Descrição Nesta obra a autora procura desvelar um problema que afeta o sistema de ensino brasileiro, e catarinense, ainda não suficientemente analisado pela pesquisa educacional: as múltiplas faces da violência e seus efeitos geralmente nefastos sobre adolescentes e jovens.
As “lentes teóricas” mobilizadas para fundamentar o estudo, e que inspiraram a trajetória da pesquisadora e a construção dos seus argumentos, abrangem autores que se debruçaram sobre a educação escolar, o cotidiano da escola, a atuação dos órgãos de justiça, os desafios com os quais se confrontam as novas gerações, a partir de diferentes dimensões.
O diálogo estabelecido é de caráter interdisciplinar, o que permitiu à autora não se deixar prender nas “teias”, muitas vezes ambíguas e polêmicas, de uma única abordagem epistemológica, sem recorrer todavia a um ecletismo que não raramente tem servido de álibi à elaboração de argumentos que nada argumentam, de constatações que nada constam.
Ouvir adolescentes e jovens e instigá-los a explicitar seus sentimentos em relação à escola, à vida, às suas próprias condutas supõe um engajamento na pesquisa em educação que certamente terá impacto na definição de políticas e programas de formação, de proteção e de prevenção. É esse engajamento acadêmico, rigoroso, pertinente que Júlia Siqueira da Rocha revela nesta obra, que provoca emoções e que se propõe a tirar o leitor de sua zona de conforto.
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