Descrição “A Estácio vai falar de São Paulo?” foi a pergunta mais ouvida entre os compositores da vermelho e branco quando o carnavalesco Mário Monteiro anunciou o enredo “Pauliceia Desvairada”, uma homenagem aos setenta anos da “Semana de 1922”, a Semana de Arte Moderna, que revolucionou a história cultural do Brasil. “Como vamos fazer um enredo maluco desses?”. Um tema paulista e complexo, que necessitava, segundo eles, de um “tratamento carioca”. O samba-enredo da Estácio, de autoria de Djalma Branco, Déo, Caruso e Maneco, que até a véspera do carnaval, era um ilustre desconhecido, tornou-se um sucesso na Avenida, graças à intervenção de Mário Monteiro, que, mesmo contra a vontade de alguns, fez valer a sua vontade, por entender que esse samba poderia render, como rendeu, muito na Passarela do Samba. Em um tempo em que não havia a Cidade do Samba, as escolas se viravam como podiam para montar seus barracões. Várias delas ficaram desalojadas após um incidente no Pavilhão de São Cristóvão inviabilizar aquele espaço para uso. Era lá que boa parte das agremiações preparava seu carnaval. Chegou-se a cogitar transferir os desfiles para junho, o que levou a reações contrárias, como de Renato Lage (“Carnaval é carnaval, Junho é mês de festa junina”) ou bem-humoradas, como afirmou Rosa Magalhães (“Eu, por exemplo, não vou aguentar esperar até junho. Se não tiver desfile, vou sair rodando o quarteirão tocando corneta”). Você sabia que a ideia de Relato Lage e Lílian Rabello, carnavalescos da Mocidade, era fazer um enredo tendo como referência uma atração do Walt Disney World Resort e que o sonho dos compositores e sambistas da escola no tricampeonato os fizeram pensar em “Sonhar não custa nada… ou quase nada”? “E o campeonato?”“Não custa sonhar”, respondeu Lílian. Carnaval que marcou a estreia de Lucinha Nobre como primeira porta-bandeira, com apenas 15 anos, substituindo Babi, que estava grávida de Arlindinho e consagrou Selminha Sorriso, na Estácio de Sá, que dava a volta por ci
Saiba mais