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BOLSONARISMO E NECROPOLÍTICA

R$ 74,70 + R$ 15,31 envio*

Tipo: novo

Editora:

Ano: 2022

Estante: Outros Assuntos

Peso: 500g

ISBN: 9786553611429

Idioma: Português

Cadastrado em: 19 de dezembro de 2022

Descrição: Quem decide sobre a vida ou a morte no Brasil contemporâneo? Fazemos esta pergunta diante dos mais de 500 mil óbitos provocados pela Covid-19 no país, o que nos coloca entre os maiores impactados pela pandemia do novo coronavírus em todo o mundo. Enquanto outros países, como os distantes Nova Zelândia e Coréia do Sul, ou o vizinho Uruguai, não mediram esforços para adotar o lockdown a fim de conter o ritmo da transmissão, e conseguiram manter sob controle o avanço da doença em seus territórios, nossos governantes optaram por estratégia diametralmente oposta. Em nome da preservação da economia se evitou a todo custo adotar medidas mais restritivas de isolamento social, com o Governo Federal se recusando a implementar uma política nacional de enfrentamento da crise sanitária. As declarações e atitudes do Presidente Jair Bolsonaro desde a confirmação dos primeiros casos tem oscilado entre o negacionismo e o desprezo: chamou a Covid-19 de “gripezinha”; se recusou a usar máscara em público; promoveu aglomerações; recomendou a utilização de remédios sem eficácia comprovada; convocou os cidadãos a deixarem de ser “maricas”. Embora tenha se inspirado em líderes internacionais como Donald Trump (EUA) e Boris Johnson (GB), devemos reconhecer que Bolsonaro foi mais firme em seu posicionamento do que os ícones da nova direita mundial, mesmo com o país batendo sucessivos recordes de novos casos e de mortes não recuou em sua postura ou retirou suas palavras ofensivas. A verve do “Capitão” é conhecida desde os mandatos como deputado federal, no entanto, se naquela época lhe rendia o rótulo de “polêmico”, uma vez no mais alto posto da política nacional esta característica tão marcante só fez aprofundar a crise em que seu governo está mergulhado desde a posse. Entrou em rota de colisão com os governadores que propunham o isolamento social como principal medida de enfrentamento, elegendo como maiores adversários aqueles à frente dos dois estados mais ricos do país (RJ e SP), chegou a tentar intervir na atuação dos estados da federação através da Medida Provisória nº926/2020, que estabelecia que somente as agências reguladoras federais poderiam editar restrições à locomoção. Batalha da qual acabou saindo derrotado, quando Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de forma unanime que governadores e prefeitos possuíam autonomia para determinar restrições à locomoção das pessoas em Estados e municípios. Após o episódio fez questão de comemorar cada pequena vitória, principalmente contra seu maior desafeto, o Governador de São Paulo João Dória (PSDB), o tratando como adversário direto nas eleições presidenciais de 2022. Em uma de suas lives semanais afirmou que Dória deveria “procurar outro” para pagar a vacina comprada junto aos chineses, e nas redes sociais fez questão de comemorar a suspensão pela Anvisa dos testes da mesma vacina após a morte de um dos voluntários: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Os únicos que receberam afagos foram seus apoiadores, a quem garantiu que independente da vacina que fosse aprovada e comprada, ninguém seria obrigado a toma-la, num aceno ao movimento antivacina que se espalhou em sua base de seguidores. E na divulgação do plano nacional de imunização fez questão de afirmar que ele próprio não tomaria a vacina, se colocando como garoto propaganda negacionista. Imprensa, oposição, cientistas e ativistas de diversas pautas reagiram demonstrando indignação, editoriais condenando sua postura foram enfáticos, notas de repúdio foram escritas às centenas, e proliferaram pedidos de impeachment assinados pela sociedade civil e/ou partidos políticos. Apesar de passarem de 50 pedidos o presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), simplesmente ignorou sua existência, e semanalmente deu entrevistas e fez pronunciamentos em tom “presidencial”, opinando sobre política e economia, além de criticar abertamente Bolsonaro e seus ministros. Aproveitando-se da inércia, e da ausência dos movimentos sociais nas ruas devido à pandemia, o “Capitão” não apenas se manteve na presidência como surpreendentemente experimentou um aumento em sua taxa de aprovação, e arregimentou uma parcela de 20% do eleitorado que defende com unhas e dentes suas propostas e valores, o colocando como forte candidato à reeleição em 2022. Demonstrando habilidade política, recompôs sua base aliada no congresso nacional, e em 2021 venceu a disputa tanto no Câmara (com Arthur Lira – PP Alagoas) quanto no senado (com Rodrigo Pacheco – PSD Minas Gerais), afastando de vez a possibilidade de abertura de processo de impeachment. Uma base fiel de seguidores nunca o abandonou nas redes sociais e nas ruas, e conseguiu colocar debaixo do mesmo guarda-chuvas movimentos sociais existentes na sociedade brasileira há décadas, sob o que se convencionou chamar de “bolsonarismo”, que procuramos definir com mais precisão nas próximas páginas. Este livro nasce com o objetivo de discutir como a gestão extremista conduziu o enfrentame

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