Garamond

O culto ao corpo é um dos fenômenos que definem a nossa contemporaneidade. Na vida cotidiana, nos meios de comunicação, na produção cultural e nos discursos ideológicos o corpo vem assumindo proporções inimaginadas. A pressão desse culto ao corpo sobre as pessoas produz perplexidade e confusão. Este livro, um estudo rigoroso – e de grande originalidade – sobre os efeitos desse processo na subjetividade, enfoca particularmente o fato, tão paradoxal, de que o aumento de controle e de atenção sobre o corpo produz uma maior incerteza sobre ele.

Outro Teatro é como este livro designa todo tipo de encenação que não siga a tradição ocidental do teatro ortodoxo. Com variadas características, ele pode nascer do ritual das grandes tradições não eurocêntricas (Teatro das Origens), ou ser encenado como processo cultural de preservação da memória, como puro entretenimento popular (Teatro das Tradições). Também pode se apresentar como Performance Solo, em que o subjetivismo de cada indivíduo em sua vida cotidiana é levado à categoria de arte, ou como Arte Pública, derivada das manifestações e encenações em espaços públicos que vão do teatro de rua aos grandes protestos políticos. O Outro Teatro é, então, algo que está ao nosso lado, mas que não suspeitamos que seja teatro.

Zeca Ligiéro nos aproxima das nascentes do teatro, não com uma volta ao passado, mas bebendo da fonte viva do presente. Parece nos dizer que o teatro é o que é no seu nascedouro, parte inseparável da vida humana, em todas as dimensões do tempo e do espaço. Para buscar os seus nascedouros, Zeca preferiu correr mundo procurando suas diferentes motrizes, tal qual ele chama. Desdenhou suas fontes europeias ocidentais e adentrou aos continentes por elas colonizados, em busca de origens obscurecidas pelo pensamento dominante. Abriu as fronteiras entre a ciência acadêmica e os saberes ancestrais dos povos naturais, comparou erudições, mesmo que algumas vezes forçando a barra dos parâmetros estabelecidos pelas universidades. Nos escritos de Zeca Ligiéro, o teatro não está confinado aos espetáculos

O livro traz à discussão as realidades empiricamente observadas dos “modelos” e “estratégias” acionados pelos aparatos de poder na implementação de grandes projetos dos agronegócios, dos corredores logísticos e da mineração. São aqui analisados os diferentes conflitos sociais e territoriais resultantes da ofensiva dos interesses fundiários, minerários e financeiros que gravitam em torno às dimensões autoritárias das práticas de grandes corporações. Tais interesses baseiam-se na visão triunfalista de que a terra seria um bem ilimitado e permanentemente disponível. Tal imagem está presente nas falas ufanistas do agronegócio, enfatizando que “as terras aráveis do Brasil podem alimentar o planeta” ou que “as terras férteis do Brasil devem ser ocupadas em toda a sua extensão”. Tais afirmações s

Este livro levanta uma série de questões voltadas a “entender melhor o mundo para transformá-lo e tornar melhor a vida”. O resto, diz Marco, são detalhes. Porém, “o diabo, pai da mentira, mora nos detalhes”. E eu diria que um deles expressa a nossa maior dificuldade. Pois a tarefa essencial de “desmistificar os mistificadores” não se realizará “desmascarando suas mentiras, provando que ganham com isso e demonstrando que seus argumentos são piores que os de quem os critica”: isso seria apostar naquilo que certa vez Vladimir Safatle chamou de “iluminismo ingênuo”. Mas os elementos que o livro fornece nos permitem perceber que o buraco é mesmo muito mais embaixo, e que isso, em vez de desanimar, deve nos levar a pensar formas de “enfrentar a má fé e o autoengano” e de “inventar novos usos do

o museu virtual de instrumentos musicais (mvim) foi concebido pela pesquisadora adriana olinto ballesté, do instituto brasileiro de informação em ciência e tecnologia (ibict), com o apoio essencial das pesquisadoras Álea de almeida e ana cristina valentino. a pedra fundamental do mvim foi estabelecida com o projeto “museu virtual de instrumentos musicais delgado de carvalho”, financiado pela fundação carlos chagas filho de amparo à pesquisa do estado do rio de janeiro (faperj), em 2011. este projeto visava à criação do primeiro museu virtual de instrumentos musicais no brasil, tendo como acervo fundamental os instrumentos do museu instrumental delgado de carvalho, sediado na escola de música da ufrj, que estava desativado desde 2008. o acervo foi restaurado, catalogado, fotografado e acond

Este livro, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (PPGMC/UFF), é fruto de um esforço em reunir num mesmo volume diferentes perspectivas e objetos de pesquisa nesta área. Trata-se de um debate global que se destaca na América Latina, sobretudo no Brasil, e que produziu ao longo dos últimos anos uma massa crítica resultante de investigações que consubstanciam a midiatização como temática emergente. A partir de grupos ou de pesquisas individuais, diversos trabalhos que partem da midiatização como conceito e processo social vêm sendo apresentados em eventos acadêmicos de Comunicação e áreas conexas, como o VII Seminário Internacional de Pesquisas em Mídia e Cotidiano, realizado em 2016, cujo tema central, “Midiatização e Sociedade Co

Este é um livro com entrevistas sobre formações e deformações da chamada sociedade da informação. O que é uma entrevista? Marco Schneider dá uma resposta prática a esta pergunta, entrevistando intelectuais cujo pensamento tem referenciado os debates de maneira não conformista nos últimos trinta anos. Elas e eles deixaram seus rastros, abrindo caminhos de reflexão e ação. O livro revela as raízes biográficas dos entrevistados, o que permite ao leitor contextualizar existencialmente conceitos à primeira vista abstratos, como informação, mensagem, comunicação, verdade, inteligência, sociedade ou felicidade. Quem lê com atenção as perguntas e as respostas entra num é característico jogo de liberdades que de qualquer entrevista autêntica. O título deste livro já convida o leitor a assumir uma p

Esta etnografia de longa duração entrelaça com maestria os fios da história, a memória social, a vivência de moradores e sua própria convivência para caracterizar um conjunto de transformações em favelas cariocas, particularmente Acari e Santa Marta. Nestes territórios onde, no passado, o catolicismo dominante parecia não se abalar com a presença de religiões afro-brasileiras e de minorias evangélicas, hoje o pentecostalismo se alastra velozmente e se diversifica, dificultando as generalizações apressadas sobre seus efeitos e desdobramentos.

Neste livro, Maria Cristina Ferraz faz um passeio pelas noções de memória e esquecimento, desde o século XIX até o recém iniciado século XXI. Esta abordagem se enriquece com a retomada do pensamento de dois filósofos que propuseram instigantes visadas sobre essas noções, nas últimas décadas do século XIX: Friedrich Nietzsche e Henri Bergson. Neste início de século XXI, revisitar essas abordagens filosóficas não equivale a buscar supostas verdades sobre o fenômeno da memória. Tem por efeito a ampliação, o fortalecimento do debate acerca da cultura somática atualmente em expansão, difundida midiaticamente e também expressa no cinema e na literatura recentes. Esse trabalho de investigação e reconfiguração histórica da percepção, da matéria e do corpo é aqui realizado com extremo rigor na util

Este livro se atém à história de uma só mercadoria – o petróleo – e ressalta a perspectiva econômica em dois aspectos: a dinâmica particular da reprodução do capital petrolífero e sua relação com a dinâmica cíclica do capitalismo. O que se propõe aqui é uma visão alternativa, uma vez que não são poucas as boas obras sobre o assunto. A base teórica é heterodoxa, o objeto de estudo é visto da periferia, é inserida a inovação nos modelos de análise e são acentuados os aspectos organizacionais daquela que ainda se posiciona entre as maiores indústrias no mundo. O objetivo é entender o papel que assumiu este recurso natural de origem fóssil – como será visto, preponderante – em um sistema de produção que, até hoje, superou todas as crises sem jamais solucionar suas contradições.

2ª edição, revista e ampliada Prefácio: José Murilo de Carvalho Orelha: Miriam Leitão “O cemitério destinava-se ao sepultamento dos pretos novos, isto é, dos escravos que morriam após a entrada dos navios na Baía de Guanabara ou imediatamente depois do desembarque, antes de serem vendidos. Ele funcionou de 1772 a 1830 no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da rainha à Gamboa. (…) O ponto forte do livro é a análise que Júlio César faz da violência cultural embutida nas práticas adotadas no Cemitério dos Pretos Novos. A administração do cemitério era responsabilidade da paróquia de Santa Rita, uma entidade católica que cobrava do Estado pelo serviço. Apesar disso, além de serem os enterros feitos em cova rasa, os corpos eram enterrados nus, envoltos e amarrados em esteiras, sem qualquer

Este livro é fruto de um debate entre os maiores especialistas brasileiros em desenvolvimento sustentável, sobre qual a forma de se fazer um país crescer, ao mesmo tempo beneficiando sua população e conservando suas riquezas naturais. Aqui, os estudiosos Bertha Becker, Cristovam Buarque, Elimar Pinheiro do Nascimento, Marcel Burstyn, Neli de Mello, João Nildo Vianna, Ignacy Sachs, Laura Duarte e Magda Soares de F. Wermann debatem os seus dilemas e desafios. A obra está dividida em duas partes. A primeira é a versão resumida de um debate entre alguns dos grandes especialistas em desenvolvimento sustentável. A Segunda é um artigo de três pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB sobre a questão premente e atualíssima, nacional e mundialmente, da produção de energia e cons

“Esta coletânea reúne alguns dos melhores trabalhos de Franco Basaglia, um dos mais importantes e conhecidos psiquiatras do século XX. Basaglia foi mentor e personagem da mais radical e profunda transformação da instituição e do saber e psiquiátricos, que ocorreu originalmente na Itália mas teve expressivas repercussões em todo o mundo, e, muito particularmente, no Brasil. A seleção dos textos foi realizada de forma extremamente cuidadosa, de forma a oferecer ao leitor uma visão de conjunto de sua obra. São artigos que vão desde as primeiras reflexões, como aquelas realizadas no âmbito do processo de desmontagem do Hospital Psiquiátrico de Gorizia, até os relatos e fundamentos das práticas bem sucedidas de Trieste e análises críticas da lei italiana de reforma psiquiátrica, hoje conhecida

Escrito pela rabina reformista Delphine Horvilleur, este “pequeno tratado de reconforto” aborda o mistério da morte a partir de onze histórias vividas pela autora. Histórias que ela nos conta com graça e sabedoria, entrelaçadas com referências bíblicas e lendas, tradições e até piadas judaicas. O jornal Le Monde escreveu que se trata de “um livro sobre a morte que se lê com um sorriso nos lábios. Um poderoso hino à vida.” Não por acaso, está entre os mais vendidos na França. “Neste maravilhoso livro”, escreve Nilton Bonder, “a rabina Delphine Horvilleur nos toma pela mão e nos brinda com um tratado sobre o reconforto. Um livro para todos os leitores, de qualquer cultura e tradição.” O livro, uma reflexão sobre nossa relação com a morte, vendeu mais de 250.000 exemplares na França, u

“Se há uma via régia para compreender o sentido da vida em alguma cultura, essa é a da sua construção de um sentido para a morte. O desaparecimento final de cada pessoa humana é um dos desafios cruciais com que se tem de haver o espírito humano, empenhado em dotar de significado toda matéria significante de sua experiência do mundo. Rachel Menezes dedicou-se a compreender como se organiza um dos segmentos mais intrigantes da organização contemporânea da morte ocidental moderna: os ‘cuidados paliativos’ hospitalares a pacientes em situação limite. Seu treinamento prévio como médica e como psicoterapeuta e a competência adquirida como antropóloga, que provou cabalmente nessa tese de doutoramento, permitem – conjugadas – uma percepção agudíssima dos desafios, fórmulas e estratégias com que al

este livro, organizado com a colaboração da equipe de profissionais do cemef, apresenta estudos históricos sobre educação na perspectiva da microanálise. resulta, também, do esforço de superar as dificuldades oriundas da visão conservadora que não atribui ao professor da educação básica a função de produtor de conhecimentos, ou seja, não lhe caberia o papel de pesquisador. o cemef, entre tantas atribuições e raros aportes financeiros e materiais, estabeleceu como objetivo, incentivar e publicar pesquisas históricas sobre as instituições educacionais da faetec. o primeiro volume, história e memória da educação profissional no rio de janeiro: coletânea de artigos de autores da rede faetec, foi lançado em 2017, custeado pelos próprios autores.

Este livro, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (PPGMC/UFF), é fruto de um esforço em reunir num mesmo volume diferentes perspectivas e objetos de pesquisa nesta área. Trata-se de um debate global que se destaca na América Latina, sobretudo no Brasil, e que produziu ao longo dos últimos anos uma massa crítica resultante de investigações que consubstanciam a midiatização como temática emergente. A partir de grupos ou de pesquisas individuais, diversos trabalhos que partem da midiatização como conceito e processo social vêm sendo apresentados em eventos acadêmicos de Comunicação e áreas conexas, como o VII Seminário Internacional de Pesquisas em Mídia e Cotidiano, realizado em 2016, cujo tema central, “Midiatização e Sociedade Co

Este é um livro com entrevistas sobre formações e deformações da chamada sociedade da informação. O que é uma entrevista? Marco Schneider dá uma resposta prática a esta pergunta, entrevistando intelectuais cujo pensamento tem referenciado os debates de maneira não conformista nos últimos trinta anos. Elas e eles deixaram seus rastros, abrindo caminhos de reflexão e ação. O livro revela as raízes biográficas dos entrevistados, o que permite ao leitor contextualizar existencialmente conceitos à primeira vista abstratos, como informação, mensagem, comunicação, verdade, inteligência, sociedade ou felicidade. Quem lê com atenção as perguntas e as respostas entra num é característico jogo de liberdades que de qualquer entrevista autêntica. O título deste livro já convida o leitor a assumir uma p

Em Eu não quis te ferir, Rinaldo de Fernandes revisita e atualiza o trágico, a exemplo do que fez em seus romances anteriores, Rita no pomar e Romeu na estrada. O enredo traz a história de Rosa, que desde os treze anos trabalha como doméstica em regime próximo ao servil, e de seus dois filhos: Ismael, o estudioso da Bíblia que quer ser pastor, e Jonas, o aluno aplicado com uma provável futura carreira de escritor. Rosa, Ismael e Jonas vivenciam em grau máximo a violência, física e psicológica, causada pela sobreposição de múltiplos mecanismos sociais de opressão, sujeição, discriminação e reificação. Sacudidos pela força descomunal dos determinismos, do destino e do acaso, por um lado, e por outro pelo segregacionismo de classe e pelo racismo estrutural, os personagens que formam a trinda

Meu nome é Eliane Canetti, meus avós migraram da Turquia para o Brasil, onde eu nasci. Depois de entrar no grupo “Benditas Mãos”, me emocionei com muitas lembranças. Os aromas deliciosos e familiares da comida de minha avó penetraram outra vez em minhas narinas. Então me surgiu a ideia de escrever e ilustrar este pequeno livro com algumas das receitas sefarditas de minha avó e de minha mãe. Ambas eram excelentes cozinheiras! Este pequeno livro, feito de sabores e saberes, certamente vai despertar reminiscências de raízes imemoriais. Capa dura, ilustrado com aquarelas da autora.

Este livro reúne artigos sobre casos representativos de diferentes modos de produção do teatro carioca contemporâneo. Isto não significa que todos os textos aqui reunidos falem diretamente sobre o assunto da produção ou da sobrevivência no teatro. A partir de suas experiências artísticas ou pesquisas acadêmicas, os autores convidados foram incentivados a escrever sobre um artista, um coletivo, uma rede, procurando aliar uma discussão sobre políticas à análise de poéticas do fazer teatral. Assim, o olhar sobre os diversos modos de produção aparece no livro invariavelmente ligado a reflexões sobre projetos artísticos específicos. Muitas cenas cariocas ressignificam a cidade em recriações estéticas e historiográficas de grupos sociais, revoltas, gêneros teatrais, territórios, ancestralidades,

Este livro é o primeiro que aborda, sob diferentes perspectivas, os romances de Chico Buarque publicados até agora: Estorvo, Benjamim, Budapeste, Leite derramado, O irmão alemão e Essa gente. O conjunto dos ensaios mostra que valores, significados e formas alicerçam os romances de Chico. Os ensaístas são doutores e pós-doutores ligados a universidades brasileiras e estrangeiras e seus textos são claros, comunicativos, de fácil entendimento. O organizador, que é doutor em Teoria e História Literária e ficcionista, e que anteriormente publicou por esta Garamond o livro de sucesso editorial Chico Buarque do Brasil: textos sobre as canções, o teatro e a ficção de um artista brasileiro, procura mostrar em seu texto de apresentação a diferença entre o compositor e o romancista Chico Buarque. Ap

Dando continuidade à primeira coletânea sobre o tema, a Garamond lança este volume 2 com estudos dos mais importantes pesquisadores na área, do Brasil e do exterior. Nele, aprendemos que a história humana não acontece no ar, mas sempre em espaços definidos, e os processos de larga escala ocorrem mediante a articulação de diferentes espaços. Neste sentido, a História Ambiental pode ser entendida como um conhecimento “situado”. Os espaços se transformam em lugares e territórios através da experiência concreta das sociedades humanas em sua interação com os diferentes seres e ecossistemas presentes no chamado “mundo natural”. Assim, os territórios que a história ambiental trabalha não são abstratos, são territórios sempre cheios e coloridos por inúmeros dinamismos ecológicos.

Um estudo imprescindível para para os nossos dias. Sobre o autor, escreve Cristovam Buarque: “… de Ignacy Sachs, recebi a mais forte influência na descoberta do valor da Natureza e, sobretudo, na compreensão de que esse valor não pode ser pensado desvinculado do papel da tecnologia. Como seu aluno, no final dos anos 60, aprendi a abrir meu universo de reflexão para uma heterodoxia crítica, sem cair nas armadilhas do preconceito e comprometida com o tempo real; assumi o ditame do rigor das análises e a necessidade de casar minhas preocupações universais com o entendimento do local. Aprendi o valor da generosidade que todo aquele que se diz humanista deveria aprender de Ignacy Sachs.”

“Meu nome é Tatiana, nasci com uma perna defeituosa – é: defeito. O correto é perna deficiente, não defeituosa. Insistiam: era simples, vida normal.” Por isso, Tati tem necessidades especiais no seu dia a dia. O que complica bastante a sua vida, porque ela, uma garota sensível, inteligente e muito determinada, é louca por natação e não abre mão de dar suas braçadas na piscina com regularidade. Mas o pior é que, além das dificuldades que encara, Tatiana ainda tem que enfrentar perseguições de uma turma que se sente no direito de espezinhar quem é diferente deles – só pelo fato de ser diferente. O nome disso é “bullying”, um problema muito mais frequente do que se imagina. Neste livro, acompanhamos as aventuras e desventuras de Tatiana quando mergulha de cabeça, enfrenta esse problema e, com

Das violências em ambientes educacionais às estratégias midiáticas de jovens homicidas/suicidas Páginas iniciais… Este livro procura compreender o que leva jovens a optarem por gravar seu nome na história a partir de atos infames, praticando o que Flora Daemon tão bem conceituou como crimes que envolvem “estratégias comunicacionais de inscrição post mortem”. Trata-se, em geral, de ações praticadas em lugares públicos, como escolas, em que esse jovens atiram em várias pessoas, deixando um rastro de mortos e feridos, culminando sua performance com o suicídio. E que têm em comum, além dessas características, o fato de envolverem a produção do que a pesquisadora chamou de “pacotes midiáticos”, que são disponibilizados das mais diversas formas (envio pelo correio para emissora de televisão, upl