora. Egito, Inglaterra, França, Itália, Brasil...E lá do alto os dois assistindo a tudo: brigas de pirata e menino, bruxa má tentando envenenar uma princesa, menina correndo atrás de um coelho. Mas eis que de repente o tapete entrou na ampulheta do tempo e foi parar na pré-história, num mundo repleto de dinossauros. Que susto! Mas o tapete voou rápido e menino e cachorro chegaram a tempo de assistir ao descobrimento do Brasil, com índios e caravelas!Ampulheta túnel do tempo é sempre algo mágico. Pode-se entrar e sair, ainda mais com tapete voador. E desta vez os dois amigos chegaram no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Logo adiante encontraram uma fada e um menino de pau, bichos da terra e do ar. Foram ao espaço, viram planetas, estrelas, astronautas e foguete. Até que, de repente, o tapete estacionou e... Nossa! Nem conto o que aconteceu... Só lendo mesmo este livro incrível, recheado de histórias dentro de uma só história.O tapete voador é um livro de imagens que vai encantar crianças, jovens e adultos por sua singeleza, leveza e humor. Tudo misturado! Ao final, Caulos nos reserva uma surpresa deliciosa, que nos faz querer voltar ao início do livro e começar a ler/viver tudo de novo.Caulos, cartunista, ilustrador, contador de histórias, que nos presenteia com este O tapete voador, uma homenagem a todos os que são apaixonados por livros. Se eu fosse você mergulhava logo nessa história e embarcava nesse livro/tapete voador. Imperdível!Anna Claudia Ramos é escritora
Saiba maisResponsável por trazer para o Brasil, na década de 1980, a obra do francês Patrick Modiano, a Rocco volta a oferecer ao leitor brasileiro três dos mais emblemáticos romances do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2014, que voltam às prateleiras em nova e sofisticada edição: Ronda da noite, Uma rua de Roma e Dora Bruder. As novas edições contam ainda com posfácios assinados por Flávio Izhaki (Ronda da noite), Bernardo Ajzenberg (Uma rua de Roma) e André de Leones (Dora Bruder) e estarão disponíveis individualmente e também num box especial contendo os três volumes. Na sombria Paris ocupada pelos nazistas, os personagens de Ronda da noite esgueiram-se como fugitivos. Cortejando o martírio, o narrador-protagonista do segundo romance de Patrick Modiano se arrisca em um jogo duplo mortal ao trabalhar simultaneamente para a Resistência e a Gestapo. Inspirado na história real de dois colaboracionistas, Henri Lafont e Pierre Bonny, o livro coloca uma questão crucial: como se tornar traidor, como não ser? Reabrindo feridas que os franceses se esforçavam por ocultar, Patrick Modiano ousou trazer para o primeiro plano do debate intelectual o polêmico período da Ocupação. Mas ele não o fez com espírito revanchista nem punitivo, incorporando ao contrário, conforme assinalou um crítico, “os tormentos de uma sociedade, de um país, e misturando-os aos seus”. Ao se debruçar sobre o passado, como quem se debruça sobre um precipício, com sua prosa límpida e irretocável, Modiano procura apenas entender, destacando-se por uma invulgar capacidade de perdoar e amar. Lançado em 1969, Ronda da noite atraiu de imediato a atenção dos jurados do prestigioso Goncourt (o mais importante prêmio literário de língua francesa), que ele viria a receber em 1978, por Uma rua de Roma.
Saiba maisMarcus Samuelsson tem uma história incomparável, uma coragem silenciosa e um estilolírico e deslumbrante – na cozinha e em seu texto. Simplesmente adorei este livro! Gabrielle Hamilton, autora de Sangue, ossos e manteigaPois não, chef relata a fantástica trajetória do aclamado etíope Marcus Samuelsson, da cozinha de sua família adotiva na Suécia, aos mais exigentes e implacáveis restaurantes na Suíça e na França, dos penosos bicos em cruzeiros até sua chegada em Nova York, onde conquistou, aos 24 anos, as cobiçadas três estrelas da crítica do The New York Times a frente do badalado Acquavit. Dono do Red Rooster – restaurante no Harlem que reinventou a cozinha americana e reúne desde políticos até músicos de jazz e trabalhadores da região, Samuelsson faz uma ode à comida e à família, em todas as suas manifestações. O livro começa com Marcus – nascido Kassahun – falando da mãe africana, Ahnu, e de sua origem humilde. Naturais de uma pequena aldeia etíope chamada Abrugandana, ele, a irmã Linda – nascida Fantaye – e a mãe levavam uma vida extremamente simples, na qual um par de sapatos era considerado luxo. Em 1972, um surto de tuberculose se espalhou pela Etiópia, selando o destino de Ahnu e seus dois filhos. Bastante doentes, eles percorreram a pé mais de 120 quilômetros até a capital Adis Abeba, onde conseguiram vaga em um hospital. Muito debilitada, Ahnu não sobreviveu, e os órfãos foram levados para a Europa, adotados pelo casal Samuelsson.A adaptação em Gotemburgo, na Suécia, levaria alguns meses. Para Marcus, com 3 anos, foi mais fácil, pois quase não se lembrava do tempo passado na Etiópia. Linda, então com 5 anos, tinha muitas recordações da vida na África e adotou um comportamento distante e desconfiado, que os pais adotivos superaram graças a uma boa dose de paciência, carinho e dedicação. Aos poucos, os irmãos criaram fortes laços com os Samuelsson e se integraram à família. A proximidade com a avó materna, que tinha talento natural para a cozinha, e a convivência com os parentes do pai, que vinha de uma linhagem de pescadores, despertaram em Marcus a paixão pela culinária. Conforme foi crescendo, Marcus percebeu que, em muitos aspectos, não pertencia verdadeiramente à sociedade sueca, uma vez que lidava com o preconceito racial fora de casa. Ao ser cortado do principal time de futebol da cidade, no qual jogava desde os 11 anos, o futuro chef entrou para o curso de gastronomia na escola técnica Ester Mosessom, determinado a se tornar o melhor na profissão. Depois de trabalhar em dois restaurantes suecos, Marcus seguiu para um hotel cinco estrelas na Suíça, onde teve a certeza de que seu lugar era no exterior, em cozinhas com equipe realmente internacional. Após uma breve temporada na Áustria, que marcaria para sempre sua vida, Marcus voltou ao emprego na Suíça. Um grave acidente de carro, entretanto, faria com que ele fosse trabalhar na cidade que, no futuro, escolheria para morar: Nova York. Depois de duas temporadas em navios de cruzeiro e uma estada na França, a volta aos Estados Unidos, que lhe renderia o tão sonhado salto na carreira: a promoção a chef executivo do Aquavit. Sob o seu comando, o restaurante receberia a mais alta avaliação do jornal The New York Times, transformando Marcus num chef muito respeitado. Anos depois, Samuelsson levaria o Beard Awards, considerado o Oscar da gastronomia. Leia um trecho +
Saiba maisDepois de escrever sobre o universo das eleições – na selva –, em O leão de tanto urrar desanimou, com uma linguagem especial para os pequenos leitores, o carioca Paulo Valente apresenta mais uma obra lúdica e educativa, desta vez ambientada no pantanal mato-grossense. Pedro e a onça tem como personagens principais Pedro, um menino esperto e corajoso, de 10 anos; seu avô; um passarinho assanhado e metido a falar “portunhol”; um pato manco e, claro, uma onça-pintada, que é o maior felino das Américas e lenda viva do imaginário nacional. Um tanto arredio às sabias recomendações de seu avô Francisco, Pedro abriu o portão de casa e foi sozinho caminhar, em um dia ensolarado, pela exuberante natureza do Cerrado. “Afinal, nunca se sabe quando vamos encontrar um tesouro escondido pelos antigos bandeirantes da região, nem quando vamos viver uma grande aventura.” Pinçando detalhes sobre espécies nativas e aspectos da população local, o autor expõe dados históricos e elementos bucólicos regionais que proporcionam uma fuga à paisagem acelerada das grandes cidades. Além disso, a história traz valores como a amizade e o respeito aos animais, chamando a atenção para a espécie de onça-pintada ameaçada de extinção. A aventura de Pedro e seus amigos bichos ganha ainda mais vida com as técnicas variadas usadas pelo ilustrador Kammal João, como estêncil, grafite, guache, colagem e pintura digital, entre outras quem são reveladas ao final do livro. Esta divertida história foi livremente inspirada na composição Pedro e o lobo, de Sergei Prokofiev, e é um verdadeiro presente de cores e imaginação para a garotada!
Saiba maisUm meteorito atinge o jovem Alex Woods, deixando cicatrizes e marcando o garoto para um futuro extraordinário. Mas antes de chegar lá ele tem que enfrentar uma infância conturbada. O universo contra Alex Woods é o primeiro livro do britânico Gavin Extence, uma nova e brilhante voz destinada a encantar o mundo. Com apenas 10 anos, Alex é atingido por um meteorito dentro do banheiro de sua própria casa. Depois de passar um período em coma no hospital, desperta e descobre que sua vida nunca mais será a mesma. Ele logo fica sabendo que a pedrada cósmica que tomou, além de notoriedade, também deixou sequelas, como um grave caso de epilepsia. E durante uma grande parte de sua infância é forçado a passar seus dias em casa, confinado em um pequeno quarto no qual mal cabe uma cama. Até que, finalmente, consegue convencer a sua superprotetora e desequilibrada mãe, cartomante, a voltar à escola, onde Alex tem que enfrentar os colegas do colégio e a curiosidade de uma estranha menina. Depois de um tumultuado encontro com os valentões, Alex conhece o rabugento viúvo sr. Peterson, e ganha um novo e incomum amigo. Alguém capaz de ensiná-lo que na vida você tem apenas uma chance, e tem que aproveitá-la ao máximo. E que não há uma maneira simples de mudar o destino, o melhor que se pode fazer é nadar com a corrente e fazer cada segundo da vida valer a pena. Logo Alex e o Sr. Peterson estabelecem uma incomum relação que leva o garoto a um amadurecimento e uma grande aventura. A estranha dupla estabelece uma rotina: Alex realiza pequenos trabalhos para o Sr. Peterson e, em troca, ganha aulas de direção, e descobre os livros do norte-americano Kurt Vonnegut. Os planos do garoto são abalados quando descobre a grave doença em seu amigo. A proximidade da morte muda as perspectivas de Alex, e a amizade e crenças do garoto são postas a prova. Enquanto luta para realizar o desejo do Sr. Peterson de morrer com dignidade, Alex briga com sua própria consciência para ter certeza de que fez a escolha certa. O universo contra Alex Woods é um encontro de curiosos incidentes, astronomia e astrologia, e as inesperadas conexões que formam o mundo, além de uma bela homenagem à obra do consagrado escritor Kurt Vonnegut. Gavin Extence demonstra sensibilidade e humor incomuns para tratar de assuntos complexos como epilepsia e eutanásia. E com habilidade e muito leveza, deixa uma pergunta na cabeça de cada novo fã: até onde iremos por uma verdadeira amizade?
Saiba maisR$ 39,90 novo
Qual seria o segredo do progresso no dia a dia nas empresas? Especialistas na análise do comportamento e do cotidiano nas grandes organizações empresariais, a autora norte-americana Teresa Amabile e o marido Steven Kramer tecem um painel rico e estimulante sobre o assunto no novo livro O princípio do progresso. Através de uma ampla e consistente pesquisa, realizada em diversas companhias durante mais de 30 anos, o livro tem como foco um estudo recente que examinou sete empresas, rastreando os eventos do dia a dia que impeliam e motivavam a chamada “vida interior” de seus funcionários. Para os autores, o segredo para o sucesso de uma empresa está justamente em criar condições para a existência de uma vida interior maravilhosa no trabalho. Esta experiência acontece quando se começa a dar às pessoas algo de significativo para realizar. Não se trata somente de criar benefícios e estímulos. É preciso ir além e mostrar para os funcionários respeito pelas suas ideias e pela criatividade deles. O segredo de um desempenho assombroso é dar condições e poder a pessoas talentosas para que obtenham sucesso em realizar um trabalho significativo. Segundo os autores, é frequente que a cultura organizacional das empresas coloque administradores e subordinados em oposição. Mas esta atitude é perigosa. Tal estado de espírito compromete a vida interior de ambas as categorias. O estado de vida interior no trabalho determina o estado da vida da empresa. As pessoas são mais criativas e produtivas quando estão profundamente engajadas no trabalho, quando se sentem felizes e quando admiram seus próprios projetos. Desta maneira, satisfeitas, elas se tornam mais dedicadas e colaboram mais com os colegas. Um dado que deve ser notado é que a chamada vida interior de um indivíduo passa despercebida na estrutura de uma empresa, de sua cultura organizacional. Embora seja central para a experiência pessoal, é geralmente imperceptível para os demais. Um dos motivos é que a própria empresa incentiva as pessoas a tentarem escondê-la. Na verdade, a maioria das organizações tem regras não escritas que desestimulam a manifestação de opiniões e emoções fortes. Todos estes fatores contribuem para que ao final os gestores pouco saibam sobre seus subordinados e, de acordo com os autores, este pode ser o diferencial para o sucesso ou fracasso de um empreendimento. O princípio do progresso é uma obra que vai estimular gestores e subordinados a se sintonizarem mais com seus propósitos dentro das organizações. O livro irá interessar não só administradores e líderes em potencial, mas também pessoas focadas em conhecer um pouco mais sobre as motivações humanas no ambiente de trabalho e os desafios criativos que implicam trabalhar em equipe.
Saiba maisNa noite de seu aniversário de 7 anos, Pedro, protagonista de Reviravolta, novo livro de Gustavo Bernardo, ganha um irmão de mesmo nome. Passa a se chamar Pedro Velho – seu irmão, Pedro Novo. O aniversário dos irmãos é também data da morte da mãe dos meninos e de uma irmã, natimorta. Pedro Novo e Pedro Velho, num jogo de espelhos, passam a viver, a partir de então, num tempo próprio, que se expande e dilata, encolhe e se estreita de acordo com as leis de uma física que é científica.Na casa dos Pedros, perde-se a chave do cadeado da porta, os vizinhos desaparecem e ninguém sente a necessidade de sair para a rua. É sempre noite. A festa junina da noite de 17 de junho de 1962 se repete, sem cessar, com o passar dos anos. E, entretanto, o tempo passa. A narrativa vai e volta e se reencontra como num desenho elíptico de Escher.“Ao invés de desdobrar os eventos, a reviravolta os redobra de fora para dentro e forma um sistema de hierarquias entrelaçadas. Nas reviravoltas aninhadas uma sombra se dobra sobre a coisa que provoca, um laço enlaça a si mesmo por dentro”, diz o autor nas páginas deste romance sensorial.Com a morte da mãe e da irmã e o nascimento do irmão, Pedro Velho vive a sua primeira reviravolta. A segunda acontece com a descoberta do amor e do sexo, aos 16 anos. Em sua essência, Pedro Velho é o mesmo, mas muda. Ele envelhece, mas continua criança. O tempo passa, mas fica estático. Na mesa da sala de casa, o pai dos Pedros procura insistentemente no rádio o resultado de um jogo da noite de junho de 1962, mas o resultado não chega porque a noite nunca acaba. Com uma lógica própria que dispensa explicações, personagens entram e saem da vida da família, provisões aparecem – quentões, canjicas e outras delícias sem fim – sem que, no entanto, a noite termine.O narrador desta epopéia elíptica nos conta a história de um futuro muito distante, depois do tempo em que novos paradigmas foram criados e seres humanos usavam computadores – ou inteligência não-biológica – implantados no cérebro. É o tempo, paralelo ao tempo, dentro do tempo. Um mergulho nesta obra faz o tempo parar.
Saiba maisPublicado originalmente em 1982, quando recebeu o selo Altamente Recomendável da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), Pedro Pedra marca a estreia do escritor, professor de literatura da Uerj, ensaísta e crítico literário Gustavo Bernardo na ficção juvenil. O romance, que ganha agora uma nova edição pela Rocco, revista e atualizada, apresenta o mosaico de sensações e questionamentos de um adolescente na difícil transição para a fase adulta com uma linguagem ao mesmo tempo simples, direta, mas cheia de lirismo e de jogos poéticos. Nesta narrativa costurada entre o relato de um narrador indiscreto e a voz do próprio protagonista, Pedro – que na maioria das vezes “fala” apenas por meio de seus pensamentos e sonhos –, descortinam-se as angústias, os desejos, as perguntas muitas vezes sem respostas, o medo e a solidão de um garoto tímido, aparentemente fraco, mas consciente da sua timidez e forte o bastante para superá-la. Um garoto como tantos por aí, que tem “no olho esquerdo, uma lágrima teimosa que não escorre. No olho direito, o brilho confiante da certeza. Um dos dois olhos está mentindo. Ou os dois mentem? Não sei”. Seguindo Pedro em diferentes lugares e momentos, o narrador conduz o leitor na aventura de conhecer esse adolescente em busca de si mesmo e do mundo que o cerca. “Pedro é a pedra. Pedro é o modelo”, diz o padre na missa, no capítulo que abre o livro. Mas o que há por baixo da pedra? O que encontra lá no fundo quem levanta a pedra de Pedro? Com suas reflexões, que passeiam pela filosofia com leveza, e seu tom por vezes irônico, Gustavo Bernardo constrói um romance que mostra o quanto é duro viver e crescer, mas também a beleza de se descobrir jovem, vivo e cheio de esperança.
Saiba maisO formato é o de um livro, mas O-R-T-O-G-R-A-F-I-A – Dicas do professor Sérgio Nogueira parece mais a transcrição de uma aula daquelas que parecem contemplar tudo que você realmente precisa saber sobre língua portuguesa. Dividido em seis capítulos, o conteúdo é formado pelas questões gramaticais que mais nos causam incômodo no dia a dia. Estão ali o uso do hífen, o uso dos acentos gráficos e, como não poderia deixar de ser, a nova reforma ortográfica. O professor Sérgio Nogueira começa contrariando quem considera a língua portuguesa a mais complicada e difícil do mundo. Lembra logo as letras mudas do francês e a riqueza de fonemas do inglês. Aproveita para apresentar aos leitores aspectos da história da nossa língua, como os sistemas ortográficos existentes até a década de 1940. O que usamos hoje em dia foi instituído em 1943 e levemente alterado em 1971. Ortografia, como ele bem afirma, é assunto polêmico. Por isso, é preciso tratá-lo com cuidado. Regras existem muitas, mas nem tudo pode ser explicado tão facilmente. Como dizer o motivo de exceção ser com ç e excesso com ss, sendo tão parecidas? Por isso, na prática, como ressalta o professor Sérgio, o que nos leva a saber ortografia é o bom hábito de ler e de escrever. “É a nossa memória visual que nos impede de escrever errado.” Depois de tanto bater o olho em uma palavra, dificilmente a escreveremos errado – a menos, claro, que conheçamos uma forma equivocada. Em cada um dos capítulos, vão sendo ensinadas e relembradas regras gramaticais importantes e muito úteis para uma boa escrita. O professor começa com dicas sobre o uso das letras e oferece aos leitores uma lista de palavras apontando para sua grafia oficial, como no caso de asterisco e nunca asterístico ou de calvície e não calvice. Ele mostra também palavras que hoje já aceitam dupla grafia, como aterrissar e aterrizar, arteriosclerose e aterosclerose, berinjela e beringela, entre outras tantas. Segue dando aula sobre homônimas e parônimas (Alisar ou alizar? Esterno ou externo? Peão ou pião?). Um pouco depois entra em um assunto espinhoso: o uso do hífen, alterado recentemente na reforma ortográfica que entrou em vigor em janeiro de 2009. Regras existem, mas ele não tem dúvida: “falta coerência no uso do hífen”. De um modo geral, o professor define uma regra básica sobre a finalidade do sinal: indicar a formação de um novo vocábulo composto, como a flor copo-de-leite que nada tem a ver com um copo de leite. Depois de um mergulho nos casos do hífen, outro tema nada fácil: o uso dos acentos gráficos. O trema, para felicidade de muitos, saiu de circulação, mas o que sobrou ainda dá certo trabalho. Porém, o professor, antes de qualquer coisa, explica para que servem os acentos. “A verdade é que o sistema de acentos é muito mais útil a um estrangeiro que deseja falar corretamente do que ao falante nativo, para quem a sinalização parece supérflua.” Na sequência, destrincha todas as regras. Há espaço ainda para curiosidades ortográficas. Entre elas, o uso de por que, porque, por quê, porquê. Revistos os pontos mais importantes de nossa ortografia, como um bom professor, ele sugere aos alunos/leitores algumas tarefas de casa, para serem respondidas com muita atenção. Se não tiver dado para assimilar tudo, não se preocupe: abrir um bom dicionário não é vergonha alguma. Afinal, como escreve o professor, pesquisar não faz mal a ninguém.
Saiba maisDomingo, já escurecendo. Eu estava sentada num brinquedo do playground do prédio. Claro que não estava brincando. Play é para crianças.” Foi neste local – que, em princípio, seria cenário para um encontro amoroso às escondidas –, que Nena, de 13 anos, aguardava ansiosa por Corvo, seu primeiro namorado. A noite prometia algo romântico, mas, ao invés de beijos apaixonados no play, vestígios de sangue pelo chão anunciaram a ocorrência de um crime que iria movimentar a vida de todos os moradores do prédio, e adiar o clima de romance entre os dois. O corpo encontrado atrás do pula-pula do play, com a camisa suja de sangue, era de seu Bombinha, o sempre prestativo porteiro do prédio. Nena o encontrou e se sentiu envolvida com aquilo, a ponto de buscar o culpado por conta própria. Para isso, a detetive-mirim tem que desafiar a própria polícia, driblar os questionamentos dos pais e, no meio disso tudo, encontrar ainda tempo para cultivar o recente namoro. Alguns amigos entram em cena formando uma verdadeira equipe de investigação. Pati, Manu e Mari se revezavam com Nena e Corvo na missão de listar todos os suspeitos e observar seus comportamentos no dia a dia. Contam ainda com a ajuda de Pepe, que investigaria a vida dos moradores pelo computador. A ordem era primeiro descobrir o criminoso, depois poderiam voltar à vida normal. A primeira pista do crime não parecia pertencer a alguém perigoso, mas deu início a uma série de rastros e informações que se cruzavam, sobre um mistério cada vez mais instigante à medida que se revelava. Entre os principais suspeitos, surgiram personagens sugestivos como o Mata-Boy e o Jorge Militone. O amigo Luisão, que era ajudante do porteiro, revelou-se uma peça-chave nas investigações, abrindo a questão do porte de armas. Nesta aventura de mistério, a escritora e roteirista Ana Maria Moretzsohn – que foi responsável, junto com Ricardo Linhares, pela implantação do programa Malhação na TV Globo – presenteia os jovens leitores com uma narrativa de suspense, delineada por uma linguagem descontraída, cômica e sarcástica e um desfecho inimaginável. Leia um trecho +
Saiba maisCom uma linguagem extremamente coloquial e urbana, Janet Evanovich solta a sua personagem Stephanie Plum pelo submundo de Trenton no lançamento Quente ou fria. Uma das mais bem-sucedidas autoras norte-americanas da atualidade, Evanovich sabe unir suspense e humor num romance policial com ares de chic lit. Essa mistura bem temperada garante um lugar cativo aos livros da autora na lista de bestsellers do The New York Times e mais de 45 milhões de leitores em todo o mundo. Dessa vez, a jovem e atolada caçadora de recompensas Stephanie Plum parte em busca de um primo que se meteu em uma grande enrascada com mafiosos que querem lhe comer o fígado. Achá-lo significa garantir o funcionamento do escritório mambembe onde trabalha com a amiga e ex-prostituta Lula. Para trazer o primo de volta, a dupla se mete em uma alucinada aventura que compreende tomar de assalto apartamentos localizados no submundo, se meter em cenários prestes a explodir e serem surpreendidas com o perigo a cada esquina. Janet Evanovich não economiza ritmo, agilidade na descrição e um à vontade, que coloca o leitor no centro da narrativa, como um confidente, ou um amigo com quem ela toma uma cerveja. Um livro para se ler de um fôlego só.
Saiba mais“O biógrafo é um comerciante de detalhes", afirma Pierre Assouline na introdução de Rosebud. O título é uma referência ao filme Cidadão Kane, de Orson Welles, uma espécie de cinebiografia do magnata da imprensa William Randolph Hearst, que expira nas telas apegando-se a uma lembrança escondida em sua infância. São esses pequenos detalhes que definem uma vida que Assouline vasculha nestes fragmentos de biografias, descrevendo personalidades tão diversas quanto o escritor e poeta inglês Rudyard Kipling e o prefeito da cidade de Eure-et-Loir, Jean Moulin, símbolo da resistência à ocupação nazista na França. Para Assouline, é nos pequenos detalhes "que se desenrola o essencial do teatro de sombras" de seus biografados. "Há mais de trinta anos que eu busco esse rosebud (botão de rosa) em todas as pessoas", revela. O autor descreve a paixão de Kipling por automóveis e a dor do poeta ao ver seu filho desaparecer na Primeira Guerra Mundial, onde foi levado a combater por sua insistência e pelo peso do sobrenome; relata a ligação do fotógrafo Henri Cartier-Bresson com a pintura e o fascínio que um quadro de Goya exercia sobre ele; investiga a influência dos campos de trabalhos forçados, do tempo e da falta de raízes sobre a obra do poeta Paul Celán e o conteúdo dos bolsos do artista quando cometeu suicídio; revela os dois endereços em Paris onde as vidas e as obras do escritor Honoré de Balzac e do pintor Pablo Picasso se cruzam; e a obsessão do pintor Pierre Bonnard em espreitar seus próprios quadros, já expostos em museus, para retocá-los às escondidas – o artista considerava todos os seus trabalhos inacabados. Ao longo do livro, Assouline também espalha detalhes de biografias de outros personagens, entre os quais o testamento de Orson Welles; o fascínio que Cidadão Kane exerce também sobre o escritor Carlos Fuentes e sobre o cineasta Steven Spielberg, que comprou o que acredita ser o “Rosebud” do filme; o abandono do escritor inglês John Le Carré pela mãe; a necessidade da escritora Marguerite Duras de arrumar a cama todas as manhãs, ou não conseguia trabalhar; e os últimos dias do dramaturgo Samuel Beckett, em Paris, quando só deixava seu quarto em um asilo para limpar a cozinha de um velho casal de músicos, amigos seus. O casamento entre o príncipe Charles e a princesa Diana é descrito em um capítulo especialmente irônico, com o foco do autor voltado para os sapatos dos convidados reais – o ex-ministro David Owen, por exemplo, fere as regras da elegância britânica e os próprios pés ao estrear calçados novos, quando a etiqueta manda que os cavalheiros atribuam a um criado a tarefa de amaciá-los. Ainda durante a cerimônia, Assouline aponta pequenos sinais de decadência da aristocracia e os maus presságios, mais tarde confirmados, que marcaram a união.
Saiba maisEspalhadas pela redação do diário carioca O Globo, diversas TVs ficam ligadas o dia inteiro e às vezes concentrando uma pequena plateia diante delas. Sem surpresa para ninguém, por ali as transmissões de jogos de futebol têm um dos ibopes mais altos. No entanto, o cronista Artur Xexéo, quatro Copas do Mundo no currículo, dificilmente vai ser encontrado nessas rodinhas de espectadores. Vai estar dois ou três televisores mais ao fundo da redação, totalmente vidrado numa trama de Gilberto Braga, nas táticas de guerra dos participantes do Big Brother Brasil ou, como não?, nos conflitos de Sally Field e sua grande família na série Brothers & Sisters. É o olhar desse tricolor que, ainda de calças curtas, nos anos 1950, elegeu seu último grande ídolo no futebol há 50 anos, o goleiro Castilho, que o leitor vai encontrar em O torcedor acidental, livro que reúne, em 21 crônicas inéditas, memórias das andanças do cronista carioca durante suas quatro coberturas de Copa do Mundo (Estados Unidos, 1994; França, 1998; Coreia/Japão, 2002; e Alemanha, 2006). Como o próprio Xexéo ressalta (e o colunista esportivo Fernando Calazans testemunha no prefácio do livro), futebol é apenas o pano de fundo para suas coberturas do Campeonato Mundial de Futebol. Para usar uma palavra da moda, o cronista vai buscar a matéria-prima para seus textos na periferia dos palcos principais, longe dos fortes holofotes dos estádios. Nas quatro Copas, Artur Xexéo bateu muita perna, caçando assuntos “estranhos” para abastecer suas crônicas para o Jornal do Brasil (1994 e 1998) e O Globo (2002 e 2006). Nunca voltou sem uma história, mesmo quando confinado, na Alemanha, num lugar onde nos 180 graus à sua frente só se viam morangos e, nos outros 180, aspargos. Tudo com aquela mistura de humor ferino e nostalgia que marca os textos do escritor. Também em O torcedor acidental, o leitor vai encontrar causos hilariantes como o da camareira marroquina cuja libido foi posta em ebulição por Luis Fernando Verissimo, uma visita a um castelo alugado por Gilberto Gil, o labirinto em que pode se transformar as ruas de uma cidade no Japão ou a vez em que Frank Sinatra pediu aflito a Xexéo que lhe apontasse o banheiro do estádio. Outro trunfo deste segundo projeto editorial solo de Artur Xexéo – o primeiro foi uma biografia de Janete Clair – é revelar ao leitor um pouco do seu dia a dia e de seus colegas de equipe (na Alemanha, por exemplo, a delegação de O Globo contava 23 pessoas, entre repórteres, editores, colunistas e cronistas): “Seguir o circo da seleção brasileira na Copa do Mundo é levar vida de tartaruga. Você bota a casa nas costas e vai em frente.” Lançamento mais do que oportuno, O torcedor acidental – título que alude ao bestseller de Anne Tyler O turista acidental, sobre um escritor de guias de viagens – reafirma todas as qualidades que fizeram de Artur Xexéo um dos cronistas mais admirados da imprensa brasileira.
Saiba maisUma banda de rock, um amor proibido, uma disputa entre os principais colégios da cidade... Repleto de ação e com muito humor, Proibida pra mim é um romance que tem o ritmo contagiante da adolescência. Quinto livro do escritor e roteirista Gustavo Reiz pela Rocco Jovens Leitores, o lançamento traz a escrita descontraída do autor e comprova sua sensibilidade para reproduzir o universo jovem nas páginas com muito bom humor. Tudo começa quando Pedro é obrigado a acompanhar os pais num evento social, justamente no dia em que seus amigos fariam um show de rock na boate em que frequentavam. No auge dos seus 17 anos de idade, acostumado a usar calças jeans rasgadas, camisas amarrotadas e seu velho All Star, o garoto teve que adotar o figurino engomadinho e aturar os adultos que se dirigiam a ele como se fossem jovens, com seus cumprimentos “modernos”, gírias idosas e um aperta-aperta de bochechas que transformava aquele evento numa verdadeira tortura. Enquanto isso, seus amigos postavam fotos do evento na boate, o que só aumentava a aflição do rapaz, que era o compositor das músicas da banda. Mas quando menos se espera é que coisas incríveis podem acontecer: Pedro avistou uma loirinha, na janela, talvez na mesma ânsia de liberdade que ele. Logo saberia que a linda garota se chamava Lia, mas não fazia ideia que estava diante da protagonista de sua mais nova história de amor, com direito a vilões e grandes reviravoltas. A velocidade na troca de informações, as redes sociais, as festas como palcos de muitas confusões, as consequências de se viver num tempo onde tudo se espalha de maneira viral, está tudo aqui. Somado, ainda, a temas que não se esgotam nunca, como a paixão pela música, as aventuras amorosas, as conquistas, a relação entre pais e filhos, os imprevistos... Uma história vibrante, para torcer pelos personagens, se divertir e se emocionar.
Saiba maisCom a exposição e análise das mais expressivas manifestações culturais brasileiras, formadoras da nossa identidade como nação, Roberto DaMatta, um dos mais importantes antropólogos do país, procura responder, com simplicidade e na melhor tradição da Antropologia Social, a pergunta título de seu livro O que faz o brasil, Brasil?, ilustrado por Jimmy Scott. Sem a pretensão de trazer uma explicação exaustiva ou uma versão definitiva sobre o que é o Brasil, esse livro proporciona ao leitor a surpresa de um verdadeiro encontro. O que faz o brasil, Brasil? é justamente aquilo que faz com que nos reconheçamos como brasileiros nos mínimos e mais variados gestos. Ao examinar nossos grandes acontecimentos como o Carnaval, o Dia da Pátria, as procissões religiosas, nossos hábitos alimentares, o futebol, a política e as artimanhas de seus representantes, a economia, o jeitinho com que driblamos as dificuldades – todos elementos formadores da nossa brasilidade – , Roberto DaMatta tenta explicar como os vários brasis se ligam entre si, fazendo ver que é através da cultura, por mais variada e extensa que seja, que uma sociedade se expressa e pensa sobre si mesma.
Saiba maisIlustradora, designer e mestre em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Nathalia Sá Cavalcante conta uma história sobre liberdade, descobertas, transformações, alumbramento e amor no singelo livro de imagensPassarinhando, publicação do selo Rocco Pequenos Leitores.A cada ilustração, a professora do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio mostra a grande e árdua aventura de ser só e de sair em busca do mundo, de uma nova realidade, vida, experiências e cores renovadas – detalhes que apenas o voo da imaginação nos permite ver. Basta “passarinhar” e se aventurar pelos traços delicados e multicoloridos de Nathalia.Passarinhando tem orelha assinada pela doutora em letras e linguística Eliana Yunes – nome de referência sobre formação de leitor, infância e cultura, que presidiu a Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil (FNLIJ), criou o Proler para a Fundação Biblioteca Nacional e coordena hoje a Cátedra Unesco de Leitura - PUC-Rio.
Saiba maisR$ 44,90 novo
Um texto antenado com a pós-modernidade – das artes, das linguagens, das relações interpessoais, das novas faces e lugares da sociedade. Os livros da série Reversões, assinados por Paula Mastroberti, trazem uma nova perspectiva de clássicos da literatura universal, revestidos por questões atuais como crises de self e de grupo na atualidade, para atrair e instigar os jovens leitores. Um pouco de tudo isso está no terceiro título da coleção, Retorno de Ulisses, que chega agora às livrarias brasileiras. Neste volume, Mastroberti reinventa e atualiza a Odisséia, de Homero, poema originalmente em grego, escrito em 24 cantos, tendo como temática principal a questão do "regresso" – a volta de Ulisses da Guerra de Tróia à sua terra natal, Ítaca. Só que, em Retorno de Ulisses, esse regresso é revisto, sob nova ótica, na procura de uma família desmembrada por uma "odisséia" contemporânea: a fragmentação da célula familiar.Nesta versão, quem faz as vezes de Telêmaco em busca do pai, Ulisses, é Estéfano, inspirado em Stephen, personagem do Ulysses de James Joyce. A mãe, Penélope, por sua vez, acumula as representações de todas as figuras femininas presentes na Odisséia homérica. Como artista plástica, Penélope projeta estas imagens como obras de arte na mostra que irá inaugurar num museu.Em Retorno de Ulysses, a busca pelo pai sintetiza o resgate da família enquanto instituição, base de sustentação do sujeito, um porto de estabilidade, segurança e afeto. É como se mãe e filho, Penélope e Estéfano, vivessem, através da lembrança do marido e pai, o mesmo que Ulisses viveu enquanto ausente, numa tentativa de preencher a lacuna deixada em suas vidas.O álbum de imagens que entremeia todo o livro é composto por remendos, pedaços de uma memória que se pretende ora destruir por completo, ora regenerar cada parte. Ulisses, por sua ausência, encarna o papel de espírito da mágoa. As fotos dele aparecem rasgadas, riscadas, recortadas, manchadas de tinta. São registros de Penélope, que faz questão de lamentar e protestar a fuga do protagonista de sua odisséia pessoal e, por conseguinte, do coadjuvante que marcaria a trajetória da odisséia de seu filho. A caminhada de Estéfano conduz o leitor a um mergulho no sujeito e na sociedade pós-modernos. Um tapa na cara a despertar a noção de diferença entre tradição e ruptura. Uma narrativa original conduzida com maestria por Mastroberti. Pelo livro anterior da série Reversões, Heroísmo de Quixote, a autora foi a segunda colocada no Prêmio Jabuti, de 2006, na categoria juvenil. Agora, Retorno de Ulisses é o prêmio da escritora para o leitor contemporâneo.
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Ficção e realidade se confundem e se entrelaçam em Paulo e Virgínia, novo livro de Joel Rufino dos Santos. A trajetória amorosa e trágica do casal, um professor de literatura e uma psicóloga, é tecida como pano de fundo para uma crítica ao ensino de literatura nas Faculdades de Letras e para uma análise explicativa à maré esotérica, principalmente literária, representada pela obra de Paulo Coelho.O autor toma posse da vida de seus amigos, mortos num acidente de trânsito nas primeiras horas do dia 1º de janeiro de 1997, ao receber de um bombeiro que participara do socorro às vítimas dois livros "com discretas manchas de sangue": As conseqüências da modernidade, de Anthony Giddens, e O alquimista, de Paulo Coelho. A partir desses emblemas, transforma o caso Paulo e Virgínia em objeto de estudo acadêmico, através de pesquisa interpretativa, permitindo que Paulo fale explicitamente aquilo que não dissera. Mas ao conduzir a narrativa tem em mente um adágio romano: "Nunca deixe que a verdade interfira numa boa história".Com o subtítulo O literário e o esotérico no Brasil atual, o livro de Joel Rufino dos Santos dá voz às críticas e propostas de mudança formuladas por Paulo Sarmento Guerra, doutor em Letras pela Universidade de Lumière, de Lyon, para acabar com o "baixo estruturalismo dos departamentos de letras". Segundo Paulo, o ensino universitário deveria ser uma fonte de produção de conhecimento através da legítima troca de saber entre os professores, que lamentavelmente renunciaram à condição de intelectuais, e alunos, desde sempre castrados da hostilidade, da agressividade e do desejo. Sua idéia básica consistia em organizar um curso espontâneo de literatura brasileira, deixando que os alunos escolhessem o que estudar, pois a liberdade, na sua concepção, significava pensamento próprio. Mas a ambição maior era formar leitores críticos, pois, a exemplo de Kafka, entendia que "ler é fazer perguntas".Pela pena de Joel Rufino, o paraibano de Catolé do Rocha, "uma boa fonte de consciência, uma vida que não sabe enganar", aprofunda-se no esoterismo. Busca assim entender o "gosto estragado" dos alunos e, principalmente, da mulher, a paulistana Virgínia Mattos Guerra, pelos escritos de Paulo Coelho. Mas no fundo, sua meta era compreender a bela mulher amada de olhos verdes, "sempre agitada mas constante", psicóloga tout court pela Universidade Lionesa, que vivera à época do desbunde dos anos 60 numa comunidade hippie. Neste sentido, o personagem estabelece relações entre ocultismo, esoterismo, modernidade, contracultura e chega às engrenagens que movimentam a literatura de massa, cuja base institucional são as editoras, livrarias e meios de comunicação. Também constrói um curioso paralelo entre anjos e mouses, que presentificam um mundo invisível de onde foram banidos, preventivamente, a contradição, o dissabor, a morte.Paulo e Virgínia, de Joel Rufino, está calcado no romance trágico de igual nome de Bernardin Saint-Pierre (1737/1814), uma elegia satírica contra a deturpação dos instintos puros pela civilização. E ontem como hoje, um homem apaixonado procura entender a mulher amada que se deixou levar pelas circunstâncias do mundo atual, incapaz de responder as dúvidas existenciais e que se agarra à religiosidade sem fronteiras dos esotéricos.
Saiba maisO garoto te deixou plantada na porta do colégio? O remédio para sarar a mágoa é bater perna no shopping, e de preferência com a melhor amiga. Mas, se ele ainda não sabe que é O Alvo, aqui vão algumas regras valiosas: investigue, pergunte, descubra. Informação vale ouro. Nunca desvie de um objetivo. Mantenha o foco. Saiba reconhecer o valor de uma adversária. Evite o grude, por mais gracinha que ele seja. Seja positiva: mentalize vocês dois juntos num cenário romântico. Já se situou? Então vá direto ao ponto: Plano B: missão namoro é uma comédia romântica para meninas escrita por uma jornalista que entende do riscado - Angélica Lopes aplica em seu livro de estréia sua experiência entrevistando e falando de jovens e adolescentes no Canal Futura. E faz um verdadeiro mapa da mina para a conquista."Juro que jamais serei tão burra, juro que jamais serei tão burra...". E Camila, a protagonista, vai repetindo e escrevendo enquanto pensa naquele garoto superfofo que ela quer de qualquer maneira. Bruno, um gato, lindo, bem vestido, perfumado e ainda por cima cheio de cachinhos.A paixão bateu. E o que Camila faz para que ele note que ela existe? Convoca sua melhor amiga, Tati (uma especialista que deu ao mundo o maior de todos os guias, as "Leis da Conquista", que estão no fim do livro), e monta uma verdadeira central de investigações. O negócio, antes de tudo (já dizem as Leis), é cruzar dados, interrogar possíveis fontes e seguir qualquer pista que possa ser usada para agarrar o desavisado.Mas jamais – jamais – subestime a adversária, já dizem as regras de Tati. E ela existe: é Lúcia Menezes, por quem Bruno se interessou. E aí Camila tem que montar um Plano B. Se ele funciona ou não... vale lembrar o que a autora diz em seu livro: "Um novo Alvo costuma provocar amnésia em relação aos Alvos do passado."Além de abrir a coleção Melhores Amigas, que descreve as peripécias de Camila e sua turma, Plano B: missão namoro integra a coleção Rosa-Choque, livros feitos para meninas que falam um pouquinho de tudo em deliciosas comédias: amor, moda, comportamento, colégio, tristezas, amizade e muito mais.
Saiba maisEm O pessimismo e suas vontades José Thomaz Brum produziu uma obra que relaciona a proximidade e o antagonismo entre as teorias filosóficas dos alemães Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche sobre a existência humana e suas mazelas. O livro faz uma análise comparativa de um tema comum aos dois filósofos: dor e sofrimento como sentimentos inerentes e inevitáveis à vida humana. Embora semelhantes em algumas situações, os dois pensadores diferem em várias nuances nas formas e resultados que essas mazelas são capazes de causar na existência. Na obra de Schopenhauer (1788-1860), por exemplo, é inegável o espírito negativista e metafísico da vida – daí ser considerado o filósofo do pessimismo, já que para ele a existência do homem só se fazia plena no momento de negação da vida. Por sua vez, Nietzsche (1844-1900) – "o primeiro filósofo trágico" –, transforma o produto de seu conterrâneo para descrever a existência como uma tragédia, criando o conceito de dionisíaco que assimila o sofrer não como um fardo, mas como condição primordial do homem. Para ele, dor e prazer formam a vida, que deve ser vivida tal qual fora criada, e não ignorada.O pessimismo e suas vontades é resultado da tese de doutorado em Filosofia defendida por José Thomaz Brum na Universidade de Nice-Sophia Antipolis, na França, em 1996, que teve como orientador o também filósofo Clément Rosset. José Thomaz Brum produz um belo trabalho, isento, ao mesmo tempo acessível a qualquer pessoa, seja catedrático ou leigo. Basta ser homem e pretender entender um pouco mais sobre o eterno mistério vulgarmente chamado vida.
Saiba maisRoberto DaMatta é conhecido pelos ensaios antropológicos que escreve para adultos. Mas já existe também a edição revisada do clássico do autor – O Que Faz o Brasil, Brasil? – sob medida para o público infanto-juvenil. Em O que é o Brasil?, o antropólogo leva a garotada a pensar a identidade brasileira a partir dos aspectos mais populares e conhecidos da sociedade: a casa, a rua, as relações raciais, a comida, as mulheres, o carnaval, a malandragem e a religião.A partir de exemplos do cotidiano – como o carnaval, o Dia da Pátria, as procissões religiosas ou o famoso jeitinho do brasileiro para driblar os problemas – o livro de DaMatta estimula o debate sobre cidadania entre a garotada e mostra os vários "brasis" que se ligam entre si. O autor mostra ainda que a identidade de um povo se revela através das pequenas coisas e que, mesmo assim, pode render grandes discussões.
Saiba maisEm seu sétimo livro, o romance Olhos secos, o escritor e jornalista Bernardo Ajzenberg conta a história de um homem dividido entre o passado e o presente; entre o desejo de partir e voltar para casa; entre as tradições da família judia e suas próprias escolhas; entre a admiração e o ódio ao próprio pai; entre a passividade de seu temperamento e a necessidade de reagir às ameaças que passa a sofrer de um cliente do cartório em que trabalha.O protagonista é Leon Zaguer, um jovem de 18 anos que, após conhecer os kibutzim de Israel, se lança a uma expedição cultural pela Europa, passeando pela efervescência política que marcou os anos 1970 em Atenas, Belgrado e Paris. Mas Leon Zaguer é também um escrevente que, na São Paulo de 1998, chega aos 40 anos em meio a um casamento falido, uma filha distante e nenhum plano realizado.O livro é ao mesmo tempo uma história de formação, em que o narrador conta em um diário a longa viagem que fez na juventude, dividido entre a tentação de ficar ou regressar ao Brasil, então sob o regime militar, e a angústia de um homem que vê sua vida chegar a uma encruzilhada: ele enfrenta a rejeição do pai moribundo; seu casamento está próximo do fim; falta-lhe o ímpeto para dar um passo adiante na carreira; a relação com a filha é distante e sua intransigência o torna alvo de um criminoso. Para compor este duplo, Ajzenberg alterna entre o relato ingênuo e esperançoso do jovem Leon, e a narrativa onisciente, cortante e incisiva do escrevente, já na idade madura.Olhos secos é também um painel dos dilemas e afinidades da geração que cresceu sob o regime militar brasileiro, buscando na democracia europeia e no socialismo alternativas à ditadura então vigente no Brasil. A liberdade de manifestação política em democracias como a Itália fascina o romântico Leon e o faz hesitar entre cumprir a promessa de retornar ou tentar a vida num ambiente aparentemente mais promissor.Além das incertezas, o personagem, na idade madura, é marcado por sua incapacidade de superar a barreira que o separa do mundo e o impede, entre outras coisas, de chorar, ou de ter esperança. É somente a partir da necessidade de reagir às ameaças que Leon, a princípio relutante, toma uma decisão que poderá alterar profundamente sua vida.
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Quarto livro da coleção Rita e Treco, da dupla francesa Jean-Philippe Arrou-Vignod eOlivier Tallec, Rita e Treco na praia acompanha as aventuras da pequena Rita e de seu cachorro imaginário num belo dia de sol à beira-mar. Na nova aventura da dupla, Rita quer brincar com a sua pipa, construir castelos de areia e correr atrás de Treco. Mas ele está mais interessado em caçar caranguejos, comer besteiras e descansar ao sol. Com irreverência e muita imaginação, o dia de Rita e Treco pode até não sair como o planejado, mas com certeza será muito divertido! A coleção Rita e Treco teve início quando os autores decidiram contar a história da pequena Rita – que ganha muitos e variados presentes em seu aniversário, mas nenhum interessante o suficiente para agradá-la, exceto um curioso pacote“fujão”. O misterioso pacote, mais tarde, se converte em seu cachorro imaginário e, por preguiça de encontrar o nome ideal, ela passa, então, a chamá-lo de Treco. Assim, com boas gargalhadas e uma pitadinha de irreverência,tem início uma longa amizade e garantia de muitas risadas para os pequenos.
Saiba maisAutor do elogiado Sinuca de bico, Josh Bazell impressiona pela riqueza de detalhes e dados científicos em Por sua conta e risco, mescla de thriller e ficção científica que conta a história de um médico perseguido pela máfia que vive se escondendo em lugares inóspitos ao redor do mundo. Convidado por um bilionário excêntrico para participar de uma expedição em busca de um monstro num dos lagos de Minnesota, Lionel Azimuth se embrenha num cenário de horror e mistério que vai mexer com suas convicções, numa narrativa que mistura o cientificismo de um Jurassic Park e o terror peculiar de Tubarão. Azimuth é o pseudônimo do Dr. Pietro Brnwa, protagonista do romance de estreia de Bazell, que retorna em novo, violento e hilariante thriller. Dessa vez, ele se vê numa encruzilhada quando é escalado por um excêntrico bilionário (Bill Rec, como Azimuth o chama, por achá-lo um bilionário recluso) para participar de uma expedição em busca de um monstro assassino. Por um lado, ele vislumbra a oportunidade de conseguir se livrar de seus perseguidores. Mas não lhe agrada a ideia de satisfazer os caprichos de um velho rico e demente, além de passar por cima de seu próprio orgulho e descrença. Com muito custo, e graças à companhia da charmosa paleontóloga Violet Hurst, e à pequena fortuna que Bill Rec lhe paga, ele aceita o desafio. Daí em diante, os personagens se embrenham num cenário de horror e mistério, envolvendo traficantes de drogas locais, matadores de aluguel, tramas políticas e até uma ponta da ex-governadora do Alasca e candidata republicana à vice-presidência dos EUA em 2008, Sarah Palin. Uma mescla de thriller e ficção científica, a história contada por Josh Bazell passa ao largo de clichês e impressiona pela riqueza de detalhes e dados científicos. Com inúmeras notas de rodapé, por vezes recheadas de humor, Bazell compila uma pequena enciclopédia de curiosidades, o que evidencia um complexo trabalho de pesquisa bibliográfica. A narrativa é composta para o leitor acompanhar cada passo da investigação sobre a criatura. E ainda há espaço para falar, sem papas na língua, de um ângulo revelador e pouco exposto do debate sobre a destruição dos recursos naturais do planeta e do impasse político em torno dos tratados internacionais de preservação ambiental, como observará o leitor no apêndice “Candidatos a ponto sem volta na mudança climática e o que fazer agora”, assinado pela personagem Violet Hurst.
Saiba mais“É absurdo, vão achar que enlouqueci, mas ela está falando comigo. (...) É como se o diário fosse de fato dirigido a mim. Será que ela sabia que, tantos anos depois, o seu tesouro chegaria até minhas mãos?” Ao receber um antigo caderno de couro com o nome “Ana Rendel” grafado, a rotina do estudante de medicina Tadeu Max muda completamente. O diário é uma das muitas relíquias guardadas no Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, fundada no século XVI, e pertence a uma garota que há 71 anos foi internada no hospital que ele visitava. Narrado em três linhas narrativas – a do investigador, de Ana e de Tadeu – Por um triz adiciona elementos de fantasia numa aventura que atravessa décadas, contada em forma de diário.Desde o primeiro contato com os manuscritos, Tadeu percebe uma estranha conexão com a menina e isso se revela cada vez mais à medida que as páginas amareladas do caderno desvendavam episódios misteriosos. Ana havia caído de um muro de quase dois metros de altura e, desde o acidente, não enxergava muito bem. Nas anotações, a menina descrevia detalhadamente as inusitadas visitas de dois minúsculos seres encantados que lhe faziam revelações sobre os olhares humanos, enquanto ela se recuperava de uma queda.Assim como o acidente, certas situações acontecem por um triz e mudam o rumo da nossa vida. Ana reaprendeu a enxergar. Este curioso caso mudou a vida de Tadeu, que decide investigar a teoria da menina e embarcar no enigma, deixando suas descobertas também em um caderno. Quem são estes seres encantados? E que revelações eles trazem? Para responder a essas perguntas, é preciso abrir este diário.Tomando como cenário este lugar onde objetos de diferentes épocas parecem atrair o visitante com uma história para contar, a prestigiada Sílvia Zatz, em parceria com Michel Gorski, assina uma deliciosa aventura que inaugura a série de mesmo nome, Por um triz, marcando a estreia dela na Rocco Jovens Leitores e a dele na ficção.
Saiba maisImagine uma sociedade secreta cujos membros viajam pelo mundo, e pelos séculos, para impedir que forças do mal baguncem a História. Agora imagine que seus pais fazem parte dessa sociedade. Esta é uma surpresa e tanto para Jake Djones, um adolescente como outro qualquer que descobre que seus pais podem estar, neste exato momento, em qualquer lugar do mundo e em qualquer período da História. Jake jamais desconfiara do segredo de seus pais, até o dia em que dois homens estranhos o sequestraram, na saída da escola, sob uma terrível tempestade. Embora a situação toda fosse bastante assustadora, o garoto só sentiu medo de verdade quando ouviu de seus sequestradores que deveria acompanhá-los se quisesse ter respostas sobre o paradeiro de seus pais. Pacatos comerciantes de peças para banheiros no sul de Londres, Alan e Miriam haviam se despedido do filho naquela semana dizendo que iriam participar de uma tediosa feira comercial (a terceira do ano). O que teria acontecido com eles, afinal? Da noite para o dia, a vida de Jake vira de cabeça para baixo. Em sua busca para encontrar os pais, o garoto de 14 anos é levado da Londres do século XXI à França do século XIX, onde segue para o Ponto Zero, o quartel-general d’Os Guardiões da História. Como se não bastasse seus pais estarem em perigo, Jake descobre que o passado também está em risco, e consequentemente o mundo como o conhecemos. Com a ajuda de agentes extraordinários, o jovem Jake Djones precisa salvar seus pais e impedir que os planos da cruel família Zeldt de destruir o passado se concretizem, nesta fascinante aventura no tempo. Será que ele será capaz de se tornar um novo herói entre Os Guardiões da História?
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Quando escreve sobre a busca pelo equilíbrio mental e emocional, Therese J. Borchard fala por experiência própria: sofrendo de depressão há anos, diagnosticada como bipolar tipo II, ela entende a necessidade da harmonia interna para uma vida mais saudável. Apesar de não ser psicóloga ou psiquiatra, Therese acumulou técnicas e artimanhas para aprender a lidar com suas emoções em centenas de horas de terapia, dicas que compartilha diariamente com os leitores de seu blog, o premiado Beyond Blue. Em Terapeuta de bolso – Kit de sobrevivência emocional, a escritora coloca toda sua experiência em 144 pequenos textos, uma coleção de ensinamentos práticos que ajudam a sobreviver emocionalmente aos pequenos e grandes trancos da vida. Valendo-se de citações de escritores e personalidades do calibre de T.S. Eliot, Oprah Winfrey e Madre Teresa de Calcutá, fábulas e ditados de diversos países e provérbios e histórias das mais variadas crenças religiosas e espirituais, como, por exemplo, trechos do Evangelho de São João, Therese procura oferecer soluções para as mais variadas situações. No texto “Faça piada com seus problemas”, ela propõe o riso como uma maneira de aliviar a tensão, reduzir a dor e estimular o sistema imunológico, além de cultivar o otimismo e ser uma forma de diversão. Já em “Aprenda o alfabeto”, a escritora lembra que o “e” de “eu” vem antes do “v” de “você” e que devemos tomar conta de nós mesmos antes de tentar ajudar aos outros. Em “Preserve sua força de vontade”, o conselho é rápido e direto: não tente fazer tarefas que demandem grande comprometimento ao mesmo tempo, como parar de fumar e se tornar vegetariano, porque os seres humanos têm uma quantidade limitada de força de vontade. É assim, com pequenas pérolas de sabedoria, parábolas com as quais qualquer um pode se identificar, que Therese J. Borchard vai construindo o caminho para o leitor encontrar a chave para uma vida melhor. Sempre com grande senso de humor, muitas vezes autodepreciativo, ela não se furta a contar suas próprias derrapadas na busca pela paz interior, dividindo medos e erros e identificando desculpas e formas de autossabotagem. Apesar de Terapeuta de bolso ter como público-alvo aqueles que, como a autora, sofrem de depressão e ansiedade, o livro é um guia de sobrevivência para todos que vivem no atribulado e estressante mundo moderno. Afinal, quem não pode tirar uma grande lição do provérbio japonês “Caia sete vezes, levante-se oito”?
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