Hotel Éden
Gusmán, Luis
Tipo: novo
Editora: ILUMINURAS
Ano: n/d
Estante: Infanto Juvenis
Peso: 200g
ISBN: 9788573214246
Idioma: Português
Cadastrado em: 19 de julho de 2023
Descrição: A história de um amor apaixonado entre um jovem aspirante a escritor e uma cabeleireira do interior, contada da perspectiva do homem já maduro, que parece ter fracassado tanto no amor juvenil quanto em seu projeto de vida. Aos cinquenta anos, Ochoa s e depara outra vez com o desafio: escrever Hotel Éden, o livro para sempre adiado e jamais realizado, e poder lidar com sua relação com Mônica, a cabeleireira de olhos verdes e lábios carnudos, sua amada que ficou louca e o enlouqueceu. Sobre o mític o hotel argentino, em Córdoba, pairam lendas políticas do período peronista, como a de ter sido refúgio de nazistas, mas também paira a história pessoal de Ochoa: sua foto com os pais lembrança de um período de vacas gordas, sua lua de mel com Mônica , e sua fixação pela imagem da jovem alemã da propaganda do hotel. Assim, em Hotel Éden, romance do escritor e psicanalista argentino Luis Gusmán, está presente a construção das rememorações desse homem em busca de algum sentido, não apenas para as v icissitudes de seu amor, mas também do ambiente no qual este se desenvolveu: a Argentina de Perón, com as perseguições dos militares, o medo, a música e o cheiro daquela época. O tom do romance fica entre o investigativo e o memorialístico, sem ceder a nenhum deles, entre o intrincado mistério do Hotel Éden e o inextricável amor por Mônica, o narrador nos expõe o que importa: as ruínas do vivido entre o casal e as ruínas do não-vivido a história secreta do hotel. Constrói-se em paralelo o relato do enlouquecimento de Mônica e Ochoa no qual, algozes e vítimas de suas idealizações e pulsões, vão se destruindo na impossibilidade da convivência. Nessa trama, a literatura irrompe como oásis desejado: um livro jamais escrito, um amor jamais super ado, um sentido sempre movente e inapreensível, e as marcas que as experiências deixam nos corpos envelhecidos. Apesar da promessa de Ochoa de que se Mônica se curasse da loucura ele jamais escreveria o livro é preciso se haver com o passado de algum a forma. Escrever Hotel Éden. Luis Gusmán nos traz uma dimensão da política que não é a da militância, antes a do cotidiano, uma dimensão do amor que não é a do arrebatamento, mas a da contenção, do que só pode ser visto a partir de outra perspectiva que talvez os anos tragam, e a amargura do sujeito quando tudo já passou, mas permanece vivo. Ou quando, nas palavras de Ochoa, o que restam são histórias para contar.
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