Todos os dias, na hora do recreio, Catapimba comprava um lanche. Mas seu Lucas, o dono da cantina, lhe dava sempre uma bala no lugar do troco, dizendo: “É como se fosse dinheiro.”. Catapimba foi ficando cansado daquilo, porque ele queria seu dinheiro de volta, não bala, chiclete. Então ele teve uma ideia. Levou uma galinha para pagar o lanche, e disse para seu Lucas: “É como se fosse dinheiro.”. F...

Idealizada pelo artista plástico Otavio Roth, cujos delicados desenhos ilustram o volume, e lançado na sede da ONU, em Nova York, esta Declaração Universal dos Direitos Humanos é uma adaptação do documento original adotado pela Organização das Nações Unidas em 1948. Como explica a nota no início do livro, seu público alvo são os jovens, ou seja, aqueles que “conservam a pureza antiga e sagrada do ...

Vocês já viram gente diferente? Gente que não parece com ninguém? Vivinha, a baleiazinha era única. Não era cinza, nem branca, nem preta e branca. Era uma baleia estampada, “cheia de bolinhas, listrinhas, florezinhas.”. Por causa disso, nunca queria sair para brincar com as outras baleiazinhas. Vivia sozinha, triste, coitadinha.O que ela não sabia é que o Polvo Valdemar estava preparando um filme ...

No dia 31 de dezembro, na casa do Tempo, todo mundo estava se preparando para começar o Ano Novo. Dona Meia-Noite estava tão bonita que até parecia uma estrela de cinema. Na Terra, por sua vez, na casa da vovó Emília, havia uma grande festa. A criançada fazia planos para o ano que estava para chegar: não mentir, não faltar à aula para jogar futebol, não comer mais doce escondido. Mas será que, des...

Da série “Conte um Conto”, neste Mulheres de coragem a Ruth Rocha oferece ao leitor três contos emocionantes: “Mulheres de coragem” (que dá título ao livro e é baseado numa lenda antiga, que inspirou, entre outros, o grande Guimarães Rosa em seu romance Grande sertão: veredas), “Lenda da moça guerreira” (inspirado em outra lenda antiga a respeito do rei Beowolf) e “Romancinho romanceiro.” (que a R...

Na apresentação deste Almanaque Ruth Rocha, a autora explica que, quando era pequena, adorava ler o Almanaque do Tico-Tico, que saía sempre perto do Natal. Ela conta que passava o tempo inteiro esperando por ele, um livrão grande e colorido e que falava de tudo um pouco. Mas há muitos anos o Tico-Tico deixou de ser publicado.“Então resolvi fazer um almanaque destinado a meus queridos leitores. Esc...

Nesta adaptação do conto clássico de Charles Perrault, o “Pai da Literatura Infantil”, vemos uma das facetas menos conhecidas, mas nem por isso menos instigante, da autora de Marcelo, marmelo, martelo e de tantos outros livros em prosa: a Ruth Rocha poeta. Mas estes não são versinhos simples sobre borboleta e flor, não. O Barba-Azul é um poema narrativo, ou seja, um poema que conta uma história.Qu...

A lenda do sapo gordo e feio que virou um príncipe bonitão depois que uma princesa deu um beijo nele todo mundo conhece. O que ninguém podia imaginar era que, quando se tornasse rei, esse príncipe seria um governante tão mandão, tão autoritário, que inventa leis absurdas como esta: “As pessoas que respondem pelo nome de Arthur passam de agora em diante a responder pelo nome de Zoroastro”. Como se ...

Sabem quando dois idiotas ficam se provocando de um jeito que faz a gente pensar “Hmm, isso não vai acabar bem”? Pois era assim que o Teimosinho e o Mandão viviam, sentados em barris cheios de pólvora e, para piorar, com uma vela — acesa! — na mão. Se aquele fogo pegasse nos barris.Misturando prosa e poesia, num estilo cheio de sarcasmo e nonsense, em Dois idiotas sentados cada qual no seu barril ...

Num acampamento de férias, Marina mostra para um amigo a gravura de um jacaré que ela acabou de produzir e ele, meio desinteressado, pergunta: “Pra que serve?”. Marina não sabe o que responder e, na hora de dormir, aquela pergunta continua a martelar sua cabeça, agora ligada a outros mistérios do mundo: Para que serve ter filhos? Para que serve ter irmãos? Para que serve o dinheiro? Para que serve...

O que há em comum entre começar um caderno novo, fazer guerra de almofada, deitar num travesseiro macio, estourar plástico bolha e comer espagueteal dente? Isso mesmo: são coisinhas à toa que deixam a gente feliz!

O que é, o que é. que é composta de três volumes cheios de adivinhas que a autora recolheu ao longo de muitos anos? Que cada um dos volumes é ilustrado por um ilustrador diferente (o primeiro por Maíra Chiodi, o segundo por Raul Fernandes, o terceiro por André da Loba)? Que tem as páginas cortadas em três tiras iguais e em cada uma delas há uma adivinha com uma resposta bem pequenininha e de ponta...

Na casa do avô do Alvinho, tinha um velho porão mal iluminado onde a família guardava um monte de cacareco — ninguém sabia muito bem o quê. Um dia o Alvinho pegou uma lanterna e desceu lá para procurar uns patins que ele não estava encontrando em lugar nenhum. Voltou gritando que tinha visto um fantasma, “um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da barriga”. No começo os adultos não ...

Alvinho adorava levar pra casa tudo o que encontrava na rua.Desde berloque, canudo,barbante, escama, tampinha,pau de sorvete, latinha,até besouro chifrudo!Sua mãe não via muita graça nessa mania e tratava de se livrar da tralha toda que o filho acumulava no quarto. Um dia, porém, Alvinho encontrou uma pedra tão bonita — tão redonda, tão lisinha — que, assim que entrou em casa, ele a escondeu debai...

Medo de injeção. Medo de escuro. Medo de pegar piolho. Do que é que você tem medo? De tudo isso e mais um pouco? Como todo escritor que se preza, a Ruth Rocha é uma conhecedora da alma humana e por isso ela sabe que todo mundo tem medo de alguma coisa. Neste livro ela resolveu fazer uma lista — em versos rimados caprichadamente — de tudo quanto é medo que existe. Só faltou um: a cada página lida, ...

IR NA QUITANDAÉ TÃO BOM:AFUNDAR OS BRAÇOSNOS SACOS DE ARROZ E FEIJÃO,DEIXAR A LENTILHA PASSARPOR ENTRE OSDEDOS DA MÃO!

Pedrinho morava numa casa grudada na Escola Dona Carlotinha de Araújo Cintra. Dona Carlotinha tinha sido sua avó. E que avó! Fazia de tudo para ele e, de tudo o que ela fazia, o que o Pedrinho mais gostava era das suas histórias. Os livros da escola eram muito chatos, mas as aventuras que a avó contava eram incríveis. Por isso, o Pedrinho adorava brincar no quarto que tinha pertencido à Dona Carlo...

Jácomo era um jacaré comilão e preguiçoso e, claro, acabou ficando muito gordo. Seus pais e os outros bichos diziam que ele precisava se cuidar — comer menos, fazer ginástica. Mas ele não estava nem aí. Dizia, por exemplo, que seu irmão, Jaiminho, é que era magro demais. Sua mãe ficava preocupada: e se um dia chegassem os caçadores e Jácomo não conseguisse fugir? E um dia esse dia chegou.Portanto,...

“Quem é que tem medodaquilo que é novo?Que quando aparecea gente se assustaporque não conhece?”Assim começa esse livro-poema — e começa muito bem, não acham? Pois o medo do novo que todo mundo tem não é outra coisa que medo do desconhecido. Um medo que, por um lado, é bastante razoável e, por outro, totalmente irracional. Mas os versinhos vão além desses pensamentos abstratos e surgem uma infinida...

Neste livro, vamos acompanhar um dia de aula numa escola muito divertida: a do Marcelo. Tomara que ela seja como a sua, cheia de amigos e atividades interessantes para fazer. No final, ainda é possível se divertir com as brincadeiras preparadas especialmente para os leitores dessa série.

Essa é a fase da identificação da criança com as características de seu gênero: os meninos imitam seus pais ou a pessoa que estiver ocupando esse lugar. Esse é o motivo pelo qual pegam escondido o barbeador dos adultos e querem estar ao lado de outros meninos com quem vão construir a identidade masculina.

Alvinho era danado. Não podia ver uma propaganda de algum brinquedo novo na televisão e pronto: já queria um para ele. “Pai, compra?” O pai respondia que ele já tinha brinquedos demais. “Mãe, compra?” A mãe respondia a mesma coisa. Quando chegava perto do Natal, então, Alvinho pedia de tudo: tênis importado, lanterna de três cores, apito de quatro sons. Mas nesse Natal aconteceu uma coisa muito di...

O rei que não sabia de nada é um dos três livros que a Ruth Rocha escreveu sobre reis. Assim como nos outros dois, O reizinho mandão e Sapo vira rei vira sapo, ela tratou, com aquela graça só dela, temas para lá de cabeludos, mas muito importantes, como poder e democracia.Mas vamos ao que interessa, ou seja, a história. Um rei nomeou seus ministros para ajudá-lo a governar, porque na verdade o rei...

Em Contos de Perrault, a Ruth Rocha reconta três histórias do “Pai da Literatura Infantil”. Em nota no início do volume, ela esclarece que foi inteiramente fiel aos originais e fez apenas modificações na linguagem, “para favorecer a fluência e a compreensão”. Das inumeráveis obras-primas do grande escritor francês — entre elas “Chapeuzinho Vermelho” e “Cinderela” —, a autora de Marcelo, marmelo, m...

Má ri sonhou que era um elefante, bem grandã o, bem engraç ado, que andava balanç ando a tromba de um lado para o outro lado. Quando acordou, nã o sabia mais se era uma menina que tinha sonhado que era um elefante ou se era um elefante que agora estava sonhando que era uma menina. Que dú vida angustiante! Má ri nã o sabia o que fazer, e foi conversar com os adultos da casa. A lenda do sá bio chinê...

Livro Novo, Impresso