Tipo de Livro
-Autor
-Editora
-Ano de Publicação
-Cidade
+Sebos e Livreiros
+Preço
+Promoções
+Categoria
+Idioma
+Avaliação
+Compra Corporativa
+Exibindo: 1 - 44 de 243 resultados

O monstro e seus vazios
Cansado, apenas me digo cansado de andar à beira do entendimento de bater à parede e esperar que se abram cansado de sorrisos leves desfibriladores que reanimam por pouco tempo de pouco tempo pra vida inteira me digo exaurido me digo exausto, mesmo, de semear ventres quimicamente infertilizados de prover as bocas mortas ir sem levar e vir sem trazer “e ainda assim ter sempre um peso latente me dig...
2015

Onde os pombos dormem
Livro de contos em escrita fluída de frases contundentes. A autora faz um passeio descompromissado aos domínios de Freud, Nietzsche, Schopenhauer, Lacan, Camões e outros. Os textos trazem o fluxo de pensamento de personagens realistas, enfrentando conflitos internos universais, mas com uma voz peculiar, inquieta e inquietante. Uma mulher abandonada, um vizinho psicopata, uma mãe em crise de identi...
2016

Barraco de pedra e outras peças
Cresci ouvindo que as palavras têm peso. Mas hoje tenho certeza que elas têm mesmo essa força, e em todos os cantos só ouço o mais profundo silêncio. Não senti nada naquele momento. Tudo que batia, saía. Esmurrar? Chorar na frente de minha mãe? Nem pensar. Não precisava. “Meu filho.”, ela disse. Minha mãe me abraçou. Aí a dor apareceu. Guardei a foto no meu bolso. Minha mãe se despediu. Disse que ...
2015

O homem de gravata e outras histórias
Como é feliz, o homem de gravata: a internet rápida exibe num segundo seus e-mails. A leitura rápida salta através das palavras e encontra num segundo os sentidos mais importantes. Somente aqueles que exigem uma ação; o homem de gravata é um homem de ações, está claro. E a tecnologia lhe favorece: entrega-lhe links que o levam ao calendário, indica-lhe dias, horários e locais, e colore especialmen...
2017

Crime de estado
A história de Crime de Estado se passa no país fictício de Vera Cruz. Tem início no dia da diplomação do presidente reeleito, Jorge da Silva, quando seu desafeto político e Corregedor Nacional de Justiça, Sergio Nunes, é encontrado morto em aparente suicídio. Aproveitando a confusa situação política que se instaura, o principal nome da oposição, Senador Deoclécio Terra, acusa o atual presidente d...
2016

Olá, pequeno monstro do dia
olá, pequeno monstro do dia que não se esconde em vielas e não tem vergonha de se expor que não se refugia na escuridão [ não precisa mais se esconder nas sombras ] até se orgulha de mostrar a língua podre o sexo podre a mão podre o gozo podre olá, pequeno monstro do dia a nos mastigar o fígado o sexo a mão o gozo e ainda exige que sejamos (ou digamos que somos) felizes completos madu...

Gravuras Japonesas: Japanese Prints
Nos poemas a seguir tomei como temas certos desenhos da chamada escola Ukiyo-ê (ou Mundo Flutuante). Feitas para consumo puramente popular, essas gravuras eram obras de artistas que, independentemente do talento, foram desprezados pelos literatos da época. São obras que compartilham ao menos uma característica com a poesia japonesa: exaltam os assuntos mais comuns, mais triviais através do signifi...
2017

Vazio sem sombra
Que é um poeta? Um homem, um nome, um onde? Primeiro é preciso dizer que os poemas falam por si mesmos, e isso já é o bastante. Ademais, seria possível algo além, poesia? Só os poemas são reais, eles é que são o poeta. Portanto, o poeta nem é ele mesmo; senão, o repertório de quem o teria lido. No fundo, no fundo – é um vazio. Sem sombra. De dúvida.

Zona de desconforto
Aqueles pais, que em casa cultivavam a virulência, na presença daqueles que julgavam ricos ou poderosos, eram curiosamente subservientes, passivos, complacentes, capachos mesmo. Eu observava, admirada, como aplaudiam, quando vinham daqueles, todos os comportamentos que em casa execravam, como repetiam em uníssono eco, quando proferidas por aqueles, todas as palavras que em casa repudiavam. Ganhei...
2018

Lavras ao vento, pá
Iansã. guerreira, charmosa e doce filha da guerra e do fogo produz vento, tempestade. o incauto, coitado, se envolve na suavidade de seu olhar esverdeado, de seu sorriso estonteante, sem saber, está enredado!
2017

Fazer sumir as palavras
E o silêncio era Deus toda a dor do mundo rompe meu corpo que ainda luta pela vida contra a vida e no frêmito de dor ouço: toda vida é uma só e o fio de vida se rompe esperando que o nada dissolva tudo no abismo sem fim mas o nada que se instaura no rasgo é onde mora toda a existência os olhos de carne se desfazem na Luz ofuscante estava aqui o tempo todo.
2017

Fibromialgia
Bílis meu fígado escorregou pela boca pulsa no piso de taco no meio da sala chora em silêncio pedindo pra voltar pego-o do chão quase escapa das mãos de tão oleoso que é engulo com nojo sem lágrimas me agradece não foi nada, respondo, enquanto me limpo.
2016

A outra me faz roer os dedos
A luz vem torta antes da hora da morte, suada na beirada do mar, salgadase ainda vivo é porque uma cor azulece ao meu redor vem tonta pelas mãos dos meus caminhos depois dos tropeços mesmo distraída, percebo inútil se debater em corno do mistério a vida acabo pálida na hora da fala ao menos, me curam remédios caseiros
2018

Moedas soltas no bolso
Seguindo através de uma estrada de chão em descida, chega-se ao mato da sanga, onde pescávamos à noite e encontrávamos pedaços de cerâmica indígena durante o dia. Lá meu tio, em um surto de eremita, construiu uma cabana de madeira. Era sua moradia de fim de semana, mas, como ele frequentava uma igreja pentecostal, acreditávamos que ele preparara o lugar para refugiar-se do fim do mundo com a fam...
2018

Anjo voraz
Desfilam pelo tempo as armas que o senhor me deu Pai, mas elas falham sempre E eu não consigo alimentar a minha fúria, Sem ruminar a injustiça do seu toque Agressor. Eu quero entender o teu chamado, Pai. Mas você grita e caçoa e me humilha como um gigante Cheio de rancor, tomado em seu espírito de ardis. E pelo medo de ferir o meu desejo. Eu nunca mais cheguei a ti. Nem fui tão próximo do abismo. ...
2018

Fragmentos da insônia
Oração noturna Quem escuta minha prece? A noite dorme, a sombra é cega, a lágrima é inútil. Os versos soltos se escondem nos umbrais; cortam como lâmina, mas nada dizem na solidão das ruas. Cegos tateiam no vácuo. Meu sono perdido amanhece no avesso. Quem escuta nossa prece?
2016

Antologia poética Senhoras Obscenas
Senhoras Obscenas é um projeto literário livre e independente que visa ocupar as mídias sociais — por enquanto Facebook e Youtube — com literatura (poesia e prosa) de autoria feminina. Ao considerar que as mulheres são minoria no cenário literário, o projeto foi idealizado com a missão de diminuir essa disparidade de gêneros por meio da divulgação da escrita de autoras contemporâneas e o resgate d...
2024

As musas estão esmagadas no asfalto
O trauma de sempre olhar para frente, ao mesmo tempo em que se cai no poço podre do incerto me faz ver o que quero faz tempo, de uma época que vivo, mas que não é minha. Este querer olhar pela janela é a faca que corta minha retina e o que vejo é a paisagem lá fora pintada com o sangue do olho da minha incerteza. Embora eu queira sair para caminhar por aquela rua, sei que não posso. Na verdade, ta...
2016

Da menina que matou seus bichos
(…) somos plasmas, cataplasmas soltos no ar sementes jogadas em vasos sanitários vivemos parcelados a minha primeira parcela já tá paga o que faço com as restantes? o saldo acabou, estou suando, carpindo com a enxada rochas duras vou e volto volto e vou caminhos isentos são o nosso habitat mas queremos sempre ganhar somos ansiosos, desonestos só o cativeiro é peculiar como feto sofro pancadas para...

O terceiro quarto
No tempo em que sou órfã e envelhecida estrangeira de mim, peregrina Sou vazia e inversa Não sou essa carne morna que transita carne viva cicatriza Endurece ou se liquidifica? A cada momento ido, o que de mim fica? o que de mim resta? o que há de mim nesta fresta chamada vida?

Pormenores Íntimos
Escrevo agora pois acabei de acordar e ainda não parei de me sentir. O que me aconteceu ontem foi aconchego. Foi a garantia pessoal que, sobretudo, ainda há vida. Vida porosa, mas que festeja a própria existência. Como narrar aquilo que se sente? É missão difícil. Já vi a dor e o sorriso no rosto do outro e ainda assim não me comovi. Talvez se eu escolhesse outro meio de arte de conciliar o inconc...

Branco
Ana Paula Bez é um submarino. Uma mergulhadora de longa profundidade que fotografa segredos do fundo do oceano. Sua prosa sacode o tapete sujo da casa e abre as janelas para o riso. Um riso sujo, cafajeste e juvenil. O que me espanta neste livro é sua desenvoltura para detalhar de maneira cômica o universo do protagonista Branco. A autora prova que boa literatura não tem gênero e que tudo depende ...
2017

O dentes alvos de Radamés
Faz algum tempo que concluí o meu delito. Não se trata, contudo, de mais um crime, realizado às pressas, como tantos outros. A minha obra é, com efeito, um consumado objeto de arte. Eu a executei com toda a perícia, argúcia e artimanhas necessárias, todos os cuidados e aparatos possíveis, as luzernas acesas, enquanto combatia o alvo silêncio dos urinóis. É claro, procuro não jactar-me sempre de mi...
2016

Opus Profundum - peças reunidas
O teatro de Dionisio Neto é conhecido por propor uma coabitação de linguagens distintas, explorando as fronteiras que transcendem o caminho entre a tragédia, o drama e a comédia. Trata-se de um artista em contínua e constante renovação que necessita, entre outras coisas, de uma linguagem nova que lhe sirva para comunicar-se tanto funcional quanto artisticamente. O segundo volume de suas peças pela...
2018

Mínimo
hoje cedo acordei de repente e entendi o mistério do mundo, mas voltei a dormir e isto já passou Pedro Tostes é autor dos livro o mínimo (Ibis Libris, 2003; 2a Ed Benjazeja, 2018), Descaminhar (Annablume, 2008; 2a Ed Poesia Maloqueirista, 2014) e Jardim Minado (Patuá, 2014), além de ter sido editor da revista Não Funciona (2004/2009).
2018

Tranço o cabelo cai um raio
Tranco cabelo, cai um raio, saí a cruzar os campos um coiote me comeu agora escreve sacudindo a poeira do deserto enquanto o vapor do banho o inunda todo deixo de escutar minha forma para ser o anel caindo no vulcão meu cachorro latindo para as notícias do rádio

Nós somos as palavras
ORIGEM Quando a palavra veste os sentidos, despe os pruridos, investe contra o infinito e acende todos os lumes, presente às inseminações, aos nasceres, ao primeiro alvor da voz, ergue-se noturna e iridescente de entre os claros dentes, reflete-se nos espelhos voláteis, repete-se na alma táctil e silenciosa, cresce, vai dizer, explode em sílabas de fôlego e de fogo animal espalhando sua so...
2017

História de esquecimento
Gritei, e pulei da cama como se não fosse aquele velho sem forças, e o desgosto já não tivesse me matando, e pudesse aguentar aquele cheiro de ausência em minhas entranhas, e sair a saltitar, menino serelepe, nas brincadeiras – que a memória é mortal quando se perde uma mulher e não se sabia dizer quem era quem – do tempo de juventude, e na juventude do tempo da velhice, e na vida. Tudo correndo s...
2016

Conto escravidão
Este livro foi escrito a partir de depoimentos de trabalhadores/as resgatados/as do trabalho escravo. Todos os contos são fatos reais. Abusos sexuais, extrema exploração, assassinatos e todos os tipos de maus-tratos é a realidade de um país que nunca aboliu a escravidão.
2018

Café azedo
“Café Azedo” nasceu de conversas regadas a baldes de café, tapioca e pão de queijo, intercâmbio de ideias, de vivências, de referências literárias e dramatúrgicas, muitas risadas, algumas lágrimas, e às vezes até confidências. Assim foi o processo de transformação do conto Café Azedo, (“Onde os Pombos Dormem”, Ed. Benfazeja) em peça. A partir da personagem-tronco, Café, ramificaram Cacos e Mililit...

Tímpanos estourados
Estou aqui descansando de algo que não fiz. Talvez ainda esteja por fazer. Talvez não e nem venha fazê-lo. Mas brinco com as escotilhas do pensamento. E ando sob o sol de dezembro
2017

Azules
A segunda edição de “Azules”, de Cristiane Grando, é um convite ao mergulho nas profundezas da palavra, da memória e das cores. Os poemas/fotografias encontram eco no cotidiano, quase um confronto entre sensações e percepções de espaços e tempos distintos, mas que se entrelaçam na lente/paleta da autora. A paisagem surge ativada pela “flâneur” ao explorar a geografia de Châtres, França, em retorno...
2018

Corpo transparente
De repente, de modo intempestivo, pequenos rompantes sutis, delírios rítmicos, cores em pizzicato nos acometem de um estranhamento de outra monta que não o choque, micro-deslocamentos vão nos entretecendo em algo outrora frívolo, uma ingenuidade tão despretensiosa que desbarata qualquer pedantismo do entendimento, deslocando o tom que tínhamos ali a mão, tão certeiro, da realidade que tínhamos ali...
2018

Fio de tensão
Licença poética Os homens, comem. E a vírgula, intrometida, dói sem vergonha na sua retina. Comessem todos os homens, mulheres, meninos e meninas, outra seria a estética, isenta de licença poética. E não haveria esta dor doendo fora do lugar (e que, mesmo assim, não faz você pensar)
2017

E o bobo da corte sou eu
“E o bobo da corte dou eu” é o terceiro livro de poesias de Luthero Lopes. Dividido em três partes, aborda momentos distintos da vida e da obra do poeta, compositor e artista plástico. ‘O tempo passa’, ‘ainda amo’ e ‘o meu país’ compõe o livro que é uma homenagem ao passado que permanece vivo e ao presente tanto romântico quanto contestador da política nacional.
2015

Kiwi
Às vésperas dos Jogos Olímpicos, uma cidade faz sua limpeza social. Uma garota é abandonada por sua família e acaba acolhida por um grupo de jovens que lutam pela sobrevivência nas ruas. Ela é batizada Kiwi, por seu novo amigo, Lichia, e terá uma jornada de amadurecimento, dramática, mas poética, na esperança de uma vida melhor. Um sonho em um mundo que parece não ter lugar para gente como ela.

O mundo é inventado
Quanto às palavras, são códigos que permitem todo tipo de elucubrações, desvios de intenção, falseamentos, floreios, construções retóricas e semânticas fictícias, discretas ou absurdas, que muitas vezes se distanciam drasticamente do pensamento, e este, por sua vez, pode se distanciar outros tantos anos-luz do sentimento, que fica a três idas a Júpiter do inconsciente. Então, temos que admitir:...
2017