Consequencia

O livro A Geografia Regional do Brasil é uma análise das desigualdades sociais e da produção no território brasileiro. A esquecida dimensão regional do desenvolvimento socioeconômico brasileiro é retomada para fins de confirmar a modernização distópica do país, a despeito das melhorias sociais, por meio das fragmentações e fragilidades impostas pela divisão inter-regional e internacional do trabalho. Não se trata de dar conta de todas as problemáticas regionais, mas de ressaltar suas particularidades e descontinuidades em escala nacional e sinalizar para a tensão entre os reclamos da globalização neoliberal e as lutas por demandas sociais diversas. Assim, o retorno analítico à divisão territorial do trabalho possibilita um olhar sobre a dinâmica regional e suas feições singulares.

fontes metodos e cartografias a dinâmica do mercado imobiliário e sua regulação pelo estado é determinante na transformação dos usos do solo urbano e na configuração da estrutura urbana. no entanto, é notória a presença de dificuldades de caráter metodológico nas investigações referentes à temática das dinâmicas imobiliárias. sendo assim, o presente livro reúne especialistas sobre o tema, de diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de refletir sobre as possibilidades e caminhos metodológicos para a investigação do mercado imobiliário e sobre as ferramentas e instrumentos para a regulação do uso do solo urbano.

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fontes metodos e cartografias a dinâmica do mercado imobiliário e sua regulação pelo estado é determinante na transformação dos usos do solo urbano e na configuração da estrutura urbana. no entanto, é notória a presença de dificuldades de caráter metodológico nas investigações referentes à temática das dinâmicas imobiliárias. sendo assim, o presente livro reúne especialistas sobre o tema, de diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de refletir sobre as possibilidades e caminhos metodológicos para a investigação do mercado imobiliário e sobre as ferramentas e instrumentos para a regulação do uso do solo urbano.

estado extrativista neoliberal nos últimos dois séculos, as melhores intenções emancipatórias dos povos e dos trabalhadores entraram em rota de colisão com o estado. os episó­dios de rebelião armada foram reprimidos ao ponto de se converterem em genocídios, como ocorreu em paris em 1871, quando a comuna, o primei­ro governo operário da história, foi aniquilada, e em el salvador em 1932, quando a rebelião camponesa-indígena resultou em um brutal etnocídio, com o extermínio direto de quase todas as comunidades nahuas do país. quando se optou pela via institucional, as reivindicações foram esca­moteadas nos labirintos burocráticos, por meio da cooptação de líderes ou da incorporação de movimentos inteiros à governança neoliberal.

estado extrativista neoliberal nos últimos dois séculos, as melhores intenções emancipatórias dos povos e dos trabalhadores entraram em rota de colisão com o estado. os episó­dios de rebelião armada foram reprimidos ao ponto de se converterem em genocídios, como ocorreu em paris em 1871, quando a comuna, o primei­ro governo operário da história, foi aniquilada, e em el salvador em 1932, quando a rebelião camponesa-indígena resultou em um brutal etnocídio, com o extermínio direto de quase todas as comunidades nahuas do país. quando se optou pela via institucional, as reivindicações foram esca­moteadas nos labirintos burocráticos, por meio da cooptação de líderes ou da incorporação de movimentos inteiros à governança neoliberal.

estado extrativista neoliberal nos últimos dois séculos, as melhores intenções emancipatórias dos povos e dos trabalhadores entraram em rota de colisão com o estado. os episó­dios de rebelião armada foram reprimidos ao ponto de se converterem em genocídios, como ocorreu em paris em 1871, quando a comuna, o primei­ro governo operário da história, foi aniquilada, e em el salvador em 1932, quando a rebelião camponesa-indígena resultou em um brutal etnocídio, com o extermínio direto de quase todas as comunidades nahuas do país. quando se optou pela via institucional, as reivindicações foram esca­moteadas nos labirintos burocráticos, por meio da cooptação de líderes ou da incorporação de movimentos inteiros à governança neoliberal.

O capitalismo periférico neoliberal e suas tragédias cotidianas, agravadas pela crise sanitária, continuam desafiando nossa frágil e abalada democracia, desde o Golpe de 2016. Nestes tempos de desdemocratização as expressões das contradições, dos conflitos, resistências e enfrentamentos são atualizadas, radicalizadas pelo legado do produtivismo e da superexploração do trabalho, dentre outros atributos, como a xenofobia, o racismo e o sexismo. Seu DNA de violência e de barbárie generalizadas colocam em xeque a sobrevivência da própria espécie humana, seja pelas guerras imperialistas, deslocamentos forçados ou pela crise ambiental. Inúmeras questões se agravam, surgem e precisam ser (re)postas: i) a compreensão de quais fatores próprios da natureza e da potencialidade destrutiva do capital

O capitalismo periférico neoliberal e suas tragédias cotidianas, agravadas pela crise sanitária, continuam desafiando nossa frágil e abalada democracia, desde o Golpe de 2016. Nestes tempos de desdemocratização as expressões das contradições, dos conflitos, resistências e enfrentamentos são atualizadas, radicalizadas pelo legado do produtivismo e da superexploração do trabalho, dentre outros atributos, como a xenofobia, o racismo e o sexismo. Seu DNA de violência e de barbárie generalizadas colocam em xeque a sobrevivência da própria espécie humana, seja pelas guerras imperialistas, deslocamentos forçados ou pela crise ambiental. Inúmeras questões se agravam, surgem e precisam ser (re)postas: i) a compreensão de quais fatores próprios da natureza e da potencialidade destrutiva do capital

O capitalismo periférico neoliberal e suas tragédias cotidianas, agravadas pela crise sanitária, continuam desafiando nossa frágil e abalada democracia, desde o Golpe de 2016. Nestes tempos de desdemocratização as expressões das contradições, dos conflitos, resistências e enfrentamentos são atualizadas, radicalizadas pelo legado do produtivismo e da superexploração do trabalho, dentre outros atributos, como a xenofobia, o racismo e o sexismo. Seu DNA de violência e de barbárie generalizadas colocam em xeque a sobrevivência da própria espécie humana, seja pelas guerras imperialistas, deslocamentos forçados ou pela crise ambiental. Inúmeras questões se agravam, surgem e precisam ser (re)postas: i) a compreensão de quais fatores próprios da natureza e da potencialidade destrutiva do capital

luta no movimento sem-teto este livro assume que a dimensão escalar da espacialidade e, portanto, os recortes do espaço e as formas de organização e integração dessas partes cumprem papel crucial nos mecanismos epistemológicos que criam e conectam as partes do espaço entre si, produzindo diferentes totalidades. tal princípio escalar é identificado em diferentes momentos da história da geografia, a emergência do chamado problema da escala é contextualizada e alguns dos debates mais recentes sobre os assunto são sistematizados. a ênfase no caráter político das escalas geográficas estimula que as reflexões sobre esse caráter sejam feitas a partir de agentes sociais que constroem o espaço a partir de posições não hegemônicas como os movimentos sociais.

luta no movimento sem-teto este livro assume que a dimensão escalar da espacialidade e, portanto, os recortes do espaço e as formas de organização e integração dessas partes cumprem papel crucial nos mecanismos epistemológicos que criam e conectam as partes do espaço entre si, produzindo diferentes totalidades. tal princípio escalar é identificado em diferentes momentos da história da geografia, a emergência do chamado problema da escala é contextualizada e alguns dos debates mais recentes sobre os assunto são sistematizados. a ênfase no caráter político das escalas geográficas estimula que as reflexões sobre esse caráter sejam feitas a partir de agentes sociais que constroem o espaço a partir de posições não hegemônicas como os movimentos sociais.

artigos de Ana Fani, João Ferrão, Rogerio Haesbaert, Marcelo Lopes, Raul Zibechi

artigos de Ana Fani, João Ferrão, Rogerio Haesbaert, Marcelo Lopes, Raul Zibechi

artigos de Ana Fani, João Ferrão, Rogerio Haesbaert, Marcelo Lopes, Raul Zibechi

Nos últimos anos, assistimos a intensas e aceleradas transformações na educação básica brasileira. Fundações, institutos e organizações empresariais vêm tomando de assalto, com apetite e furor crescentes, o controle das determinações das políticas educacionais. Talvez, mais do que nunca, os rumos da escola pública sejam conduzidos diretamente por agentes do capital. A privatização da educação, no sentido amplo, avança, portanto, em larga escala.

Nos últimos anos, assistimos a intensas e aceleradas transformações na educação básica brasileira. Fundações, institutos e organizações empresariais vêm tomando de assalto, com apetite e furor crescentes, o controle das determinações das políticas educacionais. Talvez, mais do que nunca, os rumos da escola pública sejam conduzidos diretamente por agentes do capital. A privatização da educação, no sentido amplo, avança, portanto, em larga escala.

Nos últimos anos, assistimos a intensas e aceleradas transformações na educação básica brasileira. Fundações, institutos e organizações empresariais vêm tomando de assalto, com apetite e furor crescentes, o controle das determinações das políticas educacionais. Talvez, mais do que nunca, os rumos da escola pública sejam conduzidos diretamente por agentes do capital. A privatização da educação, no sentido amplo, avança, portanto, em larga escala.

resistencia camponesa no estado do rio de janeiro embora haja uma produção acadêmica bastante vigorosa, em especial no âmbito da história e das ciências sociais, a respeito das ações do regime empresarial militar, enfatizando a repressão sobre as organizações de esquerda, movimento estudantil, mundo das artes e da cultura, são, ainda relativamente poucos os estudos sobre a experiência da classe trabalhadora no contexto da violência e repressão que se sucedeu ao golpe. com a criação de um grupo de trabalho específico sobre a violência contra trabalhadores e outro para tratar de camponeses e indígenas no âmbito da comissão nacional da verdade (cnv), ficou evidente a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre os efeitos, diretos ou indiretos, da ditadura sobre o mundo do trabalho.

resistencia camponesa no estado do rio de janeiro embora haja uma produção acadêmica bastante vigorosa, em especial no âmbito da história e das ciências sociais, a respeito das ações do regime empresarial militar, enfatizando a repressão sobre as organizações de esquerda, movimento estudantil, mundo das artes e da cultura, são, ainda relativamente poucos os estudos sobre a experiência da classe trabalhadora no contexto da violência e repressão que se sucedeu ao golpe. com a criação de um grupo de trabalho específico sobre a violência contra trabalhadores e outro para tratar de camponeses e indígenas no âmbito da comissão nacional da verdade (cnv), ficou evidente a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre os efeitos, diretos ou indiretos, da ditadura sobre o mundo do trabalho.

Ao enfrentar a história da luta pela anistia política desde 1964 e da forma através da qual a ditadura projetou e implementou a “sua” anistia em fins dos anos 1970, Renato Lemos apresenta uma totalidade relacional. A trajetória daqueles e daquelas que resistiram é indissociável da história da forma como a ditadura respondeu com brutalidade autocrática a essa resistência. Mas, também do processo através do qual a contrarrevolução preventiva logrou permanecer, mesmo após a mudança do regime, como lógica dirigente da dominação exercitada pela burguesia no território periférico e dependente em que se construiu o capitalismo no Brasil.

Ao enfrentar a história da luta pela anistia política desde 1964 e da forma através da qual a ditadura projetou e implementou a “sua” anistia em fins dos anos 1970, Renato Lemos apresenta uma totalidade relacional. A trajetória daqueles e daquelas que resistiram é indissociável da história da forma como a ditadura respondeu com brutalidade autocrática a essa resistência. Mas, também do processo através do qual a contrarrevolução preventiva logrou permanecer, mesmo após a mudança do regime, como lógica dirigente da dominação exercitada pela burguesia no território periférico e dependente em que se construiu o capitalismo no Brasil.

Ao enfrentar a história da luta pela anistia política desde 1964 e da forma através da qual a ditadura projetou e implementou a “sua” anistia em fins dos anos 1970, Renato Lemos apresenta uma totalidade relacional. A trajetória daqueles e daquelas que resistiram é indissociável da história da forma como a ditadura respondeu com brutalidade autocrática a essa resistência. Mas, também do processo através do qual a contrarrevolução preventiva logrou permanecer, mesmo após a mudança do regime, como lógica dirigente da dominação exercitada pela burguesia no território periférico e dependente em que se construiu o capitalismo no Brasil.

resistencia dos povos do sul global este livro é resultado da produção dos pesquisadores do neru, núcleo de estudos rurais e urbanos da universidade federal fluminense, com a participação relevante de pesquisadores do brasil, do méxico e de moçambique. a edição também comemora os 12 anos do núcleo de estudos rurais e urbanos, o neru. o núcleo iniciou as suas atividades em 2010, quase ao mesmo tempo que a expansão do reuni na uff em campos dos goytacazes. ao longo desses anos, o núcleo vem realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão. a dinâmica sempre foi pautada por trabalho coletivo, com a realização de reuniões, seminários, grupos de estudos e trabalho de campo, tudo conectado por temas interdisciplinares e transversais.

resistencia dos povos do sul global este livro é resultado da produção dos pesquisadores do neru, núcleo de estudos rurais e urbanos da universidade federal fluminense, com a participação relevante de pesquisadores do brasil, do méxico e de moçambique. a edição também comemora os 12 anos do núcleo de estudos rurais e urbanos, o neru. o núcleo iniciou as suas atividades em 2010, quase ao mesmo tempo que a expansão do reuni na uff em campos dos goytacazes. ao longo desses anos, o núcleo vem realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão. a dinâmica sempre foi pautada por trabalho coletivo, com a realização de reuniões, seminários, grupos de estudos e trabalho de campo, tudo conectado por temas interdisciplinares e transversais.

resistencia dos povos do sul global este livro é resultado da produção dos pesquisadores do neru, núcleo de estudos rurais e urbanos da universidade federal fluminense, com a participação relevante de pesquisadores do brasil, do méxico e de moçambique. a edição também comemora os 12 anos do núcleo de estudos rurais e urbanos, o neru. o núcleo iniciou as suas atividades em 2010, quase ao mesmo tempo que a expansão do reuni na uff em campos dos goytacazes. ao longo desses anos, o núcleo vem realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão. a dinâmica sempre foi pautada por trabalho coletivo, com a realização de reuniões, seminários, grupos de estudos e trabalho de campo, tudo conectado por temas interdisciplinares e transversais.

Neste instigante texto, temos a grande satisfação acadêmica e política de publicar o resultado de um processo de pesquisa feito no nível da construção do conhecimento interno à universidade, processo no qual o professor Edier Bustos e a professora Adela Molina refletem, crítica e criativamente, sobre as concepções de território identificadas nas falas de outros professores que atuam na formação de profissionais das Ciências da Terra em duas universidades colombianas. Trata-se de uma reflexão sobre as concepções dos professores entrevistados, interligando seus depoimentos com aspectos teórico-conceituais e do processo histórico-geográfico da formação territorial colombiana. A opção dos autores deste texto de partir da discussão das dimensões sociais e naturais do território.

Neste instigante texto, temos a grande satisfação acadêmica e política de publicar o resultado de um processo de pesquisa feito no nível da construção do conhecimento interno à universidade, processo no qual o professor Edier Bustos e a professora Adela Molina refletem, crítica e criativamente, sobre as concepções de território identificadas nas falas de outros professores que atuam na formação de profissionais das Ciências da Terra em duas universidades colombianas. Trata-se de uma reflexão sobre as concepções dos professores entrevistados, interligando seus depoimentos com aspectos teórico-conceituais e do processo histórico-geográfico da formação territorial colombiana. A opção dos autores deste texto de partir da discussão das dimensões sociais e naturais do território.

A publicação de Capitalismo dependente, neoliberalismo e financeirização das políticas sociais no Brasil de autoria de Tatiana Bretas, contém uma rica sistematização sobre as particularidades do capitalismo brasileiro. O livro expõe o percurso teórico-metodológico utilizado pela autora para desvelar o ambiente histórico da emergência do que ela conceituou como capital financeiro financeirizado no Brasil. Essa categoria foi construída originalmente por Tatiana para problematizar as particularidades da financeirização à brasileira mediada pela intervenção do Estado. A hipótese sustentada pela autora e que percorre todo o livro, seja na revisão da literatura, seja no tratamento dos dados que manuseia, é de que o capital financeiro no Brasil se forma endogenamente subordinado ao imperialismo.

Por razões diversas, certos temas causam constrangimento. Este é o caso de Brasil potência: entre a integração regional e um novo imperialismo, de Raúl Zibechi, ao analisar de maneira séria e sob variados ângulos o papel imperialista cumprido pelo capitalismo brasileiro e seus governos. Experientes pesquisadores e militantes brasileiros de longo curso por vezes deixam questões candentes à sombra, pois elas parecem perturbar a ordem natural das coisas, embaralhar a maneira tradicional com a qual abordamos a formação histórica do Brasil e o papel que cumpre nosso país, em especial no contexto da América Latina. Este livro não nasceu no Brasil; é fruto de trabalho de investigação que nos olha de fora para dentro, vasculhando atentamente a documentação