Descrição Na obra de Armando Freitas Filho, diversificada ao longo de mais de cinquenta anos de trabalho poetico, Lar, (2009), Dever (2013) e este Rol formam uma trilogia involuntaria. O clima dos tres livros e o mesmo. Temas sao tratados com minucia e relevancia, e questoes de ordem cotidiana, filosofica, memorial, erotica e lirica vao sendo retomadas, revistas por angulos diferentes ou repisadas na tentativa de conquistar maior densidade e conhecimento na nova elaboracao. A diferenca dos livros anteriores, este se estrutura atraves de dez series de poemas e tres longos: Canetas emprestadas, Suite para o Rio e De roldao. Sob os titulos gerais, cada uma das series vai analogicamente abrindo o leque do assunto motivador das correlacoes, dispostas no desenvolvimento da composicao. Algumas delas incorporaram subtitulos que se impuseram no curso da escrita. E o livro se encerra com Numeral, que vem sendo realizado desde 1999. A poesia dos numerais nao acaba, ela continuara no proximo ou nos proximos livros, sem prazo de fechamento, na linha virtual do horizonte. A sequencia dos capitulos trata, como diz o Poema-prefacio, de tudo um pouco, tendo como pano de fundo a morte vista de perto pelo poeta de 76 anos. A obra, por isso mesmo, e austera: escrita com afinco e coragem. Nao chega a ser um livro de despedida, uma vez que muito ficou de fora deste volume. O autor ainda tera o que dizer a seus leitores, pois o conjunto de poemas de Armando Freitas Filho que ficou na gaveta espera sua futura oportunidade, como ele diz em Rol: Mas ha ainda uma melodia tremula/ que vale a pena ouvir, registrar como/ acompanhamento do meu tempo particular/ o que seria pouco, mas que desse ao menos/ uma pala do tempo de todo mundo.
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